sábado, 16 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pássaro Contra a Vidraça...

Qual o segredo que reside na paixão?... Qual é o mapa mais certeiro da trilha para se chegar ao nosso próprio interior?... Bem, são tantas as dúvidas que pairam por sobre minha cabeça, em relação às dificuldades que sentimos em compreender, com um mínimo de nitidez, tudo aquilo que nos leva a um condicionamento... Ou mais ainda: quais são os fatores externos que nos levam a uma cegueira total, a ponto de não nos compreendermos nas mais superficiais necessidades humanas: em nossas fragilidades e sensibilidades, e que nos conduz, na maioria das vezes, aos vícios e degradações... As complexidades de compreensão desses fatores são-me sempre uma boa companhia... 

Ora, tento desafiar a mim mesma com estes questionamentos e dúvidas; pois sou um tanto contraditória quando se trata de controlar os impulsos, neste caso: a paixão!... Apesar de que sou movida por este sentimento, mantenho-o sempre sob controle, na tentativa de evitar as desordens do interior (seria isso o racionalismo necessário às emoções?)... Essas dúvidas são desafiantes e, ao mesmo tempo – para mim –, um deleite, porque aí mergulho num enigmático oceano desconhecido: faço uma regressão aos primórdios da vida humana, como forma de estágio primevo do viver... onde tudo ainda está por aprender e apreender... Assim encontro uma resposta para as minhas próprias inquietações...

Mas é claro que a paixão deve correr junto com o mergulho ao desconhecido, já que é ela a mobilizadora e que nos encoraja em todas as nossas buscas, contudo sempre com moderação... Na tentativa de colaborar com aqueles seres pueris – que estão perdidos no seu próprio caos interior e dominados por vícios e supostos amigos ou falsas amizades (dos oportunistas/individualistas), sempre sem rumo – daí surgiu-me a ideia de expor a paixão irracional como causadora dos vícios/dependência que levam as mais variadas formas de degradação humana, destruindo famílias e, às vezes, tendo drástico fim... 

No entanto, tendo a prevenção de problemas como um bom caminho para evitar as armadilhas do destino (ele, o destino, claro!, também tem seus dois lados), mudei de ideia e pensei em apresentar (às crianças perdidas no mundo de ilusão) a personagem Igor do livro, de Literatura Infanto-Juvenil, Pássaro Contra a Vidraça, de Giselda Laporta Nicolelis, porque ele, mesmo no fundo do poço e confuso, pode reencontrar a direção da sua vida, teve coragem: deu um basta em seus vícios (qualquer forma de condicionamento) e tomou seu destino em suas próprias mãos para ser verdadeiramente livre...    
    
Por fim, decidi deixar os últimos, e significativos, parágrafos do citado livro como forma de percepção dos obstáculos que, muitas vezes, são criados por nós mesmo... “O pássaro vem voando e bate contra a vidraça: é um beija-flor, e fica pairando no ar, minúsculo helicóptero... Olha à sua frente e vê outro pássaro, igual a ele... Então agora são dois que pairam no ar. De um lado, o pássaro verdadeiro, do outro, pássaro refletido na vidraça... O pássaro real não sabe disso e continua ali, curioso, tentando alcançar o refexo de si mesmo... 

Assim fica por um longo tempo... o tempo que consegue suportar... porém, não desiste, quer alcançar o companheiro que é tão agitado e curioso quanto ele... Acima do pássaro, a vidraça tem abertura laterais. Se voasse mais alto, encontraria a passagem para ele e para o outro que julga estar preso. Mas ele não faz isso... apenas tenta ultrapassar a barreira que o impede de chegar ao companheiro... O pássaro é prisioneiro da sua própria ilusão... Da sala onde o observo – torturado e infeliz, debatendo-se já extenuado – grito: 

- Voe, voe para o alto, para o alto! – Tento, de todas as formas, indicar-lhe o caminho... 

Para mim parece tão simples, tão fácil... Mas será que ele me entende?... O que sei da linguagem dos pássaros?... Vai depender mais dele do que de mim... Só mudando o curso do voo ele transformará o seu destino, que pode ser como agora: uma dura vidraça; mas talvez seja... o espaço infinito!"...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

No Ritmo há uma Explicação...


Depois de várias vãs tentativas em fazer uma ligação telefônica, desisto... decepcionada comigo mesma vou à janela apoio a cabeça com uma das mãos para contemplar a forte chuva que respiga o meu rosto com a suavidade dos deuses (às vezes sinto a sensação de que a chuva é o choro de Deus)... Enquanto aspiro a chuva as lembranças do tempo de cárcere familiar renasciam, aprisionando-me ainda mais e expulsando as experiências duma realidade recente... afasto-me cada vez mais do presente... Ligo o computador, e, novamente, volto a ouvir aquela música (que insiste em transmitir sua ritmada melodia) mais uma vez... Uma das razões que me fazem ser obcecada por música é que algumas expressam, nitidamente, tudo que estou sentido, num dado momento, porém não encontro palavras para revelar tantos complexos sentimentos...

