quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Redescobrindo o Meu Mundo...


               Quero apenas te dizer que este espaço me tem sido - além do Meu Mundo e a minha vida - de grande valia para a compreensão no Mundo das diferenças na Virtualidade... Aqui é meu país: minha Pátria Amada, vitórias e desafios, eu enfrento em todos os espaços... Eu quero saber como ser feliz em outro lugar, por isso preciso de Ti aqui sempre com teus Olhos sinceros a me direcionar... se todos fossem iguais a ti, a vida seria uma canção... aprendi contigo que toda a verdade do Amor é o Tempo que trás e mesmo que demore este tempo, a chama nunca se desfaz....
               Não posso mais fingir e nem pensar que tudo foi uma história qualquer. Teu caminho é de paz e amor... Tua vida parece uma linda canção de amor. Tu me deste a última esperança de vida, na esperança de amar em liberdade, se todos fosse iguais a ti, seria uma maravilha viver no Mundo Real: eu seria uma mulher feliz a cantar e a sorri, mas já sei que existe uma Verdade e que eu ainda não posso ver!...
               Todos os Homens têm na mente uma canção: às vezes fala de Paz e também de Revolução. Vivem a lutar sem motivos, por umas Terras fazem Guerras todas sem razão, mas estão sempre em busca de Solução, que nunca se resolve em conseqüência de tanta Confusão.
               Por isso tenho que decidir se continuo presa a viver nessa Terra ou deixar meu coração pulsar suave sem culpa e seguir caminhando sob o Sol nesse Deserto Verde. Primeiro preciso saber se estou vivendo viva em meio a tantos mortos...com isso quero decidir se continuo a considerar tantas situações incógnitas e enigmáticas ou se eu tenho que desvendá-las, para aliviar essa sensação de peso dos nossos dias, bem como o medo de perder tudo... Tenho que analisar por onde devo seguir: também tenho que considerar, descartar e ponderar para não deixar nada à distância sem alcance...
             O Tempo passou e eu encontrei em cada conversação um pedaço de razão: eu fui vivendo! Passaram-se os anos, e eu a viver numa cultura diferente com a minha inocência de gente, mas nada mudou do que eu sentia: o que ontem foi Medo, hoje é Amor e sem forçar o momento encontrei a Verdade dos Teus Olhos nas Tuas palavras e sou feliz por estares aqui comigo, mais uma vez: agradeço o Teu olhar!

               Paz e Realizações no Ano Novo e Início de Decênio!...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Desejos Vãos...


Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do Caminho, Rude e Forte!

Eu queria ser o Sol, a Luz intensa
O Bem do que é Humilde e não tem Sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do Mundo vão é ate da Morte!

Mas o Mar também Chora de Tristeza...
As árvores também, como quem Reza,
Abrem, aos céus, os braços, como um crente!

E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de Sangue na Agonia!
E as pedras... essas... pisá-as toda a Gente!...

(Florbela Espanca )
FONTE: Jornal de Poesia

sábado, 26 de dezembro de 2009

Fanatismo...

 
Minh’alma, de Sonhar-te, anda Perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu es já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar Mundos, Morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!..."

(Florbela Espanca )
FONTE: Jornal de Poesia

domingo, 20 de dezembro de 2009

Motivo da Rosa

 
Não te aflijas com a Pétala que Voa:
também é Ser, e deixar de ser Assim.

Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo Teu Jardim.

Eu deixo aroma até nos Meus Espinhos
ao longe, o Vento vai falando de Mim.

E por Perder-me é que Vão me Lembrando,
por Desfolhar-me é que não tenho Fim.

(Cecília Meireles)
FONTE: Jornal de Poesia

sábado, 19 de dezembro de 2009

Na Reconstrução Humana...


