sábado, 31 de janeiro de 2015

Gratulação...

Agora a chuva cai lá fora, no quintal da minha casa, ela não é mais saudade, é a suavidade emergindo os dias vividos em Águas Claras, assim transbordam as emoções que refrigeram a alma... Em nossa jornada nada é perda, mas sim um eterno Movimento para outros conhecimentos...

Assim como nem toda partida tem uma finda despedida, nem toda chegada é uma eterna morada... Com isto expresso minha gratulação a Brasilia, em especial a Águas Claras, pela preciosa acolhida e por todas as maravilhas a mim ali proporcionadas: novos aprendizados e significativos conhecimentos, os deliciosos momentos em família, o novo nascente, o novo poente, a nova gente e as boas amizades que lá conquistei...

Agradeço ao Criador também por algumas preciosas pedras que alguns me oferecem para elevar o degrau de minha evolução, conforme esta frase de Jack Penn: "Um dos segredos da vida é fazer degraus com as pedras em que tropeçamos"... Isto é bem verdadeiro: até o mais belo dos caminhos tem uma pedrinha para nos impulsionar...

E, em cada pedrinha que eu tropeçar, haverá de ter uma flor brotando por todo caminho que eu trafegar...

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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

De Volta a Casa...

Tento evitar quem é munido de certezas e verdades, tenho preferência por ideias das quais me auxiliam a nutrir a esperança e a satisfação interior... Em outro sentido, por mais arbitrária que possa parecer as curvas de nossos caminhos, elas remetem a ideia de que uma casa é a melhor proteção para nossos sonhos...

Lar, meu doce lar
amo você
do jeitinho
que você estar...

Não via a hora
para dentro
de você voltar
e assim bem leve
 poder ficar...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Um Dia de Domingo...



Acre: Da Origem à Foz...

Sim, é de origem
a imensa saudade 
do rio da nossa Rio Branco...

Acre, doce Rio da minha terra 
como muitos rios
que não veem o mar, 
ele tem o mágico poder
de me encantar
com sua forte correnteza
que deságua logo ali
aonde posso chegar...

Desemboca
origem do fim...

Boca do Acre, foz 
onde tudo começou
Tão perto, tão distante!...

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Link da fotografia...

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

domingo, 18 de janeiro de 2015

Fina Euforia...

Protege-me dos tabus de minha terra
Impulsiona-me no êxtase de ti
Insufla-me na dolência das milongas
dos teu doces dias...

Com a majestade das águias 
sobrevoarei por sobre teu solo sagrado
e louvarei a epiderme crua 
que transpira tua fina euforia...

Por um instante mágico
o caos do Universo pairou 
para aspirar 
a pureza do teu suor...

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sábado, 17 de janeiro de 2015

Andante Grazioso...



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Amor à Mãe: Do Útero que me Gerou...

E na bagagem vou carregando
todos os aromas
na ternura dos encontros...

Levo os suaves acontecimentos
que me mobilizaram...

Recordo da primeira casa
que me acolheu 
e visível permaneceu na memória...

(Dos livros em presentes de semente) 

Vou ao quintal e desbravo as árvores 
que brotaram todos os meus sonhos...

Da cozinha, através da fumaça no fogão
sinto o sabor de café, das 5:00, ao amanhecer...

Mergulho no baú da saudade 
que abrigou todas as minhas vestes...

Envolvo-me nos braços de minha Mãe
e finalmente chego ao seu útero de amor
que sempre me protegeu...

Por Amor a minha Mãe
Viva a Vida!...
 M. Eunice: *08/01/45
In Memória+18/10/94   *.*.*.*.*
Pintura: Vicente Romero Redondo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Sobre a Delicadeza do Teu Corpo...

Quero a delicadeza das delicias
que me fazem sentir o prazer
de saborear teu corpo nu...

Mesmo se assim for proibido
consumirei toda nudez
desse território inexplorável
e viverei perdida como fugitiva 
em busca do teu gozo sem Lei...

Eis minha única saída
para o melhor prazer de viver
 aquilo que ainda não foi planejado
e sublimemente aconteceu...

Fuga do caos que  habito!...

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Sum...


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Fado ou Destino?...

