sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Resistir para Existir...

Para vencer
Perdi o plano dos doces sonhos...

Embriagada de esperança
Passei a renegar a fé...

De tudo provei
Na agonia de peregrina...

Com a alma escancarada
Encontrei-me com a visão de águia...

E eu, que me senti a vencida,
Chorei
Com os espinhos cravados nos pés...

Ergui-me no esplendor 
De calma da alvorada...

Encontrei, sem anseio,
A serenidade
Que me embala
Com a paz das crianças...

Para quê mudar e perder de vista
No outro dia
Aquilo que quero Ser?...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Escuridão dos Sonhos Estilhaçados...

Bem, não consigo ser leve igual ao vento para voar com o tempo... Evidentemente, por alguns instantes, evitarei descrever a escuridão das estradas dos sonhos estilhaçados por alguns humanos gentis e sinceros... Porque estranho é o triste riso de quem olha e não ver ninguém além... Mas, para variar, compreendam alguns esnobismos das maluquices das várias ‘marias’ sem sobrenome, sob os lençóis, como um pavoroso descompasso de tudo que por elas foi construído desastrosamente... 

Para tanto, eu prefiro ficar atenta, como bom exemplo dessa versatilidade do vazio, à certos delírios de nobreza sem valor... Infelizmente a comicidade dos discursos técnicos sustentaram o desdobramento das arquiteturas do estilo inútil da política moderna; o desagradável é que o resultado sempre será a angústia que domina uma falsa busca de identidade... Mas, levando em consideração a nítida solidão explicitada por falta de raízes (conduzida talvez pela condição do caos que essa política impõe), convém repensar sobre o ofício assumido por elas: enquanto mulheres escravizadas por um sistema que consome a essência individualizante de cada ser...

Nada, na vida social, é definitivo, e, perante certas comicidades da simulação por sobrevivência, essa nobre aparência fixa no semblante uma angustiante sensação de quem está se afogando no Pacífico sem ninguém e nenhuma esperança à vista: uma mulher só, que está afundando no nada da Plenária vazia; é o próprio vazio da não-existência... 

Finalmente, diante do ai, ai das 'marias' de tantas dores de partos nos descompassos das vidas desmedidas, não serei eu a querer me sufocar nessa lama insignificante constituída pela insensatez da velocidade de quem tudo faz e quer conquistar sem os bons critérios/princípios os quais regem o respeito pelos Outros: bem que eu tento evitar aquelas que gostam de atrapalhar e pouco compreendem o nosso caminhar na Fé... ‘Ave Maria cheia de Graça bendita sois vós entre as mulheres’...

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Imagem...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Um Agir Desejável: 'Silêncio Amoroso'...

Mas, para se ter uma vida digna de ser reinterpretada, os poetas sugerem que se tenham experiências verdadeiras, porque viver também é permitir-se descobrir os segredos das estrelas...

Por vezes, entre as experiências falsas e as verdadeiras não existe o agir e o falar separadamente, ambos usufruem dos mesmos mecanismos de persuasão, no entanto situamos (eu e os poetas) o discurso verdadeiro numa relação de referência preciosa e desejável: é a pura expressão da arte... Enquanto o discurso falso é aquele que está meramente ligado ao exercício do poder: é a simples expressão da falácia... 

Vejamos se o poeta Affonso Romano de Sant’anna consegue aduzir o que tentei convencer: “Eu olho os que olham... Portanto, não olho ingenuamente... Quem só olha, vê e esquece, mas quem olha e escreve o que olhou, na verdade, está olhando duplamente... 

Preciso do teu silêncio
cúmplice sobre minhas falhas...
Não fale!...
Um sopro, a menor vogal pode me desamparar.
E se eu abrir a boca minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo, pode construir... É um modo
denso/tenso - de coexistir...
Calar, às vezes, é a fina forma de amar"...

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Pintura: Vicente Romero Redondo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pirâmide do Tempo...

Nem palácios, nem ruínas 
Farão a nau dos sonhos zarpar
Do cais da esperança...

Somente a dança,
Aquela que alegra e fascina 
A triste sina,
Sairá em busca da sombra
Que ilumina
Essa ânsia de em ti ver
A tempestade que anuncia
Os ventos da fina alegria...

