quinta-feira, 30 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Apenas um modesto escritor...

Philip Roth, um dos maiores escritores americanos vivos, acha que a literatura está morrendo. “Não por falta de bons escritores, o público é que morreu”, diz, com jeito de quem não tem a menor dúvida sobre o futuro pouco brilhante dos livros no mundo tecnológico contemporâneo.

 Depois de ganhar todos os prêmios literários americanos, ele acaba de ser “canonizado” com a publicação de seus livros na coletânea de clássicos Library of America, uma honraria reservada geralmente aos monstros sagrados que já morreram há muito tempo, como Faulkner ou Melville. O que ele acha disso? “Melhor do que ser atropelado por um caminhão, não?”, responde, com a ironia sombria, típica dos personagens de seus livros. O homem não cede um milímetro às mundanidades da vida: mora sozinho num sítio em Connecticut, diz que não dialoga com nenhum dos escritores contemporâneos desde que Saul Bellow, seu grande amigo e inspirador, morreu há cinco meses.

Quando virou uma celebridade, nos idos de 1968, ao lançar “O Complexo de Portnoy”, passou a viver só na comunidade tcheca em Manhattan — uma maneira de se exilar em sua própria cidade — e depois foi viver no exterior. Dá pouquíssimas entrevistas e é ele quem liga na hora marcada para evitar que seu número de telefone fique circulando entre jornalistas. É gentil, mas não cai em nenhuma armadilha de marketing, como a tentativa dos críticos que querem ver no seu livro mais recente, “Complô contra a América” (lançado no Brasil pela Companhia das Letras) uma metáfora do governo Bush. Já disse que acha o presidente americano incapaz de cuidar da loja da esquina, mas não crê que cabe ao escritor o papel de fazer crítica política. “Não sou profeta, não sou sociólogo, não sou analista político, sou apenas um modesto escritor. Meu trabalho é escrever da melhor maneira possível”, diz ele... Continua aqui...

domingo, 26 de junho de 2011

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Viva São João...

Los Dominios Perdidos...


Arraigar la búsqueda del paraíso perdido en el lenguaje de los sueños y los símbolos, esencializar la melancolía y la nostalgia en la palabra, hacer de las cataratas del tiempo la vigilia de la memoria: he ahí la tarea poética de Jorge Teillier, una de las voces más personales de la actual lírica chilena.

Impulsor de la llamada tradición lárica (del Lar, del Origen, de la Frontera), la aventura creadora de Teillier se remonta a la indagación originaria de lugares, momentos y situaciones que surgen desde el Sur mítico de la infancia, para crear una atmósfera que se complementa con referencias literarias y que intenta exorcizar la caída de un mundo degradado, con el hallazgo de un arraigo que es siempre efímero e ilusorio. Poesía que integra junto a las plazas de provincias y los sentimientos adolescentes, el recuerdo de un mundo que se deshace en la memoria y que sirve de pretexto para remontarse a los símbolos universales de la experiencia humana: Amor, Tiempo, Soledad, ausencia de Paraíso, hastío de la vida, Muerte.

Eis a fonte...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Paixão de Juventude...

"Ela era bonita. mas carecia de idealismo, encarava tudo de modo prosaico, falava constantemente em se casar, ter filhos, fazer sopa e assim por diante." "Não conseguiria me adaptar a isso! Quero viver, mas de modo diferente daquele que você exige de mim! Vida, vida, grito por ela, anseio por ela, não quero rastejar, renunciar à minha dignidade pessoal por duzentas coroas..." "Algumas pessoas me odeiam, outras me temem; muito poucas me desprezam, muitas me estimam - mas onde posso encontrar unidade, o sentido de fazer parte, onde encontrarei aceitação para uma alma com desejo excessivo de dar!?"

Fonte...

domingo, 19 de junho de 2011

Let me try again?...

Aedh deseja os tecidos dos céus...

Fossem meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
...Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.

(William Butler Yeats)

sábado, 18 de junho de 2011

Nenhuma Estrela Caiu...

Intimidade...

