quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Nikita...



Ciência de Amar...

E quando o amanhã surgir
Nos raios a brilhar
O vento abrirá a janela
Para ti entrar...

Mas quem poderá fenecer 
A estrela que assim
Sempre bailou?...

Se, na imensidão dos dias cinzas,
Foi ela quem me clareou...

Fusão do tempo
Relâmpago das horas
Foi a aurora da paixão
Na ânsia de amar...

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Olsen Olsen...



Vite Cita: Unidade em Configuração...

A conclusão é óbvia
Desvio-me do pensamento
Adentro o real
Tudo caracteriza-se ao apresentar 
A diversidade dos dois segmentos
Estabeleço a símile
Encontro a decisão 
A metáfora consiste na tal compreensão
Não!, eu também já não acredito, não
Na fraternidade entre as nações
A diferença no gênero 
Já designa a semelhante situação
Somos figuras em construção
Na presença da conjunção
A igualdade no pronome configura
A unidade dessa configuração
A fragilidade dirá entre ele e ela 
O roteiro da consignação
Procuro!
Não encontro 
Ouço a voz que vem da proposição
Séria decisão 
Agora é só substituir nossa expressão... 

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domingo, 26 de janeiro de 2014

Sorbet de Manga...

Adoro tudo feito de manga, encontrei essa receita aí de Sorber super-simples, a minha receita favorita com manga é apenas com mel...  "Quer aprender a fazer um Sorbet de Manga gastando pouco e em apenas alguns segundos? O chef Ricardo Viola te ensina... Conhecido por seu tumblr Menos de Vinte, ele apresenta uma série de receitas fáceis e em conta, confira": aqui...

sábado, 25 de janeiro de 2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Gün Biter Gülüşün Kalır Bende...



Desencontro: Tu em Mim...

Mágicos foram aqueles dias
Em que não vivi
Mesmo assim te vi...

Amargas foram as horas
Que na tua presença
Esvaeceram-se as rosas...

Conto pontos, entretanto: desencontros
Cantos sem fins, entre tantos
Encontro, por fim
Tu em mim...

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Please Forgive Me...



PQ as Mulheres Legitimam a Dominação?...

... “é ainda mais surpreendente, que a ordem estabelecida, com suas relações de dominação, seus direitos e suas imunidades, seus privilégios e suas injustiças, salvo uns poucos acidentes históricos, perpetue-se apesar de tudo tão facilmente, e que condições de existência das mais intoleráveis possam permanentemente ser vistas como aceitáveis ou até mesmo como naturais” (Pierre Bourdieu)... 

Incansavelmente, busco a mágica; pergunto-me: qual o mistério inexplicável para a eterna dominação das mulheres?... Será inexistente a resposta coerente para tal mistério?... Assim como a mulher saudita, eu também quero ter meu Gurdião...

Acredito que a psicanálise ou os grandes especialistas sobre esse tema já devem saberem quais são os princípios que regem a relação entre homens e mulheres, porém não consegui encontrá-los nem muito menos formular uma resposta coerente para meus próprios questionamentos (no entanto, sou consciente ao que me submeto, sem fazer uso de máscara feminista, tão pouco fantasias da livre intelectual), mas deparei-me com um texto, no Blog do Professor Antonio Ozaí da Silva , bem interessante; apesar da situação no Brasil e no nosso Acre não ser muito diferente, ele consegue explicitar com certa clareza a legitimação das mulheres, na Arábia Saudita, frente ao domínio masculino... 

Talvez a diferença, diante de algumas conquistas das mulheres ocidentais, seja apenas o modo pela qual o sistema opera no impulso dessa relação: Homem x mulher, ou melhor: o sistema ocidental hipocritamente afirma que as mulheres vivem no apogeu de seus direitos, enquanto os orientais estabelem uma relação de domínio honestamente com regras e valores esbalecidos numa relação sincera... Vejamos como um homem ocidental retrata a relação de domínio das mulheres orientais... Bom mesmo seria o retrato fiel da situação da mulher no Brasil e no nosso Acre...  Gostei da sintaxe e do ritmo desse texto: 

... “Não obstante, na minha desorganização organizada encontro tempo para dar conta das pendências. Então, termino por me surpreender com as coisas que guardo: umas nem fazem mais sentido, pois eram conjunturais e o tempo anulou a motivação; outras, simplesmente deixam de despertar o interesse – o que me faz pensar no tempo que consumimos com algo que nos parece muito interessante em determinados contextos da vida, mas que, passado o momento, dilue-se e torna-se descartáveis. Mas, há aqueles assuntos que, infelizmente, permanecem atuais. Seria melhor que também eles tivessem perdido o sentido de ser. A realidade, contudo, teima em persistir... 