                Em todas as nossas tentativas de perfeições e nas seculares imperfeições nossas, o destino nos vem a exigir mais sensibilidade e mais humanismo.
               Estamos sempre nos livrando dos acasos das armadilhas do controle maniqueísta da política governamental (assim como da política da amizade), das inconveniências econômicas, do individualismo que nos afasta do Verdadeiro Amor, do convívio social, familiar e de nosso próprio Ser, afastando-nos também de nossa Identidade.
               Necessitamos, então, nos reconstruir. Para construir um Mundo mais Humano temos que ter um desafio comum, onde a felicidade não esteja apenas em cada um de nós e em nossas possibilidades, mas onde se estabeleça pela igualdade e fidelidade, pela harmonia entre todos os povos e seres humanos sem distinção das diferenças, que seja ela, as diferenças o pilar para a equidade.
              Assim nos livraremos dos poucos sugadores dos muitos bilhões das nações em desenvolvimento (outrora subdesenvolvidas e hoje emergentes), que concentram ainda mais as riquezas do mundo em poucos, enquanto bilhões de seres como nós somos privados do essencial, do necessário para termos uma existência digna na face da terra... correspondemos a Essência da Humanidade e vivermos para o Amor no Outro...
              Os analistas projetam para o Brasil uma liderança mundial ao lado de outros líderes atual, sem pensar   nos padrões para o desenvolvimento e muito menos na forma de acumulação imposta pelo modelo internacional que hoje domina o mercado global: e o que me apavora é o descaso ambiental, pior ainda é a culpabilidade do caos ambiental, ser apenas do aumento populacional...
              Nós atores da sociedade devemos avançar nas conquistas humanas, interferindo nas estruturas de poder que perpetuam atos desumanos e de desrespeitos seculares: as farsas da dominação, os crimes contra a humanidade que geram uma economia desigual, e que não trazem benefícios algum a gente sofrida... somente para manter, contudo, intactos os privilégios daqueles que comandam o Poder Econômico...
              Por isso peço a todos aqueles que pensam Humanamente, num Mundo Justo, mais antigas e novas amizades no cotidiano social, familiar, também para os que estão próximos e os que estão à distância!...
              Meu único Desejo é que possamos Sonhar e assim mantermos a Esperança na reciprocidade das relações Humanas... Aqui deixo minhas desculpas pelos atropelos, erros e dissonâncias... Aqui agradeço Tua Leitura, teu apoio, tuas críticas e discordâncias, porém que nossas Divergências nos permita produzir mais Igualdade e Paz, mais Serenidade e Amor... E que sejamos sempre capazes de produzir muito mais Humanismo!... Meu Mundo... Apenas um Cantinho para  Amar...

Refém em Ti...


Na euforia
Da Minha Alma

Se Eterniza
O Teu vazio discurso

E refém sempre serei
Desse Sentimento

que não é Amor
Muito menos
Liberdade!...

No meu Medo
Só mora a
Dor do Fim...


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Paixão...