No coração da mina mais secreta,
No interior do fruto mais distante,
Na vibração da nota mais discreta,
No búzio mais convolto e ressoante,

Na camada mais densa da pintura,
Na veia que no corpo mais nos sonde,
Na palavra que diga mais brandura,
Na raiz que mais desce, mais esconde,

No silêncio mais fundo desta pausa,
Em que a vida se fez perenidade,
Procuro a tua mão, decifro a causa
De querer e não crer, afinal, intimidade.

(José Saramago, in "Os Poemas Possíveis")

sexta-feira, 17 de junho de 2011

La Despedida...

Danúbio...

Há vezes em que de nada adianta o azul do céu e o chilreio dos pássaros, vai-se o pensamento para situações que seria bom esquecer mas a memória traz à tona, acordando as palavras, os rostos, as falsas promessas, os motivos que pareciam rectos e vistos a outra luz surgem oblíquos, estranhos como carantonhas.

À noite leio Danúbio, o livro de Claudio Magris, cheio de belas descrições, ideias elevadas, frases daquelas que obrigam a uma pausa, tanto elas nos tocam. É como atravessar um porta singela e descobrir com assombro que se penetrou num monumental e maravilhoso museu de gentes e civilizações.

Grande, muito grande, é a diferença entre a beleza dessa leitura nocturna e as mesquinhices que a recordação aviva ao amanhecer.

Fonte...

Danúbio...

Publicado em 1986, Danúbio resulta de uma experiência de viagem feita pelo autor através da Europa Central no início da década de 1980. Às vésperas do desmoronamento da Cortina de Ferro, o germanista italiano Claudio Magris se vale do trajeto do grande rio europeu como fio condutor para percorrer de ponta a ponta a história cultural e política dos países que viram surgir Kafka e o Terceiro Reich, Elias Canetti e o campo de concentração de Mauthausen, Wittgenstein e o arquiduque Francisco Ferdinando, Freud e o carrasco nazista Adolf Eichmann. ora alegre ora melancólico, o narrador reconstitui um mural cujas figuras parecem ganhar vida. Paisagens, personagens e reflexões se entrecruzam em um conjunto complexo e fascinante,no qual as maravilhas e os horrores do passado recente se apresentam com rara força.

Sem dogmatismos ou visões estereotipadas, Magris percorre esse campo minado da Europa recolhendo os fragmentos e as ruínas que a história foi amontoando ao longo do tempo. O resultado literário dessa viagem intelectual é, indiscutivelmente, uma obra-prima do século XX.

Fonte...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acre comemora 49 anos de elevação a Estado...


Em 15 de junho de 1962 o presidente da República João Goulart assinava em Brasília a Lei nº 4.070, que elevou o território do Acre à categoria de Estado e garantiu a autonomia para escolher seus dirigentes, arrecadar impostos e estabelecer suas leis.

O dia 15 de junho de 1962 é, considerado pelos historiadores, a segunda data mais importante da história deste Estado, perdendo apenas o início da Revolução Acreana, o 6 de Agosto. Com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, o Acre é anexado ao Brasil, mas na condição de território.

Na época, o Acre era o maior produtor de borracha, exportava para os principais países industrializados, mas toda a arrecadação dos impostos ia para os cofres federais. Diante da decisão do governo federal de transformar o Acre em território federal, surgiram os movimentos autonomistas, marcantes na história do Acre.

Hasta Siempre Che Guevara en tu 83 años...

Quando Ernesto Che Guevara decidiu abandonar Cuba para lutar na África, em 1965, ele escreveu uma  carta de despedida endereçada a Fidel Castro, que após sua partida a tornou pública.

Ao tomar conhecimento dessa carta, Carlos Puebla (1917 - 1989) , músico e compositor cubano, compôs sua canção mais conhecida: "Hasta siempre", já gravada por, entre outros, Chico Buarque e Buena Vista Social Club...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O que há em mim é sobretudo cansaço...

Artur Amieiro,Verão, óleo s/ tela, 65x92 cm.Cópia de Camponeses Dormindo de Picasso
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser…

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto…
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço…

(Fernando Pessoa - Álvaro de Campos)

Fernando Pessoa anuncia fusão de heterônimos...