Fico ainda mais perplexo ao ler o depoimento de mulheres que apoiam a tutela masculina – o que ilustra bem a complexidade da questão de gênero, na medida em que lá, como aqui, as mulheres introjetam os valores considerados machistas e reproduzem-nos como esposas, mães, etc. Noura Abdulrah, a primeira mulher a ocupar um cargo ministerial na Arábia Saudita, também defende a tutela masculina: “Como mulher saudita, quero ter meu guardião. Meu trabalho requer de mim ir a diferentes regiões da Arábia Saudita e, durante minhas viagens, sempre levo meu marido ou meu irmão. Eles não solicitam nada em troca – eles somente querem estar comigo...

Estamos no século XXI, mas as trevas de regimes políticos conservadores-teocráticos persistem como se fossem naturais. A fusão do Estado com uma concepção estreita e intolerante da religião são os pilares que sustentam a exclusão das mulheres e perpetuam a dominação masculina. Mas também devemos considerar os valores e costumes arraigados na sociedade, cuja influência é tão forte que conquista a legitimação até mesmo das mulheres. Como explicar isto? O que diz o multiculturalismo e o feminismo? A realidade social é bem mais complexa do que os nossos ismos!” Blog do Ozaí )...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Moon and Sand...



Não sei: Um Sonho num Transe...

Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para o amor, para a glória...
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?

Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.

Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li.
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi.

Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.

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My Funny Valentine...



Cansaço...

O que há em mim é sobretudo cansaço — 
Não disto nem daquilo, 
Nem sequer de tudo ou de nada: 
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, 
Cansaço. 
A subtileza das sensações inúteis, 
As paixões violentas por coisa nenhuma, 
Os amores intensos por o suposto em alguém, 
Essas coisas todas — 
Essas e o que falta nelas eternamente —; 
Tudo isso faz um cansaço, 
Este cansaço, 
Cansaço. 

Há sem dúvida quem ame o infinito, 
Há sem dúvida quem deseje o impossível, 
Há sem dúvida quem não queira nada — 
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: 
Porque eu amo infinitamente o finito, 
Porque eu desejo impossivelmente o possível, 
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, 
Ou até se não puder ser... 

E o resultado? 
Para eles a vida vivida ou sonhada, 
Para eles o sonho sonhado ou vivido, 
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... 
Para mim só um grande, um profundo, 
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, 
Um supremíssimo cansaço, 
Íssimno, íssimo, íssimo, 
Cansaço...

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Condor Pasa...



Fruto do Suor...




Manga...

... "Rica em compostos fenólicos e carotenóides, substâncias antioxidantes, e fibras solúveis, a manga parece acumular efeitos protetores contra alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.

Pesquisas de laboratório constataram que o suco da fruta tem efeito anticancerígeno em células isoladas em laboratório, mas ainda não se sabe como é esse efeito quando a fruta é consumida e digerida pelo ser humano.

Os compostos fenólicos da manga também parecem ter propriedades anti-inflamatórias e de controle do colesterol e do diabetes.

Entre os carotenóides da manga, predomina o betacaroteno, que se transforma em vitamina A no organismo — entre outras coisas, essa vitamina protege contra infecções e degenerações na visão, como a cegueira noturna.

A vitamina C e a vitamina E também têm ação antioxidante e favorável ao bom funcionamento do sistema de defesa contra infecções. A vitamina E protege as membranas das células do corpo, especialmente as dos glóbulos brancos e vermelhos do sistema imunológico.

As fibras solúveis têm capacidade de reduzir o nível do “mau colesterol”, o LDL, no sangue, prevenindo doenças cardiovasculares. Também facilitam o trânsito intestinal, evitando constipações e diminuindo o risco de câncer de cólon.

As vitaminas B presentes na manga (B1, B2 e B6) são importantes para a produção de energia e para o bom funcionamento do sistema nervoso e do imunológico.