Soterro
 Sob a pirâmide do tempo
Os versos
Que elevaram tua presença...

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Vuelve...



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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Um Despertar para Rede...

Às vezes, surpreendo-me preocupada em como enfrentar certas adversidades dessa vida, onde tudo se consome num instante; daí digo a mim mesma: ‘concentre-se naquilo que você já tem de melhor’... Pois é, o que já tenho de melhor é um tesouro tão valioso que nem sempre devo mencionar, no entanto tenho outro tesouro (o plano B) que deixei de valorizar, mas que ontem fui convidada a recorrer a eles: meus livros... Nesse domingo, fui obrigada a folhear os exemplares que tenho do sociólogo espanhol Manuel Castells para compreender melhor o sistema informacional do qual estamos submetidos... 

Entretanto, levei algum tempo para me dar conta de que só tenho dois volumes duma trilogia, desse sociólogo, que são leituras obrigatórias para compreendermos as discussões atuais sobre as transformações sociais desse início de século: o volume II, O Poder da Identidade, e o volume III, Fim de Milênio... Falta-me o primeiro da trilogia, volume I: A Sociedade em Rede, baseado em pesquisas sobre a era digital, onde ele analisa a dinâmica social e econômica na era da informação, para compreender as transformações que as novas tecnologias estão produzindo em nossas vidas... Enfim, propus-me um desafio, para 2015, que será ler o possível, desse primeiro volume, na tentativa de responder as seguintes questões: “as tecnologias de comunicação estão a serviço de que, ou de quem?... Que mudanças são trazidas por essas tecnologias à vida do homem e à sociedade?... O que desencadeou todo esse processo?...  E mais:  o que pode ser apreendido dessa relação humana mediada por máquinas?”,  daqui.... 

Vamos lá ao que importa: a difusão informacional como uma diferença específica em cada sociedade global (brasileira ou acriana) é um estudo que exige a minuciosidade da nossa atenção, desejo de aprender e muita disciplina, mas, com as teorias do sociólogo Manuel Castells, é um privilégio sair em busca desse conhecimento... Para nos explicar com mais afinco, peço emprestada as palavras do político português Jorge Sampaio: “Parar para pensar, de preferência na companhia dos que estão mais preparados para reflectirem, com fundamentos teóricos e empíricos sólidos, sobre o devir social, torna-se, nestas condições, uma exigência de bom senso elementar... 

Reflectir, mais uma vez, sobre os constrangimentos e oportunidades ao alcance da sociedade portuguesa no contexto global de construção de sociedades em rede, foi o que decidi fazer, tendo para isso contado com o apoio — que considero um verdadeiro privilégio — do Professor Manuel Castells, sem dúvida um dos mais brilhantes e reconhecidos teorizadores da mudança social na era digital”... Aí ele se interroga "sobre a natureza e direcção do movimento que interliga informacionalismo, economia do conhecimento e sociedade em rede... Para onde nos está a levar?... Que exigências coloca aos agentes económicos e aos decisores políticos?... De que modo interfere ele no quotidiano e na definição dos horizontes existenciais dos cidadãos?"... 

Para esclarecer dúvidas como estas vale a pena se dedicar às leituras... Portanto, finalizo com uma entrevista feita com o próprio Professor Manuel Castells: "Por que os movimentos sociais estão crescendo e se alastrando?... Eles dão certo por uma razão: porque são movimentos autônomos, constroem um espaço de autonomia fora dos condicionamentos dos partidos políticos, do Estado, das empresas – e constroem suas redes próprias sem líderes... É quanto atuam a cultura e a tecnologia em uma sociedade... 

O fenômeno mais importante na sociedade atual é a autonomia, a capacidade de a pessoa decidir a sua própria vida, para todo mundo... O que mais nos importa é decidir nossa vida – com nossas limitações... A internet é uma tecnologia velha – ela foi criada em 1969 -, mas o importante é que ela é também um produto cultural... Foi organizada a partir de valores como liberdade e autonomia... Portanto, o tipo de tecnologia em rede e o tipo de padrão cultural baseado na autonomia coincidem... 