Flagrado na Ilha de Caras, Fernando Pessoa disse que está bem mais leve depois que passou a ser um só. “Além de mala, aquele Alberto Caeiro não pegava ninguém.”
LISBOA – Em pronunciamento que pegou de surpresa o mercado editorial, o poeta e investidor Fernando Pessoa anunciou ontem a fusão dos seus heterônimos. Com o enxugamento, as marcas Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro passam a fazer parte da holding Fernando Pessoa S.A. “É uma reengenharia”, explicou o assessor e empresário Mario Sá Carneiro, acrescentando que “de uns tempos para cá ficou claro que era preciso fazer um streamlining na nossa operação se quiséssemos sobreviver num ambiente poético cada vez mais competitivo.” Pessoa confessou que a decisão foi tomada “de coração pesado”, mas o seu CFO não lhe deu alternativas. “Drummond sempre foi um só. A operação dele é enxutinha. Como competir?”, indagou. O poeta chegou a pensar em terceirizar os heterônimos através de um call-center em Goa, mas questões de gramática e semântica acabaram inviabilizando as negociações. “Eles não usam mesóclise”, explicou Pessoa.

A notícia dividiu o mercado editorial. Luiz Schwarcz, editor da Companhia das Letras, disse que a eliminação dos heterônimos ajudará a diminuir os custos de marketing: “O brasileiro médio sabe quem é Fernando Pessoa. Mas as marcas Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro nunca chegaram a se firmar.” Já a Central Única dos Poetas, sindicado ligado à CUT, declarou, em nota, que a medida é “mais um exemplo da brutalidade do mercado”, e confirmou para amanhã uma greve de 48 horas, na qual nenhum poeta fará rimas e Gilberto Gil dirá coisas compreensíveis.

Mario Sá Carneiro declarou que, uma vez consolidada a fusão, a holding Fernando Pessoa S.A. pretende adquirir as marcas T. S. Eliot, Albert Camus, Jean Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. “E claro, no futuro, se tivermos bala, toda a obra poética de José Sarney.


Universo Desiderato...

Desideratamente...
Busco um caminho

Vêm as Estrelas
Seguram minhas mãos

A Lua Bilha
Sinto-a sob os pés

Ilumina o Sol
Sobre minha cabeça

Voo com a força da Voz do Universo
Transladando na velocidade
Cósmica da Luz

Estou sobre teu Corpo...

E, na Nave sagrada da paixão
Bebo teu gozo salivante de prazer

Sinto-te ofegante em pele desnudada
sob o líquido deslizante
E, no gemido do gozo...

Já somos nós!
 
Sigo pela correnteza do Destino
Na borbulha solúvel do Desejo

Com as partículas do Vento
Recomponho-me!

domingo, 12 de junho de 2011

Ensaio sobre a Lucidez...

Depois de "O Homem Duplicado", que estreou na semana passada a ação de divulgação da vida e obra de José Saramago que o Expresso leva a cabo para assinalar o primeiro aniversário da morte do Nobel da Literatura português, sugerimos-lhe hoje a leitura de "Ensaio sobre a Lucidez".

Por apenas €5,90 vale a pena analisar de novo o romance que faz par com "Ensaio sobre a Cegueira", no qual Saramago põe em destaque uma intenção alegórica nítida, aludindo ao jogo de claro-escuro que abre o caminho para os impasses contemporâneos. Neste livro, o escritor desenvolve, como em outros, uma crítica mordaz às instituições do poder político.

Sob a democracia, vaticina Saramago, podem estar vetores de natureza autoritária. E a lucidez só está naqueles que disso se apercebem. O voto em branco é aqui a forma mais visível dessa lucidez e a manifestação que promove a ação.

Antes de Adormecer...

Durante o sono, a minha mente apagará tudo o que fiz hoje. Amanhã acordarei como acordei hoje de manhã. A pensar que ainda sou uma criança. A pensar que tenho toda uma vida de escolhas pela frente...
As memórias definem-nos. O que acontece se perdermos as nossas memórias sempre que adormecemos?


