segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nasci Adorável e Encantadora, mas fui Civilizada...

     
Na maior parte do tempo eu não me divirto muito. O resto do tempo eu não me divirto nada. Pouca coisa me chama atenção, definir o que fazer do meu tempo me cansa. O mundo não me interessa, não quero saber do resto da humanidade. Preciso de espaço. Espaço para mim. Espaço para nada. Esse mesmo mundo divide-se em pessoas boas e pessoas más. As pessoas boas têm um sono tranqüilo. As pessoas más aproveitam bem mais as horas em que estão acordadas. Logo, creio que se divertem.

Nasci adorável, encantadora e pura de coração. Aí fui civilizada. Quanto mais o tempo passa, mais tenho coragem de dizer a verdade e melhores ficam as minhas mentiras, e assim me encaixo no conceito de pessoa. Por livre espontânea pressão. A vida em mim é tão insistente que se me partirem, os pedaços continuarei estremecendo e se mexendo.

E me esgoto de explicações toda vez que encontro alguém que tenta me mostrar o quanto eu tenho que mudar para ser feliz. O quanto eu ainda tenho que fazer. Querem que eu aceite que há um motivo para tudo isso, para minha dor e manias.

Aqui, ali ou em qualquer lugar eu sei que somos sozinhos. Não passamos de uma piada de mau gosto de Deus e se você duvidar conte a Ele seus planos, isso o fará dar risadas.

Contudo, não me importo com o que deveria, não faz diferença. Sem rancor, sem relação, sem desculpas. Meu único arrependimento da vida é o de não ser outra pessoa para amar o mundo e não a ti....

(Laura Quaresma)

sábado, 26 de junho de 2010

Vida tão Leve... tão Tua..

Vida Leve e tão Breve,
Tão Tua!...

Ele, somente Ele
Que vem
E que passa...

Cá deixa sua graça
Com seu Encanto
No seu Canto...

Teu...
Somente Teu!...

Num Suspiro Leve,
Breve Ele retorna

Num Toque Mágico
Sinto-te Pele
Suave de Cetim!...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Rosa do Povo...

A rosa do povo despetala-se,
ou ainda conserva o pudor da alva?
E um anúncio, um chamado,
uma esperança embora frágil,
pranto infantil no berço?

Talvez apenas um ai de seresta,
quem sabe.
Mas há um ouvido mais fino que escuta,
 um peito de artista que incha,
e uma rosa se abre,
um segredo comunica-se, o poeta anunciou,
o poeta, nas trevas, anunciou.

(Carlos Drummond de Andrade)

A ROSA DO POVO

"Uma poesia marcada pelo momento histórico." É assim que o crítico Antônio Houaiss qualifica a poesia de Carlos Drummond de Andrade reunida em A Rosa do Povo, livro escrito durante a II Guerra Mundial, publicado em 1945 e jamais reeditado isoladamente. Se a sua repercussão na época foi imensa, quase quarenta anos depois podemos dizer que ele não perdeu o vigor da emoção poética e a atualidade nervosa.

Saindo de novo a público, A Rosa do Povo propõe o mesmo debate inesgotável sobre a situação do artista no mundo e sua posição em face dos problemas políticos e sociais do seu tempo. Drummond tomou posição e manteve-se fiel a seu ideário, embora reconhecendo a falácia de ilusões que se misturavam a perenes interesses de justiça, liberdade e paz. Ao lado disso, o livro é de intenso lirismo existencial.

Este livro, publicado em 1945, embora recebesse boa acolhida do público e da crítica, não teve mais nenhuma edição autônoma. Só veio a sair, depois, incorporado a volumes de poesias completas do autor.

Quis a Record fazê-lo voltar à situação primitiva, como obra que, de certa maneira, reflete um "tempo", não só individual mas coletivo no país e no mundo. Escrito durante os anos cruciais da II Guerra Mundial, as preocupações então reinantes são identificadas em muitos de seus poemas, através da consciência e do modo pessoal de ser de quem os escreveu. Algumas ilusões feneceram, mas o sentimento moral é o mesmo e está dito o necessário.

(FONTE: Internet, doc pdf)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Plágio do Vôo Livre...

E, uma borboleta voa a cada beijo teu,
Nesta noite serei dona do céu...

Como deus, mostrou teu coração vazio
Num abraço apertado
Abraçou-me como se abraça o Tempo...

E num beijo imperfeito
Roubou minha emoção de tantas
Noites mais...

Assim, partiu
Sem dizer-me o nome

E, no vôo da Borboleta,
Eu não sei quem te perdeu!...

