sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eu e as Noites...


As noites são inumeráveis.
As estrelas se perdem no infinito
Anos-luz intermináveis
Percorre o meu grito...
Numa trajetória difusa
Explode em luz, na escuridão
Percorre a imensidão confusa
Calando-me na solidão.

Ah! pudesse meu grito
Alcançar os teus ouvidos
Repousaria em tempo finito
Na pureza dos teus sentidos.


Carlos Alberto®

(Poesias Românticas)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mulheres que correm com os Lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem...

                     
                   Clarissa Pinkola Estés, analista junguiana e cantadora, isto é, contadora de histórias, mostra neste livro como, a partir de mitos, contos de fadas lendas do folclore e outras histórias escolhidas em 20 anos de pesquisa, a mulher pode se ligar novamente aos atributos saudáveis e instintivos do arquétipo da mulher selvagem. É assim que em La Loba se ensina a função transformadora da psique, Barba-Azul mostra como sarar feridas que parecem não ter cura, a Mulher-Esqueleto revela todo o poder místico de uma relação e como sentimentos aparentemente mortos podem ser revigorados e a Menina dos Fósforos alerta contra os perigos de uma vida desperdiçada em devaneios.
                    Mulheres que correm com os lobos, é a transformação em livro de um trabalho que Estés divulgou primeiro em fita gravada, com grande sucesso, pode criar um novo léxico para a psique feminina. Enriquecedor, ele revela um psicologia da mulher em seu estado mais puro, o de profunda busca do conhecimento da alma.
                   Através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas de Barba-Azul, Patinho Feio, Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora identifica o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda. E propõe o resgate desse passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação.
                  Técnicas da psicologia junguiana e algumas formas de expressão artística ligadas ao corpo podem ajudar na tarefa, mas a compreensão da natureza dessa mulher selvagem, com todas as características de uma loba, é uma prática para ser exercida ao longo de toda a vida.
                 “Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração... Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o aspecto da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite... Não importa onde estejamos, a sombra que corre de nós tem decididamente quatro patas.” (PREFÁCIO, Clarissa Pinkola Estés, Ph. D., Cheyenne, Wyoming)


- ESTÉS, Clarissa Pinkola, Mulheres que correm com os Lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, 12ª Edição, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1999.

Rosa, menina rosa que gosta de Sambar!...


Rosa, menina rosa
vem que eu quero ver voce sambar
Rosa, menina rosa
vem que eu quero ver você sambar

me dissram que você menina rosa,
samba demais
e o meu samba vai ficar pra tras

Rosa, menina rosa
vem que eu quero ver voce sambar
Rosa, menina rosa
vem que eu quero ver você sambar

pois o teu samba tem misterio
e gosto de sambar
se você gosta de samba
você vai ter que balançar!...

(Rosa, menina rosa - Céu)

Na Sintonia do Teu Ciúme

Escute essa canção
Que é prá tocar no rádio
No rádio do seu coração
Você me sintoniza
E a gente então se liga
Nessa estação...

Aumenta o seu volume
Que o ciúme
Não tem remédio
Não tem remédio
Não tem remédio não...

E agora assim aqui prá nós
Pelo meu nome não me chama
Você é quem conhece mais
A voz da Mulher
Que te ama...

Deixa eu penetrar
Na tua onda
Deixa eu me deitar
Na tua praia
Que é nesse vai-e-vem
Nesse vai-e-vem
Que a gente se dá bem
Que a gente se atrapalha...

Sintonia - Moraes Moreira)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Retratos de Andaluzia.

Estatura pequena e nítida
das cidades de onde ela era:
daquele justo para o abraço
que é de Cádiz, onde nascera,
e de Sevilha, onde vivia
e se dizia, mas não era:
cidades que ainda se podem
abraçar de uma vez, completas,
e que dão certo estar-se dentro,
àquele que as habita ou versa,
a entrega inteira, feminina,
e sensual ou sexual, de sesta.


(João Cabral de Melo Neto - 1960)

Andaluzia...

Pobre e Bela Andaluzia.
Terra fértil
onde surgiu o Flamenco,
e só aí surgiria.
Como uma obra de engenharia divina,
o homem expressa sua dor
e transforma suas penas em alegria.

(Bolg: Eduardo Ramírez)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mona Lisa

   
           Assim como A Arte da Guerra, de Sun Tzu, ensina aos guerreiros a vencer os inimigos mais ameaçadores, a bela e enigmática Mona Lisa revela como uma mulher pode alcançar uma imagem eterna. Quando uma mulher atinge o auge de sua vida, que se inicia aos quarenta e cinco anos, somente um inimigo tem o poder de ameaçar sua confiança, roubar sua beleza, fazê-la sentir-se invensível e até mesmo jogar contra ela os prazeres da vida.

Este inimigo é o Tempo.