Dicionário de Coisas Práticas...

"Um Dicionário de Coisas Práticas que é sobretudo um mosaico do nosso mundo e do nosso tempo, organizado em três unidades e por ordem alfabética, junta entradas tão diferentes quanto Comida de Natal, Estado Social, Linha do Tua, Ortografia, Palavras, Religião, Rock in Rio, Tropa de Elite e Vida Dupla.

Uma selecção de textos quase todos publicados na coluna diária “Blog”, que Francisco José Viegas mantém no Correio da Manhã desde Janeiro de 2008. Neles transparece a curiosidade e a riqueza de pensamento do autor temperadas pela vertigem da hora de fecho.

Os textos apresentam-se, segundo a sua temática, em três unidades: paisagens, pessoas, esquecimentos; cultura, memórias, despedidas; política, combates e confrontos. "

sábado, 11 de junho de 2011

As Teorias Selvagens...

                      Eis a fonte desta linda capa...
Como entender um mundo frenético, em que se criam informações novas diariamente através da internet e em que ainda é preciso lidar com o conhecimento canônico e as referências clássicas? A escritora argentina Pola Oloixarac, nova queridinha da literatura latino-americana que participa da Flip 2011, tem a resposta. Ela está nas páginas de "As Teorias Selvagens"...

No seu romance de estreia, Pola desenrola histórias paralelas, como a da estudante de filosofia obcecada por seu professor, do casal de nerds que compartilha perversões sexuais e pontos de vista e a do antropólogo que cria teorias a partir de uma vivência na África.

Entremeando os conflitos, há o encontro entre antropologia, psicanálise e filosofia, games, blogs, cultura pop, programas de TV, música e sexo bizarro. Os personagens transitam entre essas múltiplas referências, buscando estabelecer relacionamentos concretos e encontrar um sentido para sua existência.

A trama, no meio de tanta informação, se mostra absolutamente atual: os personagens são marginalizados da sociedade -- perfil que tem sido exaltado por séries como "Glee" e pelo próprio frenesi do mundo virtual --, há retrato da cultura digital e recuperação do imaginário dos anos 1980 e 1990 -- são citados, por exemplo, a novela mexicana "Carrossel" e a dupla Milli Vanilli.

CALDEIRÃO PÓS-CONTEMPORÂNEO

Com linguagem agradável e fluida, esse apanhado de influências reais divide espaço com teorias inventadas e uma sátira ao universo acadêmico e seus tipos. Em um trecho, uma das personagens descreve as classificações de sua biblioteca, que incluem os títulos "Sonho de uma noite de engenharia social" e "Loucademia positivista". Outro excerto discute a hierarquia das amebas.

Esse humor presente em "As Teorias Selvagens" só é possível graças ao domínio de Pola do conhecimento sobre os universos que narra. Dotada de repertório cultural aparentemente extenso, a autora estudou Filosofia em Buenos Aires e publicou artigos sobre arte e tecnologia em revistas latinas.

Um fato curioso é que a escritora tem despertado a atenção do público e da imprensa por sua beleza misteriosa. Mas Pola está longe de ser só um "rostinho bonito". Com o caldeirão de referências que monta em "As Teorias Selvagens", a bela deve ficar para a história como uma das escritoras que melhor soube dissecar o frenético mundo pós-contemporâneo...
 
Eis a fonte do comentário...

Escritora argentina Pola Oloixarac dispara contra a guerrilha esquerdista.

Pola, em sua casa c/ vista para o o lago Nahuel Huapi-(Bariloche: eis aqui, senhor...
Pola Oloixarac mora em Bariloche. Deixou Buenos Aires há alguns meses e se mudou com o marido para uma casa cinematográfica à beira de um lago na cidade-balneário. Mas não deixou o mundinho intelectual da capital argentina. Pelo menos virtualmente. É nesse reduto que Pola colhe material. Ou colheu, até agora. O primeiro romance, As teorias selvagens, fez sucesso entre os portenhos. A alguns, agradou bastante, como um sopro de audácia na literatura argentina contemporânea. A outros, incomodou. É que Pola ataca “a certa intelectualidade argentina que nunca realizou uma revisão crítica” de suas ideias e ações. Provavelmente o tema também provoque um certo alvoroço no Brasil.