Um Grande Exemplo do Verdadeiro Amor...

Como descobre Saramago?...

Por acaso, claro!.. Ela que se lembra de "estar a par de todas as novidades literárias" nunca tinha ouvido falar de José Saramago até uma certa tarde de 1986, em que foi com umas amigas a uma livraria: "Vi um livro chamado O Memorial do Convento, e achei curioso o título. Li uma página, li o arranque, comprei, fui para casa e devorei-o"...

Regressou à livraria de Sevilha e comprou todos os Saramagos traduzidos: "Quando acabei de ler O Ano da Morte de Ricardo Reis foi uma comoção muito forte e decidi fazer o que não tinha feito nunca, senti a necessidade de seguir aquele itinerário lisboeta, senti que tinha a obrigação moral de dizer a José Saramago o que tinha experimentado com a obra... Um autor só acaba a sua obra quando o livro é lido e entendido. E eu queria dizer-lhe: completou-se o ciclo, li-o e entendi-o então, vim com o meu livro e com "O Livro do Desassossego do Pessoa". Aterrou na portela com o número de telefone de Saramago no bolso.

...os dois se encontram... estamos portanto em 1986, numa altura em que o romancista Saramago ainda está suficientemente disponível para ser ele a ir ter com a jornalista espanhola que lhe telefonou, entusiasmada. Aí vai ele a caminho do hotel Mundial, imprevidente, sem saber o que pode resultar de "tomar um café". Com Pilar: "Eu estava no quarto, desci, saí do elevador e vi um senhor alto... não sei porquê tinha imaginado um homem baixo...apertámos as mãos, apanhámos um taxi, fomos ao cemitério dos Prazeres, ao túmulo de Pessoa, lemos um fragmento de Pessoa, voltámos ao hotel num táxi e despedimo-nos à porta, com um aperto de mãos".

Não foi apenas isto, foi também o encontro entre dos marxistas convictos: "Falámos de política, do que se passava na Europa, e demo-nos conta de que estávamos no mesmo sítio, que os dois éramos marxistas, os dois éramos comunistas e aos dois nos interessava literatura". Pilar Del Rio lembra-se de ter regressado a casa "com uma estranha paz".

...se casam... na manhã seguinte Saramago telefonou-lhe para o hotel, a pedir-lhe a morada. "Eu regressei a Sevilha, ele enviou-me alguns livros... clássicos portugueses, enviei-lhe algumas críticas... eu não sabia nada da sua vida, nem ele da minha, porque não tínhamos falado das nossas vidinhas... e então, um dia, ele escreveu-me uma carta a dizer que, se as circunstâncias da minha vida o permitissem, iria visitar-me. E as circunstâncias da minha vida permitiam-no."

Um ano depois estavam juntos, no ano seguinte casaram, em Lisboa. "Não tive dúvida nenhuma em vir viver para Lisboa. Não tive nenhum problema de adaptação, quando vim para cá, vim para minha casa."

In Público, O folhetim de Pilar del Rio, 17 de Outubro de 1998

(FONTE: Internet doc PDF)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Provavelmente com Alegria... Descansa em Paz, Josè Saramago!...

                                                                              Foto blog Pastoret
A segunda escrita poética de José Saramago surge quatro anos após "Os Poemas Possíveis". São poemas de sombra e de luz, entrançados, de uma elaboração feita através do seu próprio avesso, simultaneamente de mar e de trevas.

Provavelmente Alegria
"Devagar, vou descendo entre corais.
Abro, dissolvo o corpo: fontes minhas
De águas brancas, secretas, reunidas
Ao orvalho das rosas escondidas.

"Poemas na altura inovadores, marcados pelo amor dito-escrito em transparências breves, imprecisas, e uma certa amargura-tristeza bem portuguesas, na sua raiz claramente lírica. A paixão parece sobrepor-se à militância:

"Branco o teu peito, ou sob a pele doirado?
E os agudos cristais, ou rosas encrespadas
Como acesos sinais na fortuna do seio?
Que morangos macios, que sede inconformada,
Que vertigem nas dunas que se alteiam
Quando o vento do sangue dobra as águas
E em brancura vogamos, mortos de oiro...

E o erotismo faz, de forma decidida, a sua aparição em verso:

"Teu corpo de terra e água

Onde a quilha do meu barco

Onde a relha do arado

Abrem rotas e caminho."

(Diário de Notícias, 9 de Outubro de 1998)

(FONTE: Caminho)

Palma com Palma, Adeus para Sempre mas deixe-nos com suas Palavras!...


