sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tranque também o seu!...

                                                                                           A Imagem é daqui...
Meu Brasil, meu Brasil brasileiro: amo-te porque te amo, mas jamais saberei da onde vem tanto amor por ser brasileira (isto é uma desculpa para não falar sobre assuntos sérios)... Talvez conhecendo nossas origens portuguesas, quem sabe, hein?, eu encontre alguma explicação para tantas incompreensões...

Enquanto hoje uns comemoram os 50 anos do início duma  construção democrática no Muro de Cimento (Muro de Berlim), outros recordam a Queda deste Muro como início doutra democracia, e o Fim da Guerra Fria, porém meu medo foi de que tenha sido o início duma Guerra Quente: ai, ai!... Sempre imaginei que democracia fosse apenas uma palavra, que funciona como uma mola propulsora ou impulsionadora, no discurso daqueles seres que almejam o Poder, ao ler o artigo abaixo, de quem conhece a História do Brasil (nem foi necessário ir tão longe), acabei por esclarecer algumas dúvidas:

“Em russo, espanhol e inglês - para que todos pudessem compreender - havia, no aeroporto de Havana, a seguinte mensagem: "Cuba é uma nação livre, soberana e independente. O governo é democrático, revolucionário e comunista. Aqui não há fome, exploração ou injustiça social. Não admitimos prostituição, drogas ou qualquer outra forma de depravação inerente ao capitalismo. Numa sociedade em que todos são iguais, não ocorrem furtos, roubos ou corrupção".

Isso me foi contado por entusiasmados colegas de faculdade na década de 1970. No mundo universitário, então, o marxismo imperava. Pobre de quem não compartilhasse o seu credo: era discriminado e banido do convívio acadêmico. Perguntava-me eu: por que motivo aqueles que pregam a inclusão social são os primeiros a tentar excluir?

Quem exercia o poder no Brasil eram os militares e seus simpatizantes. E a nós, estudantes e mestres, restava defender ideias opostas. Para tanto o marxismo vinha muito a calhar. Até mesmo eu, na época, me considerava um socialista light. Sempre que afirmava isso, logo aparecia alguém para me desmentir: "Você não passa de um liberal". Mais de duas décadas e meia após a redemocratização do País, a antiga polarização acabou. O pessoal da faculdade tinha razão: eu sempre fui mesmo um liberal. O problema é que não me dava conta disso.

Agora, à luz da História, a gente percebe que nada daquilo fazia sentido. Nem os militares brasileiros se comportaram como radicais de direita, nem os irmãos Castro, em Cuba, dirigem um governo de esquerda. De um lado e de outro, as ditaduras não são mais do que isto: ditaduras.
(...)
Nos lugares onde foi implantado, o socialismo falhou. Depois da queda do Muro de Berlim, então, nem sequer a visão marxista da sociedade sobreviveu.
(...)
A culpa, como sempre, é atribuída aos outros. Perversa é a sociedade, não nós... Somos inocentes porque estamos denunciando e criticando tudo isso.
(...)
Os nossos bravos sindicalistas e intelectuais - nos quais o sangue socialista ainda ferve nas veias - se dispõem a tudo, desde que, ao final, prevaleça a "causa justa". Vale roubar, matar ou até morrer, se for necessário. Eles não ficam com a consciência pesada? Não. Acreditam piamente que moralidade "é coisa de pequeno burguês".

O nosso "ex-presidente proletário" ganhou fama, nos meios políticos, de transigente e negociador. Faz qualquer coisa para manter o poder. Para lograr tal intento e eleger a sua sucessora ele cedeu diversos órgãos governamentais ao comando dos demais partidos. E, pelo que se vê agora, o negócio foi feito de porteira fechada, ou seja, cada um cuida de si.
(...)
Enquanto isso, o que se ouve lá pelos lados do Planalto Central é que, dia desses, um indivíduo estacionou o seu veículo bem em frente da rampa de certo palácio. A o sentinela se aproximou: "O senhor não pode parar aí! É por aqui que passam as autoridades!".

"Não se preocupe, seu guarda. Eu tranquei o carro!". Para ler o artigo, de João Mellão Neto, em O Estado de S. Paulo

Ahahahahahahah!!!...