Pola desembarca no Rio de Janeiro em julho como convidada da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Aos 33 anos, tem tudo para ocupar o mesmo papel ousado encarnado pela cubana Wendy Guerra, na festa do ano passado. Afiada, bonita, ela traz debaixo do braço um romance-comédia que exige insistência e um tantinho de familiaridade com o universo da filosofia. As teorias selvagens não embala leitura confortável. É acidentado, cheio de citações, mudanças de narrador e ironias sofisticadas que emperram a leitura. Mas não se engane. Uma vez vencidos os obstáculos, há recompensa.

Um casal de estudantes nerds muito feios vive da promoção de orgias e recria a guerrilha esquerdista argentina em um jogo de computador montado graças à habilidade de hackear o Google Earth. Pabst e Kamtchovsky são filhos de ex-guerrilheiros e aí Pola aproveita para disparar contra a esquerda que lutou pelo fim da ditadura. Os tiros prosseguem e o romance tem um segundo núcleo capitaneado por uma estudante da Faculdade de Filosofia de Buenos Aires, empenhada em seduzir um velho professor, guiada por uma teoria filosófica que deseja “recriar”. Os nerds têm gostos propositadamente adaptados ao século 21. Adoram filmar suas orgias e disponibilizar as imagens na rede. E a estudante dissimulada compara suas ações a uma pesquisa de campo antropológica...

TRÊS PERGUNTAS PARA POLA OLOIXARAC

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Estate...

Versão Pornô...

Agora é definitivo: depois de dar a partida na moda dos mashups com o sucesso de “Orgulho e preconceito e zumbis”, que abriu a porta para a invasão dos clássicos da literatura por criaturas pop variadas, de monstros marinhos a robôs steampunk, Jane Austen acaba de se consagrar como a rainha incontestável da reciclagem literária brincalhona-oportunista. A coroação se dará com o lançamento pela editora americana Cleis Press, mês que vem, de Pride and prejudice: hidden lusts (“Orgulho e preconceito: prazeres ocultos”), obra erótica de uma certa Mitzi Szereto.

A julgar pelos clichês “românticos” acumulados na capa, estamos no terreno daquele erotismo prêt-à-porter dos livrinhos de banca de jornal, e portanto distantes do sexo transgressivo de Sade, Bataille e Rèage, embora Szereto insinue no site do livro (que inclui um clipe chinfrim) a inclusão supostamente subversiva de alguns temperos gays. No site somos informados também de que esse é o romance que Jane Austen teria escrito “se tivesse coragem”. O estilo do material de divulgação sugere prazeres mais humorísticos que eróticos:

Em “Orgulho e preconceito: prazeres ocultos”, todo o elenco de personagens do clássico de Austen é flagrado com as calças desabotoadas e as saias levantadas, numa versão recontada que mostra tudo – e um pouco mais! O Sr. Darcy nunca foi mais danadinho, e a aparentemente casta Elizabeth nunca foi mais quente.

Não se sabe se essa Jane Austen devassa venderá tanto quanto a dos zumbis. Mas, caso se abra um novo filão e os editores brasileiros se animem mais uma vez a explorá-lo, aposto que Machado de Assis e Capitu serão os primeiros da fila.

Fonte...

O novo acordo ortográfico sem segredos ...

Neste volume, trataremos das alterações ortográficas determinadas pelo Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16de dezembro de 1990, por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18de abril de 1995, e entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009...

Volume 01 da Série Palavra Final...

Eterna Fonte...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Volta!...

Eterno é o viver...


Afastar-te?...
Sim!
Eterno é o viver.

Nada que se possa ser...
Nada que se deixe ter...