O que acontece quando uma história nos sensibiliza tanto que se transforma numa comoção indescritível?... Eu também não saberia responder, porque seria a minha própria História!... Infelizmente, ainda não aprendi a amar a inveja dos algozes...

Diante às adversidades lidas e percebidas através de difíceis realidades, absorvo-me na mesma introspecção de sempre e sou conduzida a uma profunda viagem à infinita consciência de mim mesma...  Assisto ao meu trailer e vejo um pedaço de mim em cada drama de filmes que retratam realidades de épocas remotas; assim como revivo fatos dos quais leio em alguns bons romances realistas que expressam o determinismo das sociedades positivistas... Mudam-se os hábitos, passam-se os anos e as épocas, porém a violência, os preceitos e preconceitos dos hipócritas arrogantes permanecem os mesmos, mas com uma roupagem bem sutil ou perversa, e com máscaras (na hora certa elas caem) impossíveis de serem dilaceradas...

Não sou provida de subsídios para afirmar que cada escolha é uma perda, talvez nem mesmo os filmes dos quais assisti ou as as leituras, feitas a qualquer custo, tive opção de escolha... Quanto àquelas escolhas de vida jamais foi-me possível fazê-las também; na realidade onde vivo, nem todos os seres viventes têm o direito de escolher  isto ou aquilo: impor é a Ordem...

Mas que grande confusão!... Tudo isso somente para tornar a repetir que, mais um ano se passou, ainda não descobri o que o destino tem reservado para mim... E se destino for o desígnio de que falam os doutos e os dicionários, devo permanecer com meu fado sempre em busca doutra direção, sobretudo refletindo sobre certas incógnitas contidas em pensamentos como este que segue de Jean de la Fontaine: “Muitas vezes encontramos o nosso destino na estrada que tomamos para evitá-lo”...

A única certeza que em mim permanece é esta: satisfaço-me e realizo-me ao saudar o Sol de cada manhã!... E alimento-me de sonhar para reavivar a magia que me faz evoluir...

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Pintura: Vicente Romero Redondo

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Para Celebrar um Novo Dia...

Nada de Novo aconteceu
Apenas o Sol de novo nasceu
É o milagre de mais um dia
Que nos convida para amar...

Felicidade  também é saber 
Esperar o Sol raiar
Porque o poder de amar
É uma incansável
Saudação ao milagre da vida!...

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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

AVATAR...


Para manter alguns  desapegos, e sem mais delonga, dou continuidade às postagens cinematográficas com outro excelente filme: Avatar, eis aí alguns fragmentos duma excelente resenha deste link...

... "Nesta requintada produção, que em termos de bilheteria já ultrapassou o ex-campeão Titanic, o diretor retrata a tentativa desesperada de dominar Pandora, um dos satélites do Planeta Polifemo – curioso perceber a escolha dos nomes destas esferas cósmicas, não por acaso originários da ancestral mitologia grega -, com o objetivo de extrair de seu solo os recursos naturais  esgotados na Terra.

Próspera companhia multinacional, a RDA financia a permanência de equipes militares e de cientistas nesta esfera alienígena, de olho justamente nestas riquezas minerais, as quais detêm o potencial de gerar lucros colossais. Sob o comando do Coronel Miles Quaritch (Stephen Lang, vivendo um vilão perfeito), fuzileiros navais se convertem em mercenários, lutando contra os humanóides que aí habitam, as tribos Na’vi.

Enquanto os humanos ambicionam o tesouro escondido nas florestas, os nativos se esforçam para manter a integridade de seu território, principalmente dos recantos sagrados, e a própria existência. Neste jogo estratégico, o ex-fuzileiro naval Jake Sully, representado por Sam Worthington, é uma peça fundamental.

Um mero soldado, ele se vê na iminência de substituir o irmão gêmeo, cientista morto recentemente, pouco antes de completar a experiência denominada Avatar. Como ambos têm o mesmo genoma, Jake é convidado para concluir este projeto, no qual um organismo geneticamente modificado, meio humano, meio humanóide, é produzido a partir do mapa genético do humano que lhe dá origem. Com este corpo é possível se relacionar com os nativos.

Confinado a uma cadeira de rodas e a uma esfera desconhecida, Jake é obrigado a enfrentar a hostilidade inicial da supervisora do projeto Avatar, Doutora Grace Augustine, a sempre genial Sigourney Weaver, e também os desafios quase intransponíveis de seu novo meio ambiente.

