sábado, 31 de maio de 2014

True Love...



Intervalo...

Por entre o trovador e a tristeza
Cresce o grito da saudade 
Mito que semeia a distância 
No confidencial pesadelo do recordar...

Resisto à captura do bem-querer 
Aplaco o limite mágico de desejar
E, voando baixinho, pouso 
No teu afável ninho...

Na ausência ofegante
Da tua majestosa quimera de me tocar
Sinto o teu meigo carinho, enfim: de ti e de mim
Mergulho nesse dissímil intervalo...

*.*.*.*

A Sky Full of Stars...



Love of a Silent Moon...



Inválido Luar...

 Lua clara em noites inválidas
Tão brilhante e perfumada
Alegre são tuas estrelas 
Leve e livres a bailar...

Clareia minha alma, 
Ó!, formoso luar,
Tão densa de dor
Que de tantas incertezas 
O céu já condenou...

*.*.*.*

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Fly On...



Dont let the sun go down on me live...



Sonoridade do Além...

Canta, suave voz da escuridão
Entoa todos os vãos destinos
E, ao som do teu alegre estilo,
Encanta todo querer...

Mas, doce ave do além, canta
Vem, com teu brando gemido,
Aquecer 
O disfarce gélido dessa desilusão...

(Imagem ilustrativa: fotografei minha segunda  aquisição duma obra de arte amadora, pintor: Daner)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Contraversões: Território do Inanimado...

Todas as noções da condição fonética serão necessárias à formação dessa possível sintaxe...Veremos o porquê!...

Assim, sob a influência reinante do sentir, definiremos os princípios dos dias a seguir, porém: – sem considerar o divisível do sonoro dom de avançar as fronteiras do inanimado (no domínio privilegiado do isolável) – teremos que delimitar um território seguro para pisar... 

E nada será ocultado diante do brilho límpido daquele olhar... Quero, sim, despetalar sonhos, desfazer verdades, desconstruir caminhos, todavia: sem nada ter para temer; não quero ter que perder outra vez a direção...

Mesmo que seja para absolver a dor de todo entardecer, há que se ignorar as mentiras, mas, também, conceber e absorver alguns critérios da verdadeira natureza de conhecer; por fim: mudaremos o percurso dos desencontros... Alguma objeção?...

terça-feira, 27 de maio de 2014

Wait For Me...

Porcelain...



Ritual da Alma...

 Da sutileza melódica,
Quando se abstém o ritmo do pudor,
Vem a sensível poesia
A impulsionar o corpo em odor...

Gotas de mel,
Ao educar a castidade,
Que só se acalma 
No clamor da alma...

Ritos que seguem,
Venerando a nobreza de ser
Admirável digna canção do coração, 
Espalhando uma profunda estimação... 


segunda-feira, 26 de maio de 2014

domingo, 25 de maio de 2014

Clocks...



O Sabor do Tempo...

Sentir e sentir,
Santo sentimento,
Tão puro,
Quantas são as estrelas,
Que ao sabor do tempo,
Se mistura ao vento...

E nenhum de nós 
Estamos a sós 
Pois todas as pessoas
Somos nós...

Vivemos a esmo
Seguimos o destino...

Soltos,
Como as folhas em tempestade,
Nas aflições da paixão...


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Fix You...


Três Palavras de Força...

Há três lições que faço 
Com a pena de queimadura profunda queimando, 
Deixando um rastro de luz santa 
Um peito palpita em toda a parte mortal. 

II 
Dez Esperança. Se há nuvens, 
Se houver decepções e ilusões 
Decore franzida, sua sombra é vã, 
Que cada noite é um amanhã. 

III 
Dez Fé. Onde quer empurrar seu barco 
Brisas ou ondas que rugido, 
Deus (não esquecer) governa o céu, 
E a terra, e as brisas, e pequeno barco. 

IV 
Dez Amor, e gosta de ser não só, 
Que somos irmãos de polo a polo, 
E para o bem de todo o seu amor derramado, 
Como o sol derrama seu amigo de luz.