José Saramago: Homem Livre e de Luz própria que iluminou nossas mentes com as mais sublimes irreverentes formas da linguagem escrita... jamais e jamais haverá sua morte, pois as Sementes e os Grãos deixados nas raras e belas palavras escritas por ele, viverá para sempre em nossos corações e com as Futuras gerações...

"Palma com palma,
Coração e coração, e gosto de alma
No mais fundo do corpo revelado.
Já a pele não separa,
o que as palavras unem
São espelhos rigorosos da verdade
E todas se articulam deste lado.
Linhas mestras da mão abram caminho
Onde possam caber os passos firmes
Da rainha e do rei desta cidade"

(José Jaramago)

(FONTE: Caderno de Arte e Literatura)

Na Ilha por Vezes Habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos,
há noites, manhãs e madrugadas
em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente
e entra em nós uma grande serenidade,
e dizem-se as palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra
e apertamo-la nas mãos. Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável:
 o contorno, vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece
e viajou à roda do mundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra
onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.

Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.

(José Saramago)

(FONTE: Caderno de Arte e Literatura)

Angel...

Passa todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma oportunidade que deixaria tudo bem
Sempre há um motivo
Para não se sentir bem o suficiente.
E é difícil no fim do dia,
Eu preciso de alguma distração.
Oh, belo descanso
A lembrança vaza das minhas veias...
Deixe-me ficar vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.

Nos braços de um anjo,
Voar para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Que você encontre algum conforto lá

Tão cansado de andar na linha,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa por causa de tudo que você não tem
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me deixa de joelhos

Você está nos braços de um anjo.
Que você encontre algum conforto aí.


(Sarah McLachlan )

Fonte e tradução: Vagalume

quarta-feira, 16 de junho de 2010

No Submarino do Tempo...

                                          Ilustração rio_amazonas - foto de Aquilino Cesar
As tuas palavras disseram-me que viver é um Jogo que somente se joga à dois!... Desde a infância eu percebi a importância dos relacionamentos, todavia não consegui sucesso em nenhum... Bem, não sei ao certo: se é Trilha, Estrada ou, até mesmo, as Correntezas de nossas Vidas emergindo com o Submarino que submergiu a história do nosso Passado, mas foram tempos vividos e vivenciados com muito carinho e dedicação. Ali fui iniciada na Razão, fiz meus primeiros contatos com as Verdades Históricas..., ganhei experiências e conhecimento que me possibilitaram iniciar um diálogo: interpessoal, interétnico, temporal e multicultural!...

Olá, por favor, ouça-me com o Teu Olhar: estou eu aqui, às vezes desistindo e sempre resistindo, mas ainda existo: eis a essência do meu ser que me impossibilita qualquer encontro consumista... Depois que eu li o trecho a seguir fiquei desesperada: “Por agora também fico por aqui, só na expectativa que algum submarino suba um dos rios da Amazônia para afundar as tuas infundadas suspeitas”... Ai! Ai!... Dói muito essa tua última missiva, porque despertou em mim mais suspeitas... Agora muito bem fundamentadas: suspeito que tu sejas àquele que penetrou as minhas entranhas; atingiu os segredos do meu ser e desvendou todos os meus mistérios, sinto-me presa fácil de tuas mãos nas tuas palavras... Liberta-me, por favor!...

Aqui na Solidão e no Silêncio dessa Floresta, estou presa e envolvida nessa imensidão verde: daí fiquei pensando em Ti e no desejo que consome meu corpo, lembrei que as tramas do Tempo que nos aproximaram: se entrelaçaram, se fragmentaram e secularmente foram ignoradas, porém abarcaram todas as possibilidades dos encontros que constroem a vida. Nós existimos na maioria desses tempos... Tempos que em alguns momentos existiram tu e eu; e o outro, eu em ti, e todos os outros em nos dois. Foi quando eu compreendi mais uma vez que a linguagem escrita é uma pele, então passei minha Língua em Ti e senti que a única palavra que exige a verdade é esta: a linguagem do Templo Sagrado: Teu Corpo!... Por isso, eu sinto e existo para te consumir em desejos e me embeber na solidão de um Mundo-sem-Fim...


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Arte Poética...

                                                           Foto de gth grade`a: cachoeira da floresta Amazônica

Mirar el río hecho de tiempo y agua
Y recordar que el tiempo es otro río,
Saber que nos perdemos como el río
Y que los rostros pasan como el agua.

Sentir que la vigilia es otro sueño
Que sueña no soñar y que la muerte
Que teme nuestra carne es esa muerte
De cada noche, que se llama sueño.