             A maioria das mulheres sente sua feminilidade morrer quando a juventude se acaba, mas, na verdade, elas podem ficar mais bonitas, experimentarem novos prazeres e realizarem os seus maiores feitos quando atingem idades mais avançadas. Elas pintam ou escrevem, encontram amor incondicional e sexo mais ardente, governam impérios ou se candidatam a novos cargos e, assim, acabam por viver experiências que nunca acreditaram serem possíveis quando eram jovens e atraentes.
             No best-seller Maquiavel para Mulheres, Harriet Rubin define as táticas por meio das quais jovens mulheres em busca do sucesso alcançam o que desejam. Agora, inspirada por uma obra-prima da beleza, do mistério e da imortalidade feminina – a Mona Lisa de Leonardo da Vinci –, a autora revela uma estratégia historicamente comprovada para encontrar a felicidade e a satisfação a partir da meia-idade.
            Falando sobre os ícones femininos históricos, Rubin sistematiza dez táticas que incluem: como ser notada, como criar círculos de influência ao seu redor e como expressar os talentos amadurecidos ao longo de décadas. As mulheres são mais autênticas na maturidade do que em qualquer outra época da vida: elas identificam esferas de estabilidade, criam amores que constantemente se renovam e engajam-se em atividades imunes às forças da decadência e da desintegração. Assim, a Corajosa e a Ingênua se tornam uma só e o Coração Feminino da liderança vence.
            Depois de ler A Estratégia Mona Lisa, as mulheres vão se perguntar: Quem quer ser jovem quando os poderes do amadurecimento são tão significativos? Para todas as mulheres que já passaram dos quarenta e cinco anos e para as jovens que desejam se dar bem no futuro – abram este livro e descubram os segredos que há muito tempo se mantêm escondidos da maioria de nós.
             Harriet Rubin investiga por que as mulheres não conseguiram conquistar mais poder e revela como resolver esse problema, a partir de uma estratégia que combina as táticas do amor e da guerra, sem fazer uso de esquemas obsoletos de agressão, negociação ou concessão. Rubin estimula as mulheres a exercerem seu poder, exigindo antes de mais nada o que elas querem e merecem, sem se conformar com menos, expressando o poder que já existe dentro delas. Com base nas estratégias de grandes mulheres guerreiras da história, Rubin traça uma mistura inédita e excêntrica. A exemplo de "O Príncipe", este tratado chama a atenção das leitoras para que não aceitem menos do que a vitória, trabalha com a intuição em vez da lógica, e provocará paixão e indignação na mesma medida.

• Como uma mulher pode ser brilhantemente e transgressora.

• Ampliar o espaço em que se pode ser forte: esse é o objetivo da princesa, não importa o tipo de guerra.

• Como a mulher pode vencer as guerras da intimidade.

• Insinuar poder. Esse é o segredo da princesa. Esse é o ponto de apoio que faz a estratégia funcionar: a alavanca do poder implícito.

• O amor como estratégia tem por objetivo sustentar o sonho da lutadora, apesar das histórias que falam das diferenças entre sonho e realidade.

• As princesas vivem suas vidas como pessoas para quem o triunfo é um direito nato.

• As princesas expressam seus desejos com o virtuosismo de uma diva, sabem que têm direito a seus anseios, e usam a força deles.

• Cada inimigo é um futuro aliado para uma guerra maior do que ele possa imaginar.

Formada em poesia pela School of the Arts da Columbia University, Harriet Rubin começou no setor editorial como assistente de publicações. Há oito anos, teve a idéia de criar um novo tipo de selo editorial, dedicado à publicação de livros para a elite do poder empresarial. Em uma época em que os livros de negócios tinham títulos e capas medíocres, Rubin inovou ao publicar autores arrojados, que desafiavam o status quo com idéias revolucionárias sobre trabalho, ambição e sucesso. Seu bem-sucedido e diferenciado selo editorial, Currency, floresceu na Doubleday e já publicou autores como Faith Popcorn (de "O Relatório Popcorn", publicado pela Campus), Don Peppers e Martha Rogers, ("Marketing Um a Um", publicado pela Campus), Peter Senge, Max DepPree, Andrew Grove (principal executivo da Intel) e outros autores. Segundo o Wall Street Journal, o selo Currency "revolucionou" a área de livros de negócios.

• Além de suas intensas atividades editoriais Rubin publica artigos no New York Times, Wall Street Journal, Publishers Weekly e várias revistas femininas.



               Meninas compartilho uns paragrafos do livro que estou lendo A Princesa Maquiavel para Mulheres, de Harriet Rubin, com o objetivo de estimuma-las a lê-lo.

               Tudo nasce na guerra afirmou Heraclito. Os bebes nascem em meio a luta.

               As primeiras tulipas da primavera trazem folhas afiadas como facas para conseguir romper a terra semicongelada. Nao e vergonha lutar.

              Nestas paginas voce aprendera como vencer um inimigo que poderia destruir seus sonhos. Vera que pode eliminar obstaculos para chegar a felicidade. Aprendera os meios pelos quais pode conseguir o que quer.

              Nao por afirmacoes categoricas ou agressoes. Nao elevando a voz ou o braco, nao por meios brutais, mas por tornar-se uma presenca de grande autoridade. Aprendera que vencer implica assumir a si mesma. A maioria das mulheres acredita que o caminho para tornar a vida melhor e eliminar as coisas ruins. As princesas acreditam em acrescentar coisas boas a vida. Voce aprendera a arte do poder implicito, cuja expressao reside na estrategia. A chave para a estrategia e compreender o poder dos opostos.

                A primeira lei da princesa é tornar-se uma mulher que harmoniza os opostos.

(FONTE: não lembro)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Que fazes aí, Lisboa? - Mísia

Que fazes aí, Lisboa,
De olhos fincados no rio?
Os olhos não se levantam
Para prender um navio?
Que fazes aí, Lisboa,
De olhos fincados no rio?

O barco que ontem partiu
Partiu e não volta mais!
Chora lágrimas de pedra
Em cada esquina do cais!
O barco que ontem partiu,
Partiu e não volta mais!

Lisboa, velha Lisboa,
mãe pobre à beira do rio!
Seja o cheiro dos meus ombros
Agasalho do teu frio!
Lisboa, velha Lisboa,
Mãe pobre à beira do rio!