             PAIXÃO é um sentimento que surge com muita força na estrutura emocional de uma pessoa, que leva-a se entregar de corpo e alma pelo objeto desencadeante de paixão. A PAIXÃO é forte, mas tende à superficialidade. Com certeza um grande amor geralmente nasce de uma PAIXÃO, que ao longo dos anos vai se canalizando em amor.  A PAIXÃO pode cegar. Principalmente se atingir a pessoa em momentos de vazio interior.
              A PAIXÃO é uma emoção de ampliação quase patológica do amor. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio, tudo se transfoma em emoção. Pode-se dizer também que paixão é algo muito mais passageiro que o amor, pois, sendo uma patologia deste, com o passar do tempo e sendo rompido o véu da idealização do outro, cai-se na realidade, transformando-se a paixão em amor, ou nada restando do sentimento afetivo. Estudos de psicologia dos sentimentos indicam que o estado de paixão muito dificilmente ultrapassa os três anos.
                A afirmação de que o amor é o que sobra quando acaba a Paixão tem sido na seguinte situação: uma pessoa se encanta por outra e fica tão deslumbrada por ela que só vê suas qualidades. A emoção cresce e, com ela, o medo de perder a individualidade. Esta forte emoção se chama paixão. Porém, com o convívio, a pessoa vai deixando de ser tão cega e passa a ver os defeitos do amado. Aí diminui a emoção e o medo da fusão. Acabou a paixão e sobrou – quando \"sobra\" – o amor.
                 O estado da paixão precede o encontro com a pessoa que vai se transformar no objeto da Paixão. Corresponde à necessidade de se sentir vivo. Geralmente, as pessoas se apaixonam (em alguns momentos da vida) quando estão se sentindo mal, insatisfeitas consigo mesmas e com os outros. Nessas situações, uma Paixão  assim faz a pessoa sentir que está vivendo intensamente. Claro que não se pode negligenciar a escolha da pessoa por quem se vai ficar apaixonado, mas o mecanismo passional vem antes. É acionado um sistema de alarme quando começamos a desejar algo que nos traga uma nova energia vital. A paixão toca no que existe de mais profundo na existência de cada um. É uma autoterapia excelente e um antidepressivo muito eficaz, porém  o com o Outro ao lado.
                   A Paixão é o abandono do estado de vigilância. A paixão invade, pode fazer com que você negligencie os filhos, o trabalho, e  tudo que está ao seu entorno. A paixão se organiza dentro da ansiedade e da urgência. O sentimento primordial é a necessidade absoluta do Outro.
                    Há um aspecto mortífero na paixão. Os apaixonados tendem a ir além de suas forças, com uma percepção alterada da realidade. O resto do mundo não existe mais, e isso não pode durar para sempre. Para ambos os sexos, a função psíquica da paixão é mobilizar conteúdos emocionais inconscientes, por isso ela pode ser uma via de autoconhecimento. O paradoxo é que a paixão aguça todos os sentidos, mas eles estão deturpados pela embriaguez que tal estado provoca. O êxtase da paixão é comparável ao êxtase provocado pelas drogas e pelos delírios místicos.
                    No início da paixão, ninguém vê ninguém. "Para o apaixonado, o Outro sempre é o que eu imagino, o que eu quero e preciso que ele seja". A paixão oferece um espelho às pessoas. Elas passam a ver, no outro, o reflexo de seus desejos mais profundos.
                    "A paixão começa no topo e depois, necessariamente, tem que descer". "Uma hora acontece o confronto entre o que eu achava que o Outro era e o que o Outro é em verdade. É aí que os casais entram em crise e a paixão acaba ou se transforma. E pode até virar amor."

( Fonte: Artigos Quentes)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Gracias por Tu Amor! - B. El Recodo

 
tengo tantas cosas que decirte amor
todo lo que tu me has dado
es lo que yo habia soñado

eres todo para mi­ oh si­
todo te lo debo a ti­
eres la razón de mi existir

siempre buscas mãs detalles
que me hagan feliz
detalles que llegan de amor para mi­

eres el amor perfecto
eres lo que yo más quiero
gracias por ser como eres
gracias por tu amor

quiero que sepas que nuestro amor
nadie lo rompe, solamente Dios
todo es hermoso a tu alrededor
tu le das vida a mi corazón

ven a mis brazos
dame tu calor
quiero sentir la fuerza de tu amor
quiero abrazarte
quiero besarte
hoy quiero darte las gracias
gracias por tu amor

gracias, gracias por todo ese amor,
por todo ese amor que tu me has dado

quiero que sepas que nuestro amor
nadie lo rompe, solamente Dios
todo es hermoso a tu alrededor
tu le das vida a mi corazón

ven a mis brazos
dame tu calor
quiero sentir la fuerza de tu amor
quiero abrazarte
quiero besarte
hoy quiero darte las gracias
gracias por tu amor

domingo, 13 de dezembro de 2009

A Condição de Liberdade!


Obrigada por compartilhar comigo este sentimento puro expressado pela poesia... O que de mais lindo um homem pode ter consigo?... Senão o Amor, o Sentimento, as Idéias, o Sonho, enfim: a Vida! Espero poder continuar a receber o Teu Olhar!...
Sim! Amo para ser livre
Presa de livre vontade
E ao amar me sinto ilha
Porque é mar o amor

Liberdade condicional? Não!
Porque estaria livre na condição de amar!
Eu amo para ver livre meu coração

Pois que seria da ilha paradisíaca sem mar?
Terra sem mar é deserto!
Homem sem amor é desterro!
Só serve para guardar lixo
Mesmo que amando, se diga em exílio

Trará o amar o abismo?
E nao haverá por detrás do abismo uma nuvem celestial?
Aquela que nos permite estar ao lado do alguém especial

Mapeando no precipício o vício do jogo,
ou será o jogo viciado?