Paira qualquer coisa indecifrável na luz de cada manhã: um enigma confunde meus pensamentos... Foi há 2 anos, numa manhã de Fevereiro que ouvi aquela significativa música internacional pela primeira vez, ela insistia em transmitir meus sentimentos, no entanto eu não a compreendia... Pois bem: nesse dia o céu sobre a cidade mostrava-se límpido num azul quase transparente, tamanha era a sensação de que ele se proximava de mim... Apesar do sol torrencial, o vento era gélido e refrigerava minha alma... Por um lado, fiquei muito gratificada com minha nova descoberta musicai desse dia, contudo,  a  angústia  para  descobrir  a  letra e   a   tradução  da expressiva canção, era dilacerante... Incompreensivelmente, por outro, fiquei entristecida em consequência das minhas desinformações...

Inexplicavelmente, aquela sonoridade, num ritmo que me fazia sonhar, trazia-me à lembrança, ao mesmo tempo a esperança, um passado, drasticamente, triste... Talvez, sob esses aspectos, é que a música é comparada com a linguagem espiritual, assim foram introduzidas na humanidade, também representando conceitos politicos por meio do qual a ideologia e a fé sejam conviventes na motivação dos sentimentos... 

Na estrutura psíquica do ser humano, seus temores e conflitos, igualmente, seus esforços de afirmação, com suas contradições ocultas, perante o egoísmo e o individualismo egocêntrico, reside o fato de que mesmo os mais nobres pensamentos inspirativos possam ser mal interpretados e empregados contra supostos inimigos, pois assim esse mesmo efeito fecundam algumas análises musicais... Perante estas contradições do ser humano, lembrei-me do pensamento do escritor francês  Marcel Proust, quando ele ele afirma que "A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas"...

No entanto, foram diante desses conflitos do interior que me deparei por vários meses, numa, constante e angustiante, busca de explicação para o efeito daquela canção impulsionando meus sentimentos... Mas em uma época na qual, em detrimento da evolução tecnológica e social, a razão persiste em ser a mola propulsora para os sentimentos, a melhor saída e – diante do nosso senso de responsabilidade que é, forçadamente, conduzido por tal sentimento racional (reduzindo e inibindo todas as nossas disposições de paixão a um ínfimo emocional) melhor ainda, a um controle que se dispõe a ofuscar o suficiente toda uma situação de amor incondicional – a única alternativa seria esperar o destino trazer as explicações no seu devir... 

Quase dois anos depois, daquela instigaste descoberta, num belo instante do mês de Maio, o dia era radiante de alegria... fiquei parada imóvel... surpreendentemente, muito emocionada, quando encontrei todas as informações necessárias sobre aquela, então, intrigante canção favorita: a tradução foi uma profunda revelação... 

Nesse dia, os raios brilhantes do sol de final de inverno reluziam em todos os ambientes de minha casa, passei as ultimas horas do dia a refletir... O Sol baixara e uma agradável sombra pairava sobre as árvores do quintal, veio aquela ventilada tarde escurecendo e, repentinamente, os últimos raios reluziram ofuscando magicamente a sala de casa, sob o efeito da relumbrante luz do pôr-do-sol... 

Enfim; o escuro da noite intensifica minha nostálgica introspecção, e diante desse confortável clima, no clarão da noite de luar no Céu estrelado, eu ia à janela, ansiosamente, e voltava ao computador... Inclinei à cabeça em direção ao ecrã, fitei fixamente meu olhar naquele site pouco movimentado, que ofuscava meus olhos, e comecei a lacrimejar... perante tantas revelações num imaginário, indecifravelmente, cinza...

Finalmente, são memórias tão reais, de uma verdade que nunca aconteceu, em desenhos de uma vida pintada às margens do palco do Mundo... Imbuída duma profunda curiosidade, em saber mais detalhes sobre o compositor, escrevi algumas frases e... Pretendo contar o que falta DEPOIS...

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Estética da Paixão de Cetim...


Com a escuridão da noite 
Sinto o suave perfume dos lírios. 
Eu, te consumo, amor... 

Nesse prazer estético da paixão 
A única Lei 
É a sensação de choro na pele... 

Eu: teu-objeto-mulher, 
Nos raios de teus pensamentos, 
Arrasto-me sem mim...
 