Hoje qualquer mensagem que se quer livre e autônoma não passa por um partido ou por um jornal... Se há uma mensagem que se conecta com outras mentes conectadas na rede, então essa aceitação dá início a um movimento... Os atores são coletivos, sem burocracia, sem hierarquia, sem líderes", daqui...

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Sobre a Natureza III: O que é a Vida?...

Afinal, o que é a Vida?... Antes de adentrarmos mais uma vez na subjetiva compreensão sobre a simplicidade de viver, é de pleno valor fixar: os passos que delineamos para a liberdade e a satisfação pessoal não se enquadram naquelas pessoas cuja ambição material é a mola propulsora para atingir seus ideais... Porém, considerando os fins culturais, sociais e individuais, cada um, em seu próprio domínio, precisa buscar as virtudes e os benefícios naturais dos quais usufruímos, enquanto vidas passageiras, sem o reflexo fugaz do egocentrismo destruidor da vida alheia; isso já seria um bom princípio para um mundo mais humano e sustentável... 

Dentre os vários fatores de mudanças promovidos pela simplicidade, está assegurada a felicidade como oportunidade de garantir a plena saúde física e emocional... Ficar em silêncio, olhar e ouvir tudo que nos envolve ou que estar em nossa volta é prestar atenção aos elementos naturais que nos compõem e dos quais fazemos parte... 

Aprender a observar ou contemplar a pureza das crianças, das plantas ou dos animais, a correnteza dos rios ou as ondas do mar, as chuva ou a trovoada, as tonalidades de cores das nuvens ou a limpidez do azul celeste, o sol, o brilho da lua ou das estrelas, é aprender a ficar atento a tudo que não tem a intervenção racional do Homem, assim estamos saindo duma prisão que nos consome... Aí descobrimos a essência da Natureza quando sentimos a calma da Paz que necessitamos para entender os outros que ainda não conquistaram a Luz necessária para uma compreensão mútua do viver...

Dependemos da Natureza para sabermos coordenar nossos conflitos internos e cotidianos, humor: nossas tristezas e alegrias, angústias e melancolias, bem como para buscarmos sempre a autoestima e a serenidade, porque isto são fatores fundamentais para nos firmarmos enquanto seres humanos livres e de plena consciência planetária (ou do sistema em rede, conforme seu domínio  de conhecimento)... Encontro-me nessa incessante busca... Segundo a sábia experiência dos Sensíveis Mestres do Conhecimento, isso é apenas um dos fabulosos caminhos para saber o que é a Vida e como conquistar um Mundo melhor para se viver... 

Nos próximos passos, apresentarei o prazer da leitura infantil e juvenil como descoberta do mundo que sonhamos... 

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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Sobre a Natureza II: Passo para a Liberdade...

Dando continuidade nossa exposição de motivos para uma vida sustentável, sem querer fugir da estética poética do natural, devemos considerar sempre que nossa formação de cidadãos pensantes tem como base o letramento, da brasileira sociedade, sob imposição; onde em nossa memória ficaram cravadas a cruz e a espadada... A cruz como símbolo da imposição religiosa; e, como condicionante à imposição do poder de conquista, a espada...

Todavia, há de se convir: por mais intransponível que seja a distância entre Deus e os humanos, sem escravidão, nós dependemos duma Divindade, sim: Ela é a Natureza... Precisamos aprender a servir à Natureza, assim como Ela nos serve... 

Algumas religiões submetem os humanos a um Deus que escraviza e exige o sacrifício da natureza: da nossa, da fauna e da flora... Ao Criador, devemos um ritual de celebração da Vida: festejos, cânticos, danças, banquetes, mas, no jogo da gratuidade agradável, de agradecimento pela beleza da Natureza; pois é Dela que dependemos, e, acompanhando esse ritmo de harmonia, encontramos o prazer de viver...

A dependência que temos da Natureza não é apenas uma questão de sobrevivência fisíca; precisamos Dela para fazer a manutenção ativa da alma, nessa constante dependência, Ela nos aponta o caminho da liberdade e do Ser interior... De modo que, basta fazermos uma caminhada em um ambiente natural para sentirmos o efeito imediato, no corpo e na alma, do ar que inalamos... Prosseguiremos... 

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sobre a Natureza...