Embora não seja comum, algumas pessoas podem apresentar alergia alimentar à manga. Outras, podem apresentar dermatite de contato ao manusear a fruta — neste caso, devem consumi-la já descascada por outra pessoa"... Aqui... e  aqui...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Desejo Indomável

Como corre a gazela 
pela sombra dos bosques, 
enlouquecida pelo próprio perfume, 
assim corro eu, enlouquecido, 
nesta noite do coração de maio 
aquecida pela brisa do Sul. 

Perdi o caminho 
e erro ao acaso. 
Quero o que não tenho, 
e tenho o que não quero. 

A imagem do meu próprio desejo 
sai do meu coração 
e, dançando diante de mim, 
cintila uma e outra vez, 
subitamente. 

Quero agarrá-la, mas escapa-se. 
E, já longe, chama-me outra vez 
do atalho ... 
Quero o que não tenho 
e tenho o que não quero...

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Respiro...



Livro do Amor...

O mais singular livro dos livros 
É o Livro do Amor; 
Li-o com toda a atenção: 
Poucas folhas de alegrias, 
De dores cadernos inteiros. 
Apartamento faz uma secção. 
Reencontro! um breve capítulo, 
Fragmentário. Volumes de mágoas 
Alongados de comentários, 
Infinitos, sem medida. 
Ó Nisami! — mas no fim 
Achaste o justo caminho; 
O insolúvel, quem o resolve? 
Os amantes que tornam a encontrar-se...

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Cântico da Esperança...

Não peça eu nunca 
para me ver livre de perigos, 
mas coragem para afrontá-los. 

Não queira eu 
que se apaguem as minhas dores, 
mas que saiba dominá-las 
no meu coração. 

Não procure eu amigos 
no campo da batalha da vida, 
mas ter forças dentro de mim. 

Não deseje eu ansiosamente 
ser salvo, 
mas ter esperança 
para conquistar pacientemente 
a minha liberdade. 

Não seja eu tão cobarde, Senhor, 
que deseje a tua misericórdia 
no meu triunfo, 
mas apertar a tua mão 
no meu fracasso!...

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Alma...



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Estudo Avalia Bem-Estar na Cidade...


Tanta mesmice, tanto estudo, tantas perspectivas, tantas avaliações: só me deixam com receio sobre quem avalia as avaliações dos estudos ultra-modernos e com crise de valores... 

Francamente, sinto-me tão cansada com as redundâncias, como também sinto uma imensa necessidade de ser irônica perante o Desenvolvimento Sustentável que reflete na minha pele as Mudanças Climáticas... Assim como as catástrofes que vêm ocorrendo no Brasil e no Mundo me fazem suspeitar de todos os otimistas, principalmente àqueles que não conseguem perceber as contradições e o oportunismo da política ambientalista, nem mesmo tentam enxergar para além do seu próprio nariz, mas arriscam a fazerem críticas sobre todos que desconhecem em suas realidades de luta e sobrevivência... Isto aí é somente o resultado impactante do susto que levei diante da importante Pesquisa Inédita, abaixo mencionada...

... "Pesquisa inédita, que vai compor o Índice de Bem-Estar Brasil (WBB), revela o grau de satisfação do cidadão paulistano com relação a dez diferentes aspectos da vida na cidade. Entre eles, meio ambiente: o desagrado da população com a qualidade do ar, ruídos na cidade e limpeza das ruas são pontos críticos da avaliação...

Elaborado com base nas respostas de 786 paulistanos a questionário aplicado em novembro de 2013, o relatório também tem como objetivo incentivar novos negócios e políticas públicas que promovam o bem-estar da população.

A intenção é que, no futuro, o estudo seja expandido para outras cidades brasileiras. "Com a pesquisa, criou-se um banco de dados importante para estudos acadêmicos"... Para uma profunda leitura, eis aqui o link...

Hallelujah...



Quem Escreveu a Bíblia?...

Mesmo os especialistas e estudiosos afirmando que tudo sobre a Terra passa por um processo de transformação irrevogável, tenho lá minhas dúvidas... Fico pensando, pensando e ofuscada com a eterna metodologia utilizada pelas religiões como instrumento de captura e manutenção de seus fieis: determinando e moldando a forma pela qual eles interpretam a bíblia... Assim como essas religiões se vangloriam prodigiosamente da visão deles de dependência da dominação, sem o mínimo esforço em olhar para o passado dessa dependência de domínio psicológico... Encontrei um artigo realmente interessante que, simples e clarividente,  alimenta minhas dúvidas, ei-lo:

... "Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?  A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.