Cresce, ama, espera! Registre em seu ventre 
Três, e parece forte e sereno 
Forças, onde outros possam ter destruído, 
Luz, quando muitos vagar no escuro...


Fotografia: Arison Jardim
Friedrich Schiller
, aqui...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Desejo Bucólico é a Felicidade...

Por vezes os devaneios do medo vêm me torturar, momentaneamente, eles fazem companhia ao meu imaginário de fêmea desprotegida, mas não fazem de mim sua morada cotidiana... Foram as brisas da tempestade a pedir passagem... Ufa! 

Fecho os olhos e vejo além do horizonte o Sol brilhante, com a natureza dos meus sonhos, lá onde desejo fazer amor, na grama verde ou sentindo o chiado das folhas secas do outono, sob as sombras das árvores e ouvindo o canto dos passarinhos... 

Não, nunca sonhara com as avenidas do futuro das cidades das luzes, não... (tangencialmente, é necessário repetir, cadenciadamente, para que ninguém me confunda com as tuas personagens) Sonhos meus são, e sempre serão, sonhos pequenos e simples: viver livremente os meus encantos bucólicos... 

Pára, pensa e percebas: ser contraditório é necessário somente nas epopéias e narrativas épicas: a vida, para mim, exige um visão clara e reta, muito embora tenho que, às vezes, seguir em ziguezague e fazer uso de linhas tortas para expressar o certo ou usar as metáforas ao apresentar um significante; exceto quando não há necessidade em fustigar; ou quando é necessário proteger minha integridade física, sou a louca... 

Cada passo, cada busca, cada encontro ou cada desencontro, cada nova descoberta que seja simplesmente uma constatação dos ensinamentos expressos por tantas vivências do despertar para o Outro... Eis, então, o planeio de um humilde pensar sobre a possibilidade verdadeira da plena felicidade de liberdade... É: os avarentos não gostam, mas sou transparente, sincera e simplória, talvez seja essa uma complexidade para não agradá-los...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Memória da Pele...



Amo Cinema e não Generalizo: O Ataque...

Este comentário foge a qualquer concepção estética da crítica cinematográfica, assim como as observações teóricas sobre o Poder estão distante das ciências políticas, por outro lado: tentarei fazer, através do filme “O Ataque”, uma comparação entre Arte e Poder... 

Pois, para Micahel Foucault, os acontecimentos deveriam ser considerados em seu tempo, história e espaço: “Trata-se (...) de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (...) captar o poder nas suas formas e instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de direito que o organizam e delimitam (...) Em outras palavras, captar o poder na extremidade cada vez menos jurídica de seu exercício” (Foucault , 1979:182)...

Ainda, por uma genealogia do poder, na Introdução de Microfísica do Poder, acrescenta Roberto Machado: “é falso definir o poder como algo que diz não, que impõe limites, que castiga... Há uma concepção negativa, que identifica o Poder somente com o Estado e o considera essencialmente como aparelho repressivo, no sentindo em que seu modo básico de intervenção sobre os cidadãos se daria em forma de violência, coerção, opressão... Ele opõe, ou acrescenta, um concepção positiva que pretende dissociar os termos dominação e repressão” (XV)... 

Eis por que tento perceber as questões entre a arte e os poderes, apreendidas por mim no citado filme... Primeiramente, é sempre bom evitarmos a generalização, como nos faz perceber a trama d’O Ataque”; a começar pelo Poder, visto sob a ótica analítica de Michael Foucault (não tenho a menor intenção de adentrar no mérito da questão), o poder não representa um controle totalitário, muito menos é representação inclusiva do Estado e suas instituições... Segundo, para evitarmos ver eternamente os Estados Unidos com seu desacerbado “macarthismo” ou perseguição ao terrorismo por interesse econômico, pois, como a própria História americana já provou e, agradavelmente, demonstra “O Ataque”: o maior inimigo dos Estados Unidos é o próprio norte-americano; eis um motivo para se aprender a perceber quem é quem em certas políticas ou ideologias: representados no filme pelos personagens dos atores James Woods, Richard Jenkins, Jason Clarke e a jovem heroína interpretada pela atriz Joey King... 