Fio do desejo
Da insana lembrança
Em Cio do prazer de ter-te no ser

Pois pertence ao tempo
Tecer a eternidade

Leio e releio
As missivas
Da mística fantasia

Sofisticadas?
Foram as suspeitas...

Crio
Recrio
Afasto-me

Desfaço-te...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tomaso Albinoni...

Tomaso Albinoni: Divertimento Permanente...

Seria simples explicar nas escolas – agora que elas estão prestes a fechar para férias – a alegria da música, a sua simplicidade e também a sua leveza.

Bastava ouvir-se um pouco de Albinoni, de quem se assinalam, hoje, os 340 anos do seu nascimento em Veneza (1671-1751). Muitas vezes, os seus concertos e sonatas parecem divertimentos permanentes, buscando uma intensidade que nunca atinge.

Essa é a sua arte e deve ser vista como uma vantagem. Parte da desvalorização de Tomaso Albinoni deve-se ao célebre Adagio que, afinal, ele não compôs mas lhe foi colado como um adesivo – mas é injusto. Como outros compositores do barroco italiano (como Vivaldi, Tartini ou Corelli), a sua simplicidade é uma iniciação perfeita aos mistérios da música e à sua geometria. Só isso bastaria.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Kumu Neexul...

Perdão, Persona!...

Sempre muito longe
No sofrível sôfrego falaz
Cujo discurso histórico
Forma o folhetim dialógico do silêncio

Eis que surgem as fronteiras linguísticas
Da práxis indiscursiva

Reluto questionar
Nem mesmo problematizar
A realidade da linguagem
Daquele Velho-Mar em decurso

Sempre um regime inoperante
Da metáfora recriada
Duma armadilha alegórica
Sim, ficção do insignificante colonizado

Aventura dum Herói
Oprimido no plano sócio-literário...

Perdão, Persona!...

Interrompo-te na advertência
Do abuso sistemático
Em plena imaginação...

Assim, Imagino-te!...

One Dance with a Duke...

A handsome and reclusive horse breeder, Spencer Dumarque, the fourth Duke of Morland, is a member of the exclusive Stud Club, an organization so select it has only ten members -- yet membership is attainable to anyone with luck. And Spencer has plenty of it, along with an obsession with a prize horse, a dark secret, and, now, a reputation as the dashing "Duke of Midnight." Each evening he selects one lady for a breathtaking midnight waltz. But none of the women catch his interest, and nobody ever bests the duke -- until Lady Amelia d'Orsay tries her luck.

In a moment of desperation, the unconventional beauty claims the duke's dance and unwittingly steals his heart. When Amelia demands that Spencer forgive her scapegrace brother's debts, she never imagines that her game of wits and words will lead to breathless passion and a steamy proposal. Still, Spencer is a man of mystery, perhaps connected to the shocking murder of the Stud Club's founder. Will Amelia lose her heart in this reckless wager or win everlasting love?...

domingo, 5 de junho de 2011

Realmente, eu não conheço a vida e tudo tem sido pura ilusão...

Fagulhas do Tempo...

 
 Sou humildemente sonhadora
Nas fagulhas do tempo
Desdobro-me em sentimentos
Nunca vivido
Jamais tateado

Louca dos desalentos
Sob o teto do mundo
Sobrevivo às razões
Dum tempo sedento de verdade

E, na sofreguidão
Dos sobreviventes do caos
Nos sintomas da dor
De quem tem fome do amor
Desmonopolizo o imaginário

Liberto-me!

Dominado as imagens
Que transbordam das metáforas
Mas traçando caminhos
Convido-te a mergulhar
Na infinita companhia
Dos espaços vazios

Transcendo-me!

Preencho-me
Sinto-te!

O Ermitão da Glória...


Esta obra possibilita resgatar, ao mesmo tempo, um rico texto do consagrado escritor brasileiro José de Alencar e o talento artístico do sertanezino José Antônio Rossin. Há, no dizer do escritor sertanezino Galeno Amorim, uma conjugação inexplicável de forças quando ocorre uma produção literária. Ela adquire vida própria e os fatos vão ocorrendo como se nada os pudesse deter. Os textos foram adaptados e as ilustrações tratadas e colorizadas, formando uma união perfeita e harmoniosa, que convida o leitor a uma incrível viagem.