A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.

As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. 

As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história",  pode ser lida na íntegra, aqui...

Texto como este, da revista Super Interessante, nos remete a várias e diversificadas interpretações sobre as ideologias modernas, do mesmo modo que os Pergaminhos  ou Manuscritos do Mar Morto  nos faz repensar sobre tudo que nos é imposto em se tratando de religião... Mais informações, aqui...


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Instinto Selvagem...

Bem que eu gostaria de revelar alguns segredos sobre a “Roda da Fortuna”, mas o momento não é propício para tanto... É fácil para os sábios darem pitaco como este: “vá aonde seu corpo e sua alma desejam ir... E quando você sentir que o caminhos é por aí, não permita que ninguém te desvie dele”... Simples assim somente se vivêssemos num paraíso onde todos que estão envolto te dessem a mão na hora de prosseguir superando todos os obstáculos... 

Ah, se eu pudesse atender todos os desejos do meu corpo... estou correndo a procura das palavras para relatar a prazerosa sensação emitida por algumas cenas do link Adoro Cinema, mas elas não colaboram para com a revelação dos meus instintos selvagens... 

Enquanto não me apetece falar sobre os prazeres da carne, ficarei bem atenta para as "30 cenas de sexo marcantes do cinema"... Não me canso de assistir às cenas de: "Instinto Selvagem é um dos filmes que logo vem à mente quando se pensa em cenas de sexo no cinema, seja pela história picante envolvendo o relacionamento de um policial (Michael Douglas) com uma escritora acusada de ter cometido um crime ou pela performance avassaladora de Sharon Stone, eternizada no cinema por uma certa cena de cruzada de pernas"...


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Hoppípolla...



Saber Relativizar para Aprender Amar...

Antes de tentar emitir qualquer ideia sobre os caracteres dos quais são compostos meu corpo e minha alma, minha cabeça e meu coração devo insistir em dizer que isso não é olhar para o próprio umbigo, não; muito menos egocentrismo, viu?; notoriamente permaneço naquela fase existencialista... Quando eu ultrapassar a montanha existencial, aviso!... Tudo bem assim?... Talvez eu nem consiga sair desse processo de auto-conhecimento... Acabei de ser presenteada com uma boa sugestão de leitura... Conforme o pensamento de Oscar Wilde, "a primeira realização do conhecimento é conhecermo-nos a nós próprios e a maior proeza da sabedoria é reconhecer que a alma de um Homem é incognoscível... Depois de pesado o Sol e medido os passos da Lua e delineado minuciosamente os sete Céus, estrelas a estrela, restamos ainda nós próprios... Mas quem poderá calcular a órbita da sua própria alma?” (Oscar Wilde in De Profundis)... 

Vou esclarecer com outra sintaxe: enquanto alguém ficar me acusado daquilo que não Sou, insistirei em delinear o mapa geográfico da minha própria existência; pois já sofri e fiz muito pela dor do Outro, sem nada conseguir edificar, sobremaneira... Agora quero me fazer conhecer ao me reconhecer... Nada mau, hein?... Também não posso deixar de reafirmar: odeio, passo muito mal, sinto náuseas, dói-me os ossos toda e qualquer forma de imposição, do mesmo modo que não consigo tolerar quem julga sem se conhecer ou sem julgar a si, primeiramente... E isso não depende da idade, porque os “canalhas também envelhecem”... 

Por outro lado, o que mais me impressiona diante da ignorância alheia é a desconfiança quanto a autenticidade das minhas curiosidades, acabo de me deparar com um fato no mínimo curioso, aqui não trata-se de beliscar as teorias sociológicas ou filosóficas, não... Por favor, faça bom uso da relativização nessas horas de intensas dúvidas, ok?, porque nem tudo que penso e escrevo é com base nas inspirações teóricas... Olha só o último ocorrido: jamais havia lido a citação acima de Oscar Wilde, porém o hacker que controla meu mundo virtual, fez-me essa sugestão quando eu estava escrevendo esse desabafo, portanto mais uma vez fica comprovado quanto as idéias que me impulsionam, elas têm consistência e se afinam com a sabedoria de alguns grandes construtores do conhecimento... É bom sabermos quem somos, né?...