Riscando as cartas
com marcas de amor destemido
Para que nem o perigo nos iniba
 a condição de liberdade!

(Fornte: Internet. AUTOR: não conheço)

LIBERDADE CONDICIONAL


   Que eu toda me torne desterro,
Lugar de exílio, exílio em ti;

Meu corpo é um edifício erguido
Com vista para o mar, ou seja,
Com o mar rodeando a ilha,
Todo com vista para ti.

Que sejas a tensa corda
Do arco só atirar
- único prazer de memória –
Setas não para a altura,
Mas em única direcção:
Abaixo da minha cintura.

E te amo morto ou vivo
Com certeza de quem sabe
Do grande fogo das vísceras,
Cartas marcadas de risco,
Cujo mapa é só abismo,

Precipício onde se cai,
De mãos dadas com o perigo
E as sete quedas de vício

(Fonte: INTERT, Autor não conheço)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Paixões


                    Paixões fala de um segredo absoluto, ao mesmo tempo essencial e estranho àquilo que chama em geral pelo nome  segredo. Para chegar aí, era preciso colocar em cena, na repetição mais ou menos fictícia de um “este é meu corpo” (é ele que se apaixona) e no decorrer de uma meditação sobre o paradoxos da cortesia (para haver paixão meu corpo necessita do teu corpo), a experiência que contém um dívida (devo ou não devo me apropriar do teu corpo) incalculável: se há dever ele não deve, consistir em não dever? Em dever não dever agir “conformemente ao dever” nem mesmo, como diria Kante por dever? Quais poderiam ser as conseqüência as éticas ou políticas? Que se deve entender sob este nome, dever? E quem pode tomá-lo sob sua responsabilidde?
                Entre o autor e o analista, seja qual for a distância, sejam quais forem as diferenças, a fronteira parece, portanto incerta. Sempre permeável. Ela deve mesmo ser transposta num certo ponto para que haja uma análise e também para que haja um comportamento adequado e normalmente ritualizado.
                Mas um “leitor crítico” objetaria, com razão, que nem todas as análises são equivalentes: não haveria uma diferença essencial entre, de um lado, a análise daquele ou daquela que a fim de participar de um rito, portanto, deve compreender suas normas, e uma análise que não visa se adequar ao rito, mas sim explicá-lo e objetivá-lo, dar conta de seu principio e de seu fim... Mas existe uma diferença crítica? Talvez!... Mas o que é uma diferença crítica? Pois afinal se ele deve analisar, ler e interpretar, o participante deve, também ele, manter uma certa posição... E de certa maneira objetivamente. Embora sua atividade muitas vezes se aproxime da passividade ou da Paixão.

Derridar, Jaques. Paixões. Editora Papirus, São Paulo, 1995.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Louvando a Capoeira


Em Louvor a Capoeira
Salve com muito Amor
Salve a Capoeira Angola
que meu Mestre Ensinou

Foi numa noite de Lua Cheia
Que essa Luz me Iluminou
quando uma Linda Sereia
Em Capoeira se transformou

E no lamento do seu Mestre
a Capoeira ela Jogou
Vivendo a Consciência Negra
que muito sangue derramou

E no toque do Berimbau
A Linda Sereia cantou
Em busca do seu Mestre
Que a Regional Levou

Canta canta sereia do Mar
canta, canta pro meu Berimbau Tocar

canta, canta com Amor
Iluminando a Capoeira de Angola
que Meu Mestre Ensinou

No Jogo da Dança...


Teu Jogo de Dançar
Encanta minha Dor

Em linguagens de significação
transbordando-me na
Essência da Libertação
com grandeza e beleza

Me eleva ao passado
da Luta Negra
Envolvendo-me
na Dança da Sedução

Pra me iluminar no afã de vadiar
em teus movimentos
que tanto fascinam...

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Grito do Silêncio!...