Conforme o pouco que aprendi com as teorias analíticas (e observando as práticas da política brasileira), o poder não é hegemônico, ele é fragmentário... Seja lá o que digam os doutos, as mentes que se acham conhecedoras da verdade ou os intelectuais que adoram discorrer suas críticas sobre o caos político, social, econômico e sobre saúde, segurança pública ou educação... Pode ser cinema, não importa o que digam os críticos sobre os filmes americanos ou se é apenas mais uma ficção: é Arte, e arte também é Poder... Ademais, somente assistindo ao filme “O Ataque”, com a cabeça e o coração abertos para as nuances da arte cinematográfica, será possível compreender as sutilezas do poder fragmentado... 

Sinopse, aqui : "O ex-militar John Cale (Channing Tatum) tinha o grande sonho de entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos (Jamie Foxx), mas vê sua intenção ir por água abaixo quando não é aprovado na seleção... Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca... O que John não esperava era que neste mesmo dia o local fosse atacado por um grupo paramilitar fortemente armado. Com o governo tendo que enfrentar o caos na nação e o relógio correndo, cabe a John encontrar algum jeito de salvar o presidente do ataque"...

sábado, 17 de maio de 2014

You're Beautiful...



Convicção: Resistência ao Obscurantismo...

 Desta leitura entenda-se apenas a tentativa de encontrar uma saída à transformação pessoal e subjetiva, no modo de expressar o âmago intrínseco da imutabilidade do ser... De maneira que seja também um estímulo para eu sentir mais ânimo, ou me reanimar sempre, frente ao obscurantismo da vizinhança... 

Finalmente, enquanto vitória cotidiana, necessito encontrar ou reafirmar as forças para superar as aprovações oferecidas pelo mundo; já que Sartre, certeiramente, nos adiantou que: “o inferno são os outros”... Portanto – para mim –, a superação dos obstáculos, em alguns momentos, consiste em saber transmitir o meu equilíbrio, ao buscar o contato mais próximo com o outro, pois minha felicidade, normalmente, é a solidão... Nunca fui ao encontro dos profissionais nem dos manuais de auto-ajuda, como não pretendo fazer de minhas toscas palavras uma sintaxe de auto-ajuda... Sabe por quê?... Porque meu mundo é ímpar e singular, ou seja: só pertence às minhas especificidades e tem como base a relativização e o respeito mútuo... por amor ao próximo, sonho... 

Penso que isso possa ser um anseio em fazer parte das manifestações de inteligência coletiva; sobretudo: fazer parte do universo que me leve a afirmação da força revitalizadora do estar agora cá e lá, sem desprestigiar este ou aquele... E assim me tornar independente dos mecanismos educacionais que tornaram minha alma condicionada ao sofrimento...

Aqui foi quando encontrei a possibilidade auto-sustentadora da felicidade, mas é justamente como já mencionara: a segurança desse equilíbrio somente ocorrerá quando eu parar de nutrir os parasitas que sugam minha energia vital, ou seja: evitar uma contaminação do obscurantismo alheio, nem sempre consigo tal feito... 

Será que deu para entender os motivos dos quais, em alguns dias, me fazem ficar distante de ti?...

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Rosa Branca...



O Poder da Identidade II: Prefácio...

Achei muito interessante o Prefácio, da edição brasileira, do livro  (do sociólogo Manuel Castells )  ‘O Poder da Identidade,  escrito pela então antropóloga Ruth Cardoso , ex-Primeira-Dama do Brasil (talvez a única primeira dama antropóloga do mundo)... Deixo-vos alguns fragmentos do Prefácio: 

... “Vejo este livro como uma grande aventura, e seu autor como um grande desbravador... Levando uma bagagem pesada, com muita sociologia, bastante antropologia e uma visão política clara, Manuel Castells partiu para visitar o mundo... Tal como os viajantes antigos, observou detalhes, interessou-se pelas diferenças e pelas peculiaridades, procurando um fio de meada que pudesse explicar o mundo pós-moderno ou pós-industrial ou qualquer outro nome que queira dar para as novidades do mundo globalizado...

