domingo, 31 de julho de 2016

Momento Confuso: Sigo com Fé e Esperança...

Acima de qualquer dúvida, sinto-me parte duma grande família humana em constate transformação ou em formação, totalmente, predisposta a aprender a fazer tudo de novo... 

Eis que perante minhas constantes buscas e desencontros, também me sinto perdida e assim toda confusa sou apenas mais um ser solitário querendo encontrar profundas explicações sobre os dramas psicossomáticos e o caos global: diga-me onde encontrar as respostas para tantos por quês das dores do corpo, já que de acordo com o conhecimento oriental são as emoções que exprimem as mensagens do corpo... No entanto, é preciso aprender a ouvir essas mensagens, mas enquanto esses por quês persistirem em ficar sem respostas vou confusa seguindo impulsionada pelo vento...

Portanto, imbuída por esse pensamento tento viver livre das prisões disciplinares sempre à procura de explicações ou sugestões que me levem ao autoconhecimento, como tentativa de encontrar um abrigo seguro para todas as inquietações do meu ser interior ou que me proporcione o diagnóstico certeiro das dores do meu corpo... Pois, segundo os sábios, quando abrimos a porta desse interior é natural sentirmos a fruição da vida a respirar e inspirar mais vida saudável, que impulsiona sempre nosso livre caminhar ao devir... Entretanto apenas sei que tenho muito o que aprender sobre a arte de viver com plena satisfação o hoje sem as angústias do passado e as incertezas do amanhã...  Te espero sempre...

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Foto minha do lago próximo de casa...

terça-feira, 5 de julho de 2016

Fardo da Existência...

Muito mais
que o peso da cabeça
a leveza do meu coração
por vezes, me deixa muito cansada...

Distante de si
desapareço de mim
sou sombra da inexistência...

Memória dum passado
que não reconheço...

Esperar o que o outro me alcance?
Não!
Vou em busca de mim...

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Pintura: Francine Van

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Do Aroma Poético...

Somente com as palavras escrevinhadas, em certos momentos, sinto-me na presença da multidão... Elas apresentam-me ao desconhecido e levam-me ao mais profundo do ser... também sinto a realização com a intimidade delas... Por vezes, procuro uma linguagem prazerosa – que possa movimentar-se em direção à oralidade nunca mencionada...

Com efeito, cabe a mim a faculdade de desejar um encontro para estabelecer o conjunto de imagens que satisfaçam ao meu prazer de jogar com o verbo em ação... Quanto mais me aproximo de uma objetividade, tanto mais a imaginação interfere à sensibilidade; em outros termos: sempre estarei pressupondo o ciclo natural da criação para seguir sentindo... Com a autodeterminação da finalidade subjetiva, o poder da autonomia redireciona-me a outras realidades, também imaginárias...

Ouço o silêncio daqueles que se dispersaram ao longo do caminho; da amálgama desconhecida dos imprudentes, restam-nos os odores e dissabores dos desencontros daqueles que celebram o ódio... Atenuar tal sentimento é o que nos motiva a saborear o desconhecido prazer do aroma poético... Descompromissada com a objetividade do real, navegarei ao encontro dos discursos recheados de boas intenções estilísticas, na tênue proporção que celebra o figurativo sabor da intimidade semântica...

Por fim: espero-te na sutileza dos sujeitos que negam o determinismo mecanizado das hierarquias desumanas... Amar e amar, donde sempre haverá o verbo amar: eis a consciência estética do viver; nessa dimensão é constituído o sentido real para além da emoção... Pois bem, sempre adiante retomarei a velha nova ideia pela qual, na medida do compreensível, situa-se no interior do coração de quem sente...

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Foto: Arison Jardim