Acidentalmente, em uma de suas primeiras visitas ao território dos Na’vi, Jake fica preso na floresta, sendo assim obrigado a enfrentar uma terra perigosa e desconhecida. É quando ele conhece a nativa Neytiri (Zoë Saldaña), princesa do clã Omaticaya, filha de Mo'at, líder espiritual do clã, e de Eytucan, rei desta tribo"...
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A Menina que Roubava Livros...


A Menina que Roubava Livros é um daqueles filmes que vale a pena assistir quantos vezes for necessário para entender a crueldade duma guerra e a sagacidade duma menina que faz do prazer de ler (e escrever num livro em branco, fazendo dele seu intimista diário) a fuga para tantas adversidades! Este filme é baseado no romance do escritor australiano Markus Zusak ... como de costume, tenho preferência por apresentar as impressões de outros apreciadores de cinema mais sensíveis:

... "A Menina que Roubava Livros é uma história ambientada na Alemanha nazista, e nela conhecemos Liesel Meminger, uma menina doada a uma família de alemães por sua mãe, que a deixou para trás por proteção, por ser comunista. Liesel era muito jovem quando entrou em uma casa totalmente nova e desconhecida, com novos pais igualmente desconhecidos, e tudo o que lhe restava era acostumar-se àquele ambiente e àquelas pessoas. Ou fugir. Porém, esse objetivo nunca foi concretizado, e Liesel, com o tempo, aceitou que aqueles estranhos eram seu novo pai e nova mãe
", daqui...


... "Sua saga como ladra de livros inicia-se no breve enterro de seu irmão. O coveiro deixa cair um livro, que é logo surrupiado por Liesel. Curiosamente, são poucos os livros que ela realmente rouba dali em diante. O foco principal da trama passa a ser os relacionamentos da garota, como ela muda as vidas ao seu redor e vice-versa.

Rudy (Nico Liersch), seu melhor amigo, apoia Liesel na escola e em casa. Sua personalidade mais aberta e expansiva ajuda a menina a não ser tão fechada. Ao conhecê-lo, ela passa a compartilhar mais sobre si mesma e entende o valor de uma verdadeira amizade. Hans (Geoffrey Rush), seu pai adotivo, é o primeiro par de braços a acolhê-la após ser deixada pela mãe biológica; já sua esposa Rosa (Emily Watson), forte e dura, passa disciplina e respeito.

Também são presentes na vida da menina Max (Ben Schnetzer), um judeu fugitivo que encontra refúgio no porão de Hans e Rosa; e Ilsa (Barbara Auer), a esposa do prefeito. Ambos, assim como Hans, incentivam a leitura da garota - mas não têm impacto tão profundo quanto os três primeiros. O desenvolvimento de personagens, principalmente de Max e Ilsa, é superficial e deixa a desejar, causando um grande desfalque na trama do filme, que se apoia principalmente nisso", daqui ....

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domingo, 4 de janeiro de 2015

Valtari...


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Trópico de Capricórnio...

Trópico de Capricórnio faz parte daquela lista de livros que desejo ler, mas ainda não foi possível comprá-lo, enquanto isso vou me contentando com os comentários pescados no Google:  "Como cenário, a Paris entre guerras; como definição, as palavras do próprio autor: 'Isto não é um livro... É libelo, é calúnia, difamação'…, como prefácio, uma declaração de Ralph Waldo Emerson simplificando: 'Estes romances cederão lugar, pouco a pouco, a diários ou autobiografias… E assim a vida se transforma em arte nas letras do pai da geração beat, Hanry Miller ... 

Nascido no Brooklyn em 1891, Henry Valentine Miller representa um ponto de virada na literatura mundial, uma influência para autores como Allen Ginsberg, a geração hippie, beatnick e sua obsessão por liberdade sexual, viagens e boemia'... Henry influenciou esses poetas 'marginais' até na forma autobiográfica de escrever já que em seus livros ele é o personagem principal, mas suas histórias não são totalmente reais, são uma mistura de ficção e realidade num tipo de Bukowski mais elaborado e surrealista"... 

A História dos Meus Infortúnios...