Mas talvez nosso receptor, embora não queira concordar com a exposição de certas ideias, há de compreender que é sempre de bom tom pensar nas pessoas que por ventura ainda não atingiram a essência da problemática apresentada por mim... Por outro lado, é necessário (o receptor) deslocar-se com algumas objeções e interrogar-me sobre a palavra escrita na formulação das tais ideias... Pois não?...

É simples!... Então cá estou: não somos nós que controlamos nossa respiração, é a necessidade de inspirar  e expirar que nos eleva a esse impulso... E o ar que respiramos é a mais pura natureza... 

Aqui não é uma questão de contexto social ou cultural; ao que estamos submetidos, não há por trás transformações de interesse próprio e nem variação de adaptação de conduta, mas, em si mesmo, permanece a necessidade do ar, isto é universal ou planetário, como queira... Assim, não se trata apenas de termos nariz, ouvido, olho ou boca, mas sim da forma que queremos usá-los: qual o ar que queremos respirar?; qual o odor que desejamos inalar?; qual a sonoridade precisamos ouvir?; qual sabor nos faz bem degustar?; com qual olhos desejamos ver a lua ou ler tudo que está ao nosso entorno?... 

A qualidade daquilo que consumimos estar aquém de tudo o que a sociedade, a indústria e o comércio nos oferecem... E isso também urge a necessidade de aprender e ensinar... A minusiocidade sobre as problemáticas que ocorrem em nossa realidade não convém descrever, por enquanto... 

Contanto que fique esclarecido sobre a insustentabilidade da atual vida moderna, e ao caos climático do qual estamos submetidos: crise d'água, enchentes etc.; deve-se levar em consideração também o caráter inflexível de quem apenas aprecia a curta distância dum findo horizonte, com certeza esses jamais terão o Céu como limite, muito menos a Natureza como fonte de energia pura... Para aqueles do coração de aço não existe nenhum passo para a liberdade: a prisão da artificialidade é a sua natural essência, assim como a ‘guerra’ é o seu alimento favorito... Para entender melhor basta ler outras postagens nos dias vindouros com textos Sobre a Natureza II e III...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Da Psicanálise: O Aquém é um Bom Lugar...

Nessa vida de compreensão delineada conforme aquilo que se percebe a um metro do próprio horizonte de quem visualiza, pouco me interessa a minuciosidade dos detalhes... Portanto, da galeria dos estudos modernos, adentro naquelas séries das quais enquadram a alma de quem delineia... Do mesmo modo que permaneço a nutrir o desejo de expelir tudo aquilo que me incomoda, adoro saber sobre o labirinto que construíram dentro de ti e de todos os outros: aí estar a cura para todos os males seculares, não somente individual, porém muito mais social... 

Logo, existe, em todo caso, uma singularidade com a perversão desumana: manter a ordem do caos que alimenta a indústria de toda e qualquer forma de consumo ou dependência; por isso, enquanto tu alimentares o teu e a todos os vícios, eu sustento o meu... Mas também não se trata de banalizar a ordem vigente, mas sim seguir por uma trilha pouco trafegável; é bom sentir a calmaria de quem aspira a salubridade do infinito; cansa-me a mesmice de quem só vive a correria de pensar o agora... 

Entretanto, no limite daqueles do curto horizonte, é visível e previsível o presente da ilusão passageira, posto que se vive o homem pelo homem na reconstituição perfeita dos historiadores dos fatos de aço: a inflexibilidade... Ao contrário, na flexibilidade da alma, haverá sempre vastos mundos a serem desvendados... 

Isso posto, qual seria a tarefa a ser cumprida perante a calmaria da salubridade do ser infinito?... Certamente não seria somente descrever tudo aquilo que está além dos próprios olhos ou para além do nosso horizonte: o aquém também é um bom lugar... É vantajoso sempre frisar: eu não faço parte da Industria da Moda, pois sou apaixonada e fissurada pelas descobertas científicas inovadoras... 

O Dr. Allen Frances tem algumas boas reflexões sobre alguns aspectos daquilo que esbocei, assim como apresenta simples propostas para frear a velocidade de um dos veículos que conduz fragmentos da loucura dessa auto-estrada que a grande maioria dos humanos amam trafegar... Basta ler aqui aqui...


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