terça-feira, 31 de outubro de 2017

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Uma Longa Indireta II..

Em outras palavras: enquanto observo aquilo que a intimidade da distância me proporciona, surge uma situação me privilegiando com a compreensão do meu lugar no mundo... Ao vê-me numa dada realidade descrita por mim, ou por quem me julga, por exemplo, adquiro uma consciência do potencial que a leitura-escrita exerce sobre mim, numa situação de fundamental importância que se retém longe da intimidade de um contato... Ou seja: é uma compreensão de mim que a distância crítica me proporciona...

Entretanto, percebo algo em mim se desvanecendo quando me coloco no foco diante de um olhar investigador, e essa atenção mostra que o motivo desse desvanecimento é o fracasso ou o estranho comportamento daquilo que me leva à decepção de alguma coisa... Daí sou capaz de movimentar-me com facilidade em várias situações diferentes, para, assim, me reestruturar ou me reinventar... 

Por fim, refaço-me numa contínua transgressão de fronteiras, onde permito-me a espreitar a criatividade da destreza humana, perante um mundo aparentemente estável com falsos credos atemporais e cheios de barreiras, que nos leva a criação de uma cultura encurralada por perigosas armadilhas, geradoras de conflitos e doenças morais: como o preconceito, a discriminação  e o racismo, que são fonte da cegueira desconstrutora da civilidade, levando ao desconhecimento das semelhanças entre os seres humanos, mesmo com suas diferenças de cor, raça,  crença e  situação socioeconômica... É aí que surge a necessidade em mudar de conotação e inverter o jogo, onde me permita um posicionamento no controle da situação, para comandar meus próprios desejos... Enfim, adquirir uma melhor percepção dos  perigos e das complexidades que me rodeiam... 

Por isso a necessidade dessa transgressão como possibilidade do conhecimento da falsa realidade cultural construtora dessas doenças (a exclusão ou marginalização em decorrência da situação socioeconômica, preconceito, discriminação, racismo, intolerância religiosa ou as "homos" em voga), os falsos moralismos e os caóticos conflitos geradores das violências modernas... Enfim, esse refazer-se é simplesmente se reconhecer no mundo e se desnudar dos falsos credos para saber que tudo ainda está por ser construído, inclusive os valores que formam o caráter das personas terrestres... Obrigada por me compreender...

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Paisagem Google  

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Uma Longa Indireta...

Ao que parece ninguém gosta de indireta; nem eu, porém hoje decidi fazer jus a quem gosta desse tipo de atitude... Pode me chamar de idiota, ou qualquer adjetivo que possa desqualificar minha longa indireta; mesmo assim sempre que necessário insistirei nas delongas para deixar registrado meu melhor passa-tempo... Não, eu também não costumo enviar mensagens como indireta a ninguém, logo eu sou muito explícita em tudo que sinto e faço, portanto tudo comigo é frontalmente no papo reto (quem ler esse texto que me perdoe por eu expor essa indireta assim tão contraditoriamente; no entanto  tem gente que evita ouvir uma crítica olho-no-olho, felizmente temos as redes sociais para revelar quem é quem)...

Por vezes, sou obrigada a responder certas mensagens de forma torta, pois existem algumas situações onde as quais me fogem da compreensão: sim, eu sinto saudade de muita coisa que ficou pra trás, mas não me arrependo de nada do que já fiz, disse ou escrevi, logo sempre fui muito autêntica  em tudo... Fico feliz que tenhas, finalmente, se dado conta de que minhas prioridades estão muito além de uma relação afetiva ou do moralismo familiar...

Desculpa mais uma vez... Normalmente, aprendemos a nos valorizar depois de sofrer algumas decepções... O engraçado é que existem períodos de nossas vidas dos quais as pessoas em que estão ao nosso lado só percebem nossas qualidades e, geralmente, que nos doamos por inteira, depois que nos perdem, e percebem também que o amor real ou a amizade verdadeira é aquele que é vivido e sentido – intensamente – nas relações cotidianas construídas no cuidado, no zelo para com o outro: suadas, sofridas, nas resoluções das tarefas, dos compromissos assumidos, nas responsabilidades cumpridas... Entretanto, existem aquelas pessoas com capacidade de achar que a distância e a indiferença constroem um relacionamento (afetivo ou de amizade), mesmo cheios de decepções... Ah sim, pode ser um grande defeito meu, mas não costumo fazer o bem sem olhar a quem... Todo bem que costumo fazer é em retribuição ao bem o qual me fazem... Aos indiferentes envio-lhes minha indiferença também... 

Hoje sinto saudade, sim, sinto falta de alguma coisa que passou, e por mais que algumas situações tenham sido promovidas por uma desilusão, me faz sentir um mínimo de interesse em saber se tu já aprendeu a valorizar a amizade ou o amor de forma a saber que o que foi irrelevante para ti, hoje te faz falta... Não costumo sentir raiva e nem rancor... Afinal, é através das decepções, das traições e das puxadas de tapetes ou das quedas que levamos com as quais aprendemos a perseverar no caminho: curar as feridas, enxugar as lágrimas e levantar para seguir em frente com a cabeça erguida...