Muitas vezes o coração dos homens e das mulheres é excitado, assim como confortado, nos seus desgostos, mais pelo exemplo do que pelas palavras... Portanto, porque também conheci algum consolo graças a conversas tidas com alguém que foi disso testemunha, estou agora decidido a escrever acerca dos sofrimentos originados pelos meus infortúnios, para os olhos de alguém que, embora ausente, é em si mesmo e sempre um consolador... Faço-o para que, ao comparardes os vossos desgostos com os meus, possais descobrir que, em verdade, os vossos não são nada, ou no máximo são insignificantes, e assim consigais suportá-los mais facilmente...

No trolley ovariano...

Uma vez entregada a alma, segue-se tudo com uma certeza infalível, mesmo no meio do caos... Desde o princípio nunca foi outra coisa senão caos: era um fluido que me envolvia, que eu aspirava através das guelras... Nos substratos, onde a Lua brilhava firme e opaca, o ambiente era suave e fecundante; por cima disso, reinavam a selva e a desarmonia... Não tardei a ver em tudo o oposto, a contradição, e entre o real e o irreal a ironia, o paradoxo... Era o meu próprio pior inimigo... Não havia nada que desejasse fazer que me importasse de não fazer... Já em criança, quando não me faltava nada, queria morrer: queria render-me porque não via sentido nenhum em lutar... Sentia que nada seria provado, comprovado, acrescentado ou subtraído pelo facto de continuar uma existência que não pedira...

Todos quantos me cercavam eram falhados, ou, se não eram falhados, eram ridículos...Especialmente os bem-sucedidos. Os bem-sucedidos chateavam-me ate às lágrimas. Era compreensivo até ao exagero, mas não era a compreensão que assim me tornava... Era uma qualidade puramente negativa, uma fraqueza que desabrochava à simples vista da miséria humana... Nunca ajudava ninguém coma esperança de que isso servisse para alguma coisa; ajudava porque não era capaz de proceder de outro modo... Querer mudar o estado das coisas parecia-me vão, inútil; estava convencido de que nada mudaria, a não ser que se verificasse uma mudança de intenções, e quem poderia modificar o coração dos homens?... De vez em quando, um amigo convertia-se, o que me causava vómitos... Tinha tanta necessidade de Deus como Ele de mim, e costumava dizer para comigo que, se havia Deus, me encontraria com Ele calmamente e Lhe cuspiria na cara...

O irritante era que, ao primeiro rubor, as pessoas costumavam tomar-me por bom, amável, generoso, leal e fiel... Talvez possuísse essas virtudes, mas se possuía era por ser indiferente: podia me dar ao luxo de ser bom, amável, generoso, leal, etc., porque estava isento de inveja... A inveja era a única coisa de que nunca tinha sido vítima... Nunca invejei nada nem ninguém... Pelo contrário, só senti compaixão por tudo e todos...Desde o princípio que me devo ter treinado para não querer nada com muita veemência...

Desde o princípio que fui independente, de uma maneira falsa. Não tinha necessidade de ninguém porque queria ser livre, livre para fazer e para dar só de acordo com os meus caprichos. Mal esperavam ou exigiam alguma coisa de mim, recusava e daí não arrancava... Foi essa a forma que a minha independência assumiu... Por outras palavras, fui corrupto, fui corrupto desde o princípio...

(...) Mais tarde, quando já era crescido, ouvi dizer que tiveram um trabalhão para me tirar do útero... Compreendo perfeitamente que assim fosse. Incomodar-me para quê? Para quê sair de um lugar agradável e quentinho, de um nicho acolhedor, onde tudo me era oferecido gratuitamente?...

A minha mais antiga recordação é do frio, da neve e do gelo nas aletas, da geada nos vidros das janelas e do suor gelado das paredes verdes da cozinha... Porque vivem as pessoas em agrestes climas das zonas temperadas, como erradamente lhes chamam?... Porque são naturalmente idiotas, preguiçosas, naturalmente cobardes...

Até cerca dos dez anos nunca imaginei que existissem países «quentes», lugares onde não era preciso suar para ganhar a vida nem tremer de frio e fingir que isso era tónico e revigorante... Onde há frio há pessoas que se esfalfam a trabalhar e que, quando têm filhos, lhes pregam o evangelho do trabalho - o que, no fundo, não é mais do que a doutrina da inércia (...) Perfilhavam todas as ideias erradas que jamais têm sido expostas... Entre elas contava-se a doutrina do asseio, para já não falar da da honradez (p. 11): Daqui...

sábado, 3 de janeiro de 2015

Anna Karenina...