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domingo, 12 de janeiro de 2014

Hrafntinna...



Palavras Clandestinas...

Ela tinha - parecia-lhe - mil
coisas a dizer
a estas palavras que não diziam nada;
que esperavam, alinhadas;
a estas palavras clandestinas,
sem passado ou destino.
E isto o perturbava ao desatino;
a ponto de não ter, ela próprio, mais
nada a dizer,
então...

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Construindo a Definição de Paz...

Concedei-me, Senhor, o prazer de aliviar as dúvidas.
Afasta-me de tudo que generaliza à maleficência.
Livra-me da tirania do maldito traidor.
Opõe-me do viril riso paradoxal. 
Interrompe-me de todas as classificações das desilusões.
Eleva-me das difusas definições castradoras.
Dá-me o poder de perdoar.
Senhor, por favor, Protege-me!
Aconchega-me naquilo que coexiste a paz da ternura.
Envolve-me na doce meiguice da afetividade...

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A Quem se Fala Quando se Escreve...

- A quem se fala quando se escreve?
- A um ser acerca de quem nunca se venha a saber se é si mesmo ou um outro.
- Fala-se a um desconhecido?
- Seria absurdo dizer dessa maneira, porém, é a única coisa que podíamos dizer: não se dirigir a ninguém, quando se fala, talvez seja falar apenas consigo mesmo; mas como falar consigo sem imediatamente fazer de si um outro?
- Sobretudo porque nós somos, nós, esse outro.
- Não estou dizendo isso . Você não me compreendeu, ou, fui eu que não me fiz compreender. Esse outro não é eu mesmo, nem minha invenção. Ele é minha descoberta do outro em mim.
Esboçar o perfil de uma palavra numa folha já é estabelecer uma conversa com a página branca.
Tudo o que vemos, escutamos, tudo do que nos aproximamos, uma vez reconhecido, entra em diálogo conosco.
O livro seria, assim, apenas o espaço circunscrito pela palavra aberta à palavra. Não somos escritos onde ela se escreve, mas inscritos onde ela se apaga.
Há uma linguagem própria que a inscrição tumular nos impõe e nos força ao silêncio. Pesado silêncio em busca de um signo.
Ah! outro - homem, mundo, Deus - mais nós mesmos do que poderíamos sê-lo no segredo de nossas confissões; palavra de uma palavra à qual não ousamos ligar nosso nome; pois se somos tributários dela, ela, contrariamente, mais nos escapa do que nos pertence.
Brancura, brancura de sangue. Séculos de orgulho e de derrotas jazem no vocábulo. Você os desperta ao revelá-lo.
Um livro se entreabre quando nos abandonamos.



sábado, 11 de janeiro de 2014

Glósóli...



Dias Inexistentes...

 
Existem aqueles dias
Que, ao acordar e abrir a janela,
O Sol me chama para bailar
Depois com as estrelas brinco 
Até cansar
Tão logo a Lua me chame para amar
Assim te encontro além-mar...

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sæglópur...



Entre as Cercas do Mundo....

Cá, por entre as cercas e o mundo
Sou parte dum profundo vale de mistério
Que devora meu viver...

Vivo, 
E nas ininterruptas ânsia do ser
Entrego-me ao ritmo do vir-a-ver
Aqui, ali, acolá...

Será que tudo irá se concretizar?...

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Varúð...




O Amor Irradia...

Teus olhos são lassos, amante!
Olhos em sono a se perder,
Nesta posição tão distante
Pode surpreenter-te o prazer
E pelo pátio o jorro de água
Não cala nunca o seu rumor,
E entretém a extasiada mágoa
Em que pode atirar-me o amor. 

Mas o amor irradia
E é odo flores
Ede Febo a alegria
Enche-o de corres
E tal chuva desfia
Imensas dores...

Soldier Of Fortune...

Velho Milenário...

Tenho as recordações de um velho milenário!
Um grande contador, um prodigioso armário, 
Cheiinho, a abarrotar, de cartas memoriais, 
Bilhetinhos de amor, recibos, madrigais, 
Mais segredos não tem do que eu na mente abrigo. 
Meu cérebro faz lembrar descomunal jazigo; 
Nem a vala comum encerra tanto morto!