Ver en el día o en el año un símbolo
De los días del hombre y de sus años,
Convertir el ultraje de los años
En una música, un rumor y un símbolo,

Ver en la muerte el sueño, en el ocaso
Un triste oro, tal es la poesía
Que es inmortal y pobre. La poesía
Vuelve como la aurora y el ocaso.

A veces en las tardes una cara
Nos mira desde el fondo de un espejo;
El arte debe ser como ese espejo
Que nos revela nuestra propia cara.

Cuentan que Ulises, harto de prodigios,
Lloró de amor al divisar su Itaca
Verde y humilde. El arte es esa Itaca
De verde eternidad, no de prodigios.

También es como el río interminable
Que pasa y queda y es cristal de un mismo
Heráclito inconstante, que es el mismo
Y es otro, como el río interminable.

Jorge Luis Borges (1960)

(FONTE: Blog golempoem)

domingo, 6 de junho de 2010

Robin Hood - Emoção e suspense

Romance e relações sociopolíticas revigoram a trama de Ridley Scott...

Quase todas as versões artísticas da lenda de Robin Hood usam, como pano de fundo para as peripécias do herói, o período em que o rei inglês Ricardo Coração-de-Leão esteve sequestrado, e a Inglaterra tinha como regente o príncipe João (que viria a ser apelidado, pejorativamente, de João-Sem-Terra). Robin Hood, de Ridley Scott, situa a lenda um pouco depois, quando a morte de Ricardo levou João ao trono. A modificação sutil carrega um discurso político.
                       
Nas versões mais comuns, temos a Inglaterra de Ricardo como uma espécie de paraíso da justiça, interrompido pela tirania de João, mas que poderia ser reconquistado com o retorno do rei. Em Robin Hood, encontramos uma sociedade que pode escolher entre o autoritarismo mais brando e heróico de Ricardo e o autoritarismo mais violento e covarde de João – e a única alternativa aos dois é a imposição de limites à coroa inglesa. O filme é uma fábula sobre essa alternativa, que os livros de história conhecem como a Carta Magna, a declaração das “liberdades” dos barões ingleses e das obrigações e limites da monarquia, que até hoje é a base da constituição britânica.
Scott não faz um filme histórico, mas ficção que se apropria de alguns fatos e personagens históricos. Não quer nos contar a história da Idade Média, mas refletir sobre a nossa. As “liberdades” de que a Carta Magna tratava eram, na essência, privilégios dos barões. Robin Hood fala de direitos como os de hoje. Comete fraude histórica – aquelas “liberdades” medievais são uma espécie de avós dos nossos direitos fundamentais, que antes de nascerem tiveram também, como antepassados, as liberdades burguesas das revoluções do século 18. Mas comete essa fraude, constrói sua ficção numa verdadeira e emocionante aula de boa política.
Robin Hood contrapõe duas visões de mundo radicalmente distintas. Numa, a dos reis, a sociedade é hierarquizada, a riqueza se funda na exploração do trabalho alheio, as mudanças nas relações de poder só ocorrem por meio da violência. Na outra, a do povo, as lideranças ocorrem pela nobreza e a competência das pessoas, e não pelo nascimento ou a posição social; a riqueza vem do trabalho que alia pessoas de todas as classes sociais, nobres, clérigos, plebeus; e a mudança na relação de poder é inspirada num ideal de justiça e realizada na lei. Pode ser utopia; mas nos tempos de divisão que vivemos hoje, assistir à possibilidade, mesmo que ficcional, desta utopia produz um sentimento redentor. 

E o melhor é que Ridley Scott constrói seu bom discurso político com bom cinema. A batalha final, se é quase uma impossibilidade militar (um bom estrategista, como Felipe Augusto, rei de França, nunca desembarcaria suas tropas numa praia cercada de falésias, onde seus soldados seriam presas fáceis para as flechas inimigas) e uma inverdade histórica (na verdade, foi João-sem-terra quem tentou um catastrófico desembarque na França), é um deslumbramento cinematográfico – desde O senhor dos anéis que não víamos cenas de batalha tão bem filmadas, editadas, sonorizadas. A história de amor entre Robin (Russell Crowe) e Marion (Cate Blanchett) é de linhagem rara, herdeiras de Beatrice e Benedek no Muito barulho por nada de Shakespeare – um romance maduro, marcado pela rispidez e o sarcasmo antes de desabrochar. No meio de tudo isso, e de paisagens magníficas, fotografia deslumbrante e reconstituição de época eficiente, Robin Hood oferece momentos de grande emoção e suspense.

(FONTE: Divirta-se)