Para atingir seu objetivo inovou também no campo da metodologia: o estudo de caso, a observação participante e a preocupação com a comparação estavam sempre presente (como na melhor tradição antropológica), mas sem esquecer que o objetivo era, e é, chegar a uma visão compreensiva em que o geral não seja o empobrecimento do específico...

Está colocada a questão da identidade, ou das identidades, como um núcleo resistente à homogeneização e que pode ser semente de mudanças socioculturais... Mas, insiste o autor, existem tipos diferentes de manifestações identitárias... Todas estão marcadas pela história de cada grupo, assim como pelas instituições existentes, pelos aparatos de poder e pelas crenças religiosas... E nem todas desenvolvem uma prática renovadora... Algumas se traduzem em resistência à mudança e outras, em projeto de futuro... Exatamente porque a construção das identidades se desenvolvem em contextos marcados por relação de poder, é preciso distinguir entre estas formas e as diferentes origens que estão na base do processo de sua criação... O autor distingue:

- Identidade legitimadora, cuja origem está ligada às instituições dominantes;

- Identidade de resistência, gerada por atores sociais que estão em posição desvalorizadas ou discriminadas... São trincheiras de resistências; e 

- Identidade de projeto, produzida por atores sociais que partem dos materiais culturais a que têm acesso, para redefinir sua posição na sociedade...

Qual grande interesse dessa tipologia?... Ela expõe a diversidade de manifestações que poderiam enquadrar na categoria de movimentos sociais... Chamaríamos alguns de novos movimentos e outros de tradicionalistas sem ganhar muito na compreensão desses fenômenos... 

A globalização não apagou a presença de atores políticos... Criou para eles novos espaços pelos quais se inicia um processo histórico que não tem direção prevista... A criatividade, a negociação e a capacidade de mobilização serão os mais importantes instrumentos para conquistar um lugar na sociedade em rede...

A partir daqui recomendo a leitura do livro, porque somente a riqueza de informações e a precisão das interpretações poderão conquistar os leitores para que olhem o mundo globalizado com olhos críticos mas também esperançosos"...

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Chuva...



O Poder da Identidade: Quando o Estado é o Inimigo?...

Provavelmente, essa será uma tarefa difícil... Sim, saber distinguir as diferentes conexões entre as expressões que constituem a resistência ao desenvolvimento sem preceitos e aquelas do desejo dum projeto de futuro é uma missão por demais desafiadora, sobretudo por aí ser um campo minado pelas relações de poder... 

Afirmo isto depois duma rápida espreitada no livro ‘O Poder da Identidade, o segundo da trilogia ‘A Era da Informatização: Economia, Sociedade e Cultura’, do sociólogo espanhol Manuel Castells... Onde ele examina, através duma cultura da virtualidade real, "duas grandes tendências conflitantes que moldam o mundo de hoje: a globalização e a identidade"... De acordo com professor de sociologia Alain Touraine: "Castells produz uma nova e desafiadora análise da sociedade informacional e das forças globais que estão reformulando os Estados, as etnias, a ideologia e o gênero"... E para a professora de antropologia Ida Susser: ele "avalia que os movimentos políticos e sociais contemporâneos devem ser compreendidos como atores num conflito central entre redes e identidades coletivas, cuja defesa adquire uma força tanto negativa quanto positiva" (contra-capa)... 

Pois bem: quando saber que as manifestações culturais estão apontando à continuidade dum caminho seguro ao futuro?... E quando perceber que tais manifestações são apenas estímulos induzidos pelo próprio Estado, como instrumentos de manipulação, no sentido de impor às vozes que satisfazem aos interesses dos sistemas de governança?... 