— Eu sou um cemitério estranho, sem conforto, 
Onde vermes aos mil – remorsos doloridos –
Atacam de preferência os meus mortos queridos. 
Eu sou um toucador, com rosas desbotadas, 
Onde jazem no chão as modas desprezadas, 
E onde, sós, tristemente, os quadros de Boucher 
Fluem o doce olor de um frasco de Gellé.

Nada pode igualar os dias tormentosos 
Em que, sob a pressão de invernos rigorosos, 
O tédio, fruto infeliz da incuriosidade, 
Alcança as proporções da imortalidade.

Desde hoje, não és mais, ó matéria vivente, 
Do que granito envolto em terror inconsciente. 
A emergir de um Saara movediço, brumoso! 
Velha esfinge que dorme um sono misterioso, 
Esquecida, ignorada, e cuja face fria 
Só brilha quando o Sol dá a boa-noite ao dia!



domingo, 5 de janeiro de 2014

O Sole Mio...



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Amor à Distância...

Quantas vezes eu já não toquei o vazio,
na esperança de te sentir.
Quantas vezes eu já não ergui minha mão,
com vontade de acariciar teu rosto... ou secar uma lágrima.

Quantas vezes eu não fechei os meus olhos,
para poder visualizar tua boca sorrindo...
enquanto eu sentia que tu
sorria...do outro lado...

Sinto tanto a tua falta...
Falta do teu calor...
Falta dos teus beijos...
Falta do teu olhar...

Mas a tua voz me aquece, me acaricia,
me embala nas minhas noites vazias 
E a esperança preenche meus sonhos...

A esperança de que não tarde 
o próximo dia em que vamos nos encontrar...

E de que não tarde, 
o dia em que não vamos mais nos separar...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Baby Can I Hold You...




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Por Entre os Medíocres da Guerra...

 Sim, não tenho medo, não...
Pois tenho meus sonhos 
E o mundo vão 
Para provar todo sabor 
Da doce verdade da desilusão...

Com os pés no chão
O melhor da vida 
É está sempre pronta para recomeçar
Mesmo com aqueles que adoram incomodar
E, ao mesmo tempo, pedem para brincar de amar...

Sendo assim tão imperfeita
Estou sempre disposta a ser uma mulher/anciã
Já não me espanto com quem nada sabe
Sobre mim
Mas se arrisca em ser o invejoso hipócrita a criticar...

É assim que a orquestra universal me chama
Mais uma vez para um natural baile cósmico...

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Love of a Silent Moon...



Oh! Silent moon, reflect on me your silver glow
And hold me safe 'til dawn.
Oh! scepter'd orb, direct on me your silent face
And keep my soul 'til morn.
Glory be. Glory be. Glory be.
You and me, you and me, you and me.
Wrapped in love, help in poise,
Allow your silent voice to share my prayer.
Permit my heart...
Fearlessly express its radiant glow
To light the dark.

A Rota...

O mundo pulveriza-nos sem revelar
Seus intuitos secretos...

A vida é contemplá-los nos seus gestos mais sutis
E sentir nas águas profundas
O que de cada destino foi escrito
Nos penhascos dos mares agitados...

No vácuo do espírito
Anda a forma sem direção
Por caminhos já pisados
E inseguros são os passos repetidos...
Nem sempre o olhar mais aberto
À procura da estrada de nós mesmos
Torna o espírito mais desperto
Vivemos nos penhascos dos mares agitados...

**
 Adalgisa Nery...  in Erosão, 1973

Receita de Ano Novo...

Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 

Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver... 

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente...

É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre...

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Carlos Drummond de Andrade

2014: Sagrado será Amanhecer e Anoitecer...

Subindo ou descendo a correnteza, pouco importa,
O importante é está com a rede armada no barco do viver,
Ir sempre seguindo com as águas do rio
De todos os Sagrados dias...

Só por uma razão sem Razão
Aspiro essa sublime sensação
Em ver florescer a emoção do renascer
A cada Amanhecer
No puro verde do novo alvorecer...

E nas matas do novo entardecer 
O ressoar de todo ser vivente 
Enaltece esse eterno anoitecer...

Sem sentir dor ao pisar nas pedras
Que constroem nosso caminho 
O acordar será sempre 
O desejo de renascer
Em cada novo sonho de viver...
Ao respirar o perfume das flores
Desse verde florescer
Nas matas vejo a passarada nos engrandecer...

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