Normalmente não consigo cumprir aos desafios os quais proponho para meu Mundo, como, por exemplo, relatar minhas percepções acerca dos livros que li ou reli, do mesmo modo ainda não consegui selecionar os filmes que se adéquam a esse Mundo, nem escrever análises sobres aqueles bons filmes a que assisto ocasionalmente, mesmo assim: contínuo  com o propósito de arquivar, aqui, leituras que me atraem e a sugestão de alguns  filmes... 

Volto, nesta postagem, a fazer dois registro: primeiro um belo filme (adaptação do romance de Leo Tolsttoy) que acabei de assistir, com um trecho da resenha deste link... segundo, deixo neste link  o próprio romance Anna Karenina  de Leo Tolsttoy...  

... "Joe Wright, que tem bons filmes em seu currículo como Desejo e reparação, Orgulho e preconceito, e que mais recentemente dirigiu o filme de ação Hanna; faz deste filme uma obra de arte em termos de técnicos, como figurino e cenários, mas não parece ter uma direção certa para ir como em seus filmes anteriores. Apesar de ser corajoso na forma em que adapta o filme, ainda assim não consegue fugir das convenções do gênero.

Ele é corajoso por seguir uma linha diferente do que já havia feito. Várias vezes, vemos as cenas se desenrolando como se fosse um teatro (eu diria que pelo menos metade do filme foi realmente rodado em um teatro), com trocas de cenários e tudo o mais. Mas ao mesmo tempo, não é um teatro. Ele mistura as linguagens de forma a fazer uma coisa diferente. Não temos um filme convencional e não temos um teatro. É uma pena que esse coragem estética não tenha sido acompanhada de uma coragem literária de realmente nos surpreender.

Anna Karenina é uma mulher que comete adultério e se apaixona verdadeiramente por seu amante. Ela não abandona somente seu status perante a sociedade para ficar com ele, ela abandona seu filho, se torna a principal fonte de intriga e fofoca entre seus iguais (que já não mais a consideram iguais), e paga um alto preço por sua paixão. Seus sentimentos são verdadeiros, mas ainda assim não há espaço para quem comete um "erro" desses. Suas escolhas são inaceitáveis perante a sociedade.

Karenina (Keira Knightley) se apaixona por Vronsky (Aaron Johnson), que não parece conhecer muito do que pode acontecer quando se tem um caso com uma mulher casada. Seu marido é Karenin (Jude Law), que parece perceber o romance e apenas pede para que a mulher seja discreta. Mas ela é apaixonada demais para discrição, o que a leva à ruína. O romance, paixão ou mesmo a atração podem ser passageiras, mas a fama que ela adquiriu ficará para sempre.

O filme é muito extravagante e bonito, mas a produção acaba se sobrepondo à história"... 

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Bem Aventurados os Mansos...

Brindemos a nós mesmas, à vida, às paixões, ao amor, à poesia, à diversidade!... Um brinde também ao poder do silêncio, enfim: um brinde ao lazer de escrever pelo simples prazer de juntar palavras!... Sim à Arte de Viver!... Fiquei encantada com 'Os Bem Aventurados' do Obvious:

... "Sou pelo bem comum.
Pelo dar um passo atrás para que todos possam dar um passo em frente.
Sou pelo 'se faz favor', pelo 'com licença' e pelo 'obrigado'.
Num mundo que se atropela, que grita, que vive ao segundo, que reage e que partilha, sou pelo silêncio.
Num universo em fast-foward, sou pelo pause.


[borbulho. agito-me. fervo . inspiro. acalmo. continuo]

Gelo fino protegendo o mundo da corrente da água, a mansidão faz-se em camadas.
Ao longo do tempo. Ao longo da vida.
É uma maratona, não um sprint.
É uma opção de vida, não uma fraqueza. É caráter, não ausência dele.

Bem Aventurados os mansos, porque um dia herdarão a terra.
É que até lá, os outros - os agitados, os sôfregos, os belicosos...
... já terão perecido todos"...

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