                    "Está preso na garganta, é a dor querendo sair. Agonia que dura horas. O tempo passa e o aperto está lá. A voz por sua vez oscila entre uma frase e outra deixando transparecer a fragilidade da emoção. Entre os versos dessa canção suplico que não haja separação...
                   Andando pelos bosques, lembranças atormentam minha mente, pensamentos fantasiosos e sonhadores. Aquela dor, ah! a delicia de retornar ao passado... Todas essas separações despedaçaram meu coração, devastaram minha plantação de rosas preciosas. Quis desaparecer, sucumbir... Horas, dias, meses, anos se passaram, restaram as lembranças que nunca morrerão"!..(fonte: publicado por etrangestrate às 05:43 link do post  ao SAPO Tags)...
                  Fui então caminhar sob a Luz do Sol, quando de repente alguém se põe a falar comigo... logo atrás de mim. Eu, nas primeiras palavras, não reconheci a voz, foi quando olhei para traz e me surpreendi. Pois é, falou tanto que dessa vez eu tive que reagir. A questão para este companheiro de caminhada era a minha disponibilidade para as caminhadas diárias: enquanto outras pessoas se dedicam tanto a expressar em suas conversas de relex sobre as contribuições sociais  ou mesmo na familia, como sustentam suas famílias lutando para conquistar um espaço em meio ao desespero sem perspectiva de sobrevivência... Eu: feliz, sigo caminhando, cantando e sentindo a liberdade guiar os meus pés, isto  está a incomodar muita gente: Eis o doce sabor da liberdade que impulsiona meu Ser.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

FLORESTA AMAZÔNICA...


I - Contemplação!

Floresta Amazônica és grandiosa
E repleta dos mistérios da natureza
Teus encantos na aurora radiosa
São espetáculos de pura beleza.
Contemplar o canto dos pássaros
Vindos da mata verde é acalanto
Que acalmam e enlevam os atos
Inspirando nobres sentimentos.
As espécies de animais existentes
Em tua fauna cachoeiras e cascatas
São indeléveis em nossas mentes
Gente dependente de tuas matas.

II - Grito de Socorro!

Entrementes nem tudo é alegria
A depredação tem sido frequente
Pela mão do homem no dia-a-dia
Dizimando a floresta, infelizmente.
O predador homem sem consciência
Não mede esforços em derrubá-la
Colocando em risco sua existência
E da geração futura em vivenciá-la.
Com isso ajudam para extinção
Das espécies vivas que são obrigadas
A deixarem seus habitats pela violação
De seus santuários sucumbindo-as.
As poucas que sobrevivem são negociadas
Livremente no comércio ilegal

Até mesmo plantas raras delicadas
São retiradas do meio ambiental.

Levantemos a bandeira da preservação
Ainda há esperanças, vamos nos unir
E lutarmos com toda força do coração

Caso contrário, a floresta irá sucumbir.
Sucumbindo todos irão sentir, já estamos
Sentindo os efeitos dessa depredação!
Dar as mãos é mais que necessário, vamos

Trabalhar juntos pela PRESERVAÇÃO!

(Elias Akhenaton)


“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.”  (Victor Hugo)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Volta à Pernambuco...

 
Contemplando a maré baixa
nos mangues do Tijipió
lembro a baía de Dublin
que daqui já me lembrou.

Em meio à bacia negra
desta maré quando em cio,
eis a Albufera, Valência,
onde o Recife me surgiu.

As janelas do cais da Aurora,
olhos compridos, vadios,
incansáveis, como em Chelsea,
vêem rio substituir rio,
e essas várzeas de Tiuma

com seus estendais de cana
vêm devolver-me os trigais
de Guadalajara, Espanha.

Mas as lajes da cidade
não me devolvem só uma,
nem foi uma só cidade
que me lembrou destas ruas.

As cidades se parecem
nas pedras do calçamento
das ruas artérias regando
faces de vário cimento,
por onde iguais procissões
do trabalho, sem andor,
vão levar o seu produto
aos mercados do suor.

Todas lembravam o Recife,
este em todas se situa,
em todas em que é um crime
para o povo estar na rua,
em todas em que esse crime,
traço comum que surpreendo,
pôs nódoas de vida humana
nas pedras do pavimento.

João Cabral de Melo Neto


( Em Paisagens com Figuras -1954)

Fonte: Portal São Francisco

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Morte e Vida Severina


"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."

(João Cabral de Melo Neto)