Pensei na licitude desse fim 
Voltei com a certeza 
Da leveza de lágrimas em mim... 

Mas as volubilidades dos encantos mis 
Tracejam nuances 
No sabor excitante do gim...
 
Cantei vicissitudes de cetim!...


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Derdin Ne?...


Gönlüm neden dertli, dertli ağlarsın
Oy, oy, oy, derdin ne, derdin ne
Ağladıkça ömrümden gün çalarsın
Oy, oy, kıyamam derdin ne
Oy derdin

Sen verdiğin sözün ardında durdun
Oy, oy, oy, kıyamam üzülme
Mahrum kalmış görmek değil aşka ay, ay, ay,
Sil baştan derdin ne oy, oy, oy, derdin ne
Ah aman, aman, aman, derdin ne
Oy, oy, oy, derdin ne
Aman, aman, aman, oy derdin ne
Derdin ne aman, aman

Gönlüm anlat benden gizli derdin ne
Oy derdin ne, derdin ne
Akla danışmadan aşka mı düştün oy derdin ne
Ah kıyamam derdin ne, derdin ne


Este Fuego que Devora...


... "Ya viene la noche... 
Si tú vinieras a verme 
Por los senderos del aire... 
Ya viene la noche... 
Me encontrarías llorando 
Bajo los álamos grandes... 
¡Ay, morena!.. 
Bajo los álamos grandes"... 
(Federico García Lorca)

L'œuvre d'Isabelle Jacq Gamboena est un élan du cœur célébrant la sensualité...
Imagem: Isabelle Jacq Gamboena...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Usul Usulca...



Gerçek bu ki, böyle sevmek tam bir günah,
Tanrım beni affet, o yanımda yokken yaşayamıyorum,
Gerçek bu ki daha fazla sevemiyorum.
Korkuyorum bir hata yaparsın diye,
Dil susuyor lakin kalbime, söz geçmez ancak biliyorum,
İnanç dağları devirir, küçük şeyler kalbi sevindirir.
İstiyorum ki sen,

Usul usulca fısılda kulağıma sevdiğini,
Kimse anlamasın bu deliliği,
Sar beni, usul usulca fısılda kulağıma sevdiğini.

Senin için bir melek olacak ve kalbini,
Koruyacak ve silecek tüm kederi,
Olacak kalbinin yıllardır aradığı ay ışığı,
Bakışındaki aydınlığı,
Ruhundaki karanlığı ancak ve ancak o bilebilir.
İnanç dağları devirir,
Küçük şeyler kalbi sevindirir.

İstiyorum ki sen, usul usulca fısılda kulağıma sevdiğini,
Kimse anlamasın bu deliliği,
Sar beni, usul usulca fısılda kulağıma sevdiğini.
Usul usulca fısılda kulağıma,
Kimse anlamaz ki bu deliliği...

Söz - Müzik : Julio Jimenez Borja / Rosa M. Garcia Garcia CONCUERDA, S.L
Türkçe Sözler : Berk Gürman

Sueño Flamenco...


... "Si preguntan por ti,
solo diré que te vi
En mis sueños una noche,
Y solo sueño desde entonces
Para verme cada día junto a ti.
Y es que quedan tantas cosas
Por contarte y que me cuentes,
Tantos ratos y pasiones por vivir.
A tu lado, ooh mi vida... a tu lado"...


sábado, 2 de fevereiro de 2013

...

Ínfimo Porto...


Numa escolha entre um Porto Seguro e um Além-Mar, aprecio muito o Porto do meu Ínfimo olhar... Sobretudo, porque entre o globalizado fogo cruzado das sociedades modernas, eu somente busco Paz para garantir a manutenção de minha liberdade... 

No entanto, vivo constantemente procurando saciar meus anseios através da internet, principalmente ouvindo músicas – para mim - inéditas... O gosto pela música do Mediterrâneo sempre foi uma fratura exposta no meu ser, tamanho é o meu prazer em ouvi-la, por conta do efeito da sonoridade dos instrumentos... Recentemente descobri o nome do instrumento o qual mais me atraia: o baglama - originários dos povos do Mediterrâneo e Oriente Médio... 

Finalmente... tudo-dito no bendito do não-dito... Aliás, deixo-vos uns links para uma provável comparação...

A Paz que Vem da Chuva...

Sob o Efeito da T.P.M somente a chuva alivia toda minha tensão, assim tentei expressar...

Ah, deliciosa Chuva de Amor
Molha o meu Território de Ilusão 
Transborda em minha boca
Inunda todo meu rosto
E escorre por sobre meu corpo
Aliviando toda a minha tensão
Nessa prazerosa sensação ...