É só ler aqui...

Yohan...

Ainda não assisti a esse filme mas já está na lista entre os primeiro para minha próxima sessão: A ação ocorre num cenário padrões do século 90, em Noruega, e conta a história do menino de dez anos, um jovem chamado Johan, que foi enviado para trabalhar na fazenda. Lá, ele vai ganhar dinheiro para suas famílias pobres e ajudar os pais. Ele está a lutar por suas vidas e superar várias dificuldades. Assim ele conseguiu vencer todos os problemas.

Assista aqui...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Por uma Ética e uma Política da Amizade...

"Não existe nada mais moderno do que a luta contra o político" (Carl Schmitt)
As chances de realizar uma ética e uma política da amizade são escassas. É sempre a mitologia familiar que percorre o imaginário relacional, fornecendo um complexo de significado social sumamente expressivo, dominante e unificador. A distância existente entre a imagem da família ideal e a realidade leva inevitavelmente a frustrações e insatisfações. A supervalorização da vida familiar deprecia outro tipo de vida, dificultando a vida fora da família, ao tornar outros lugares, onde as pessoas podem se misturar e viver juntas, parecer uma segunda opção numa sociedade constituída segundo uma ideologia familialista.

Enquanto a ideologia familialista permear nossas instituições, nossas formas de ser-com-os-outros, enfim, nosso imaginário emocional, político e relacional, uma ética da amizade terá poucas chances de realização. As oportunidades de cultivar a amizade fora do casamento são reduzidas, com freqüência o cônjuge é o melhor amigo, ou os amigos (normalmente casais) são amigos comuns do casal, o que cria uma situação difícil em casos de separação; os indivíduos se encontram amiúde sozinhos e sem amigos.

A amizade é um fenômeno público, precisa do mundo, da visibilidade dos assuntos humanos para florescer. Nosso apego exacerbado à interioridade, a ‘tirania da intimidade’ não permite o cultivo de uma distância necessária para a amizade, pois o espaço da amizade é o espaço entre os indivíduos, do mundo compartilhado - espaço da liberdade e do risco -, das ruas, das praças, dos passeios, dos teatros, dos cafés, e não o espaço de nossos condomínios fechados e nossos shopping-centers, meras próteses que prolongam a segurança do lar. Daí que um deslocamento da ideologia familialista e a correspondente reabilitação do espaço público permitiriam que uma estilística da amizade fosse um experimento social e cultural plausível. Intensificando nossas redes de amizade podemos reinventar o político. Cabe a nós aceitar o desafio de pensar a amizade para além da amizade mesma, de imaginar metáforas e imagens para nossas relações de amor e amizade, de usufruir o sabor doce dessa nova amizade.

(Francisco Ortega)

Eis a fonte:...

Modo de amar – XV: (A boca – A rosa)...

Entreabre-se a boca
na saliva da rosa

no raso da fenda
na fissura das pernas

Entreabre-se a rosa
na boca que descerra
no topo do corpo
a rosa entreaberta

E prolonga-se a haste
a língua na fissura
na boca da rosa
na caverna das pernas

que aí se entre-curva
se afunda
se perde

se entreabre a rosa
entre a boca
das pétalas

(Maria Tereza Horta)
 

Por Este Mundo Acima...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Psalm!...

...не спеши, прошу, говорить, прощай...

Verde Rio...


Nas correntezas das lágrimas
Vão-se os mares
Formam-se os rios

São os fragmentos da bela história
Em memória
Da eterna fonte natural
Que vem de espaços encantados

Na pluralidade
Do guardião da mata
Espetáculos das maravilhas
Por entre esse admirável mundo verde

Cheiro da floresta
Sabor das frutas
Ciliar da flora

Imaginário dum povo

Voo dos pássaros
Caminho dos peixes
Refúgio dos animais

Rio que te quero Verde...
Verde que te sinto Rio...

La Coca...


quarta-feira, 1 de junho de 2011