Procuro lembrar sempre de toda relação de amizade ou afetiva como uma lição; onde as quais me fizeram aprender que em algum momento posso ter perdido a direção, ter perdido o foco da minha vida, mas, apesar das lições dolorosas, não perdi a noção dos bons valores que constroem o bom viver; assim como toda e qualquer lição foi mais um aprendizado de como superar os problemas que vão surgindo ao longo da estrada da vida; e também que elas me deixaram perceber que estou sempre a fazer a escolha certa... Principalmente, que aprendi a seguir em frente com mais maturidade, isto é uma certeza; e ter aprendido também a jamais perder meu tempo com pessoas que não respeitam os bons valores do respeito para com o outro... 

Desejo de coração que toda relação seja no mínimo uma lição para aprender a lidar com as diferenças... Porque, felizmente, eu aprendi a agradecer sempre por tudo que me ensinam, pelas escolhas erradas que me impulsionaram a fazer, pelas dores que me fizeram sentir, pelas confusões que me ensinaram a lidar com a ausência, e que, finalmente, consegui aprender que o tempo passa e a saudade é uma grande aliada que nos ensina a perdoar, pois somente assim (errando, principalmente) me tornei um ser humano melhor: o que hoje sou... Enfim, aprendi primeiro a me amar; depois a cuidar de mim; gosto tanto de mim, e mais um pouco: também não uso maquiagem e nem luto pra ficar em forma física (minha grande luta é continuar a corrigir meus erros)... Infelizmente, ainda me falta descobrir o doce sabor de fazer a diferença na vida de alguém, pois saber fazer a diferença na minha vida já sei...
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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Mi Buen Amor...

Gratidão...

A cada instante 
eu dou Graças a Deus
pelo dia que me guia 
e com o Sol ilumina
todos os caminhos meus...

Em todas as horas 
eu Agradeço a Deus 
pelo noite que me esconde 
e com a Lua acoberta
todos os pecados meus...

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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Insensível Indiferença...

Caberiam numa só palavra
todas as minhas mentiras
porque nela transborda
o obscuro rio da incerteza
e uma vasta vida
que desconhece o sentido
de uma clara manhã
repleta de esperança...
Todas as minhas mentiras
podem ser conjugadas
em um só verbo
se nele ocupasse
o eterno horizonte
que brilha a afável certeza
da felicidade sem fim
que enaltece o som
dos raios de sol
de todas as manhãs
repletas da certeira serenidade...
Sim, tantas mentiras
podem ser interpretadas
em uma única palavra: amor...
Porque amar é um verbo
que meu coração
nunca cogitou a conjugar...

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Imagem Google

domingo, 8 de outubro de 2017

sábado, 7 de outubro de 2017

Insana Consciência...

E na noite existe um mistério
o qual eu teimo em compreender
mas sem aquele vestígio
impróprio da pertinência
e um toque selvagem
alheio as tensões
que se formam do lado avesso
eu não compreendo
esse estado de perfeito juízo
pleno de sanidade
pois diante da sã consciência
nada funciona
com aquela bondade comum
a qual surge de fora, no diurno
e que ainda pode ser o decente
mas sem os poderes ocultos
que ocultam nossas sombras
diante dessa energia noturna
que assusta
eu reafirmo: nada pode existir
nem eu...

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Imagem Google

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Regozijo...

Admirável são os espaços vazios
da beleza que regozija a alma...

Sublime é o poema
que se inscreveu
nas entrelinhas
de um desses vazios...

Gritei com o verbo da dor
surgiu o verso do amor...

Num tempo temporário
as metáforas se aprofundaram
e acordaram o silêncio
que me deixou perceber
qualquer coisa de real...

Desabrochou do calor
a linguagem do desejo que se formou
e explodiu na voz que regozijou...

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Imagem Google


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Em Busca da Primavera...

Quando chega nosso inverno chuvoso com ele vem junto uma imensa vontade de sorrir... Porque depois de uma torrencial seca, nosso verão, flores são tão difíceis de serem encontradas: foi o que me inspirou os verso que seguem... 

Ah, como eu sonho com a primavera
Nas pétalas formosas tocar
Com o perfume delas me embriagar
E com a cor dessas flores
Um céu de aquarela pintar...

Mas essa estação
Com o solstício não veio
No meu quintal ficar... 

Mas vieram as trovoadas
No céu uma melodia tocar...

Assim meus sonhos
Com as chuvas acordar
E ouvir os pingos 
Um perfeito acorde formar
Para uma progressão harmoniosa 
Da vida sentir
O som do tempo diminuto passar...

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Imagem Google

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

domingo, 1 de outubro de 2017

Mudança de Prisma...

Como a vida não pára 
meu olhar sempre mudará
ora doce, instantes iluminados
pela manhã sorridente
já à noite inspirado
em território minado
de lembranças,
firme questiona,
intenso e sereno 
se reinventa amadurecendo 
de acordo com a alma
ele vai vivendo...

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