Enfim, para os estudiosos da teoria do caos: toda desordem é simplesmente um movimento para uma nova ordem; para bem dizer: é necessário a existência do caos para a formulação do novo... E para uma sonhadora empírica como euzinha: haverá sempre, por trás da ordem oculta, fenômenos aparentemente aleatórios, para a formulação da Ciência... Quando eu conseguir decifrar melhor os enigmas da política cultural, analisados pelo sociólogo Manuel Castells, exponho mais o meu raciocínio... Eis o grande desafio do conhecimento sociais: compreender a leitura da desordem como possibilidade de desnudar o Poder, assim como entender o fracasso do Estado Moderno de Direito...

terça-feira, 13 de maio de 2014

domingo, 11 de maio de 2014

Para Sempre...

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho...
Pintura: Robert Ducan

Amor de Mãe...

Felicitações ao Dia das Mães em memória a minha Avó Maria Izaltina e minha Mãe Maria Eunice... Esta pintura foi reproduzida, de uma antiga fotografia dos meus Avós materno com alguns netos, por um pintor peruano, que não me recordo vosso nome... Não farei nenhuma referência profunda a minha Mãe porque ela não gostava dessas datas comemorativas, ao contrário de meus Avós que tinham essa data como consagrada para recordarem vossas Mães e ouvindo as músicas do Texeirinha; depois dos filhos adultos e com os netos era sagrado fazer  uma reunião familiar com bolo e doces festivos... Para minha Mãe a Gratidão é diária, pois Ela literalmente deu a vida para me livrar da dor... Afinal todos os Dias é Dia das Mães...
Nossa Mãezinha querida
Palavra de puro amor
Só quem não tem coração
A ela não dá valor
A mãe por nós dá a vida
Para nos livrar da dor
Queria ter minha mãe
Pra amar com tanto fervor

Nossa mãe é a criatura
Mais pura que o mundo tem
Quem tiver sua Mãezinha
Ame ela e trate bem
Perdendo como eu perdi
Nunca mais outra igual vem
Este puro amor de mãe
Não se encontra em mais ninguém

Ao despedir-me cantando
Vou repetir novamente
Esse santo amor de mãe
Que o meu coração sente
Viverá dentro de mim
Amarei eternamente...

Aceite minha querida Mãezinha
Minha canção de presente"...

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Love Is Found...



Imortal Reminiscência...

Diga-me amigo, a causa da queima, 
Saudade, pura imortal em mim: 
Suspender-me o lábio para sempre, 
E abismar-me em seu ser, e um ambiente agradável 
Receber a sua alma imaculada.

Em seu tempo, tempo diferente, 
Nem uma única pessoa foi a nossa existência? 
É o foco de um planeta extinto 
Deu ao nosso ninho de amor em seu gabinete 
Nos dias em que viu fugir para sempre?

Você também... gosta de mim? 
Sim, você já sentiu 
Peito bater mais doce 
Anunciando seu fogo com paixão: 
Amemos-nos os dois, e logo voo 
Feliz que vamos levantar céu 
Onde mais uma vez vamos ser como Deus.

Friedrich Schiller... 

The Sweetest Taboo...


Destino de Poeta..

 
Palavras? Sim, de ar, 
e no ar perdidas. 
Deixa-me perder entre palavras, 
deixa-me ser o ar nuns lábios, 
um sopro vagabundo sem contornos 
que o ar desvanece. 

Também a luz em si mesma se perde... 

Otavio Paz... , in Liberdade sob Palavra 
Pintura: Peder Mork Mönsted

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Allah Allah...

Teus Olhos: Espelho D'água...

Teus olhos são a pátria do relâmpago e da lágrima, 
silêncio que fala, 
tempestades sem vento, mar sem ondas, 
pássaros presos, douradas feras adormecidas, 
topázios ímpios como a verdade, 
outono numa clareira de bosque onde a luz canta no ombro 
duma árvore e são pássaros todas as folhas, 
praia que a manhã encontra constelada de olhos, 
cesta de frutos de fogo, 
mentira que alimenta, 
espelhos deste mundo, portas do além, 
pulsação tranquila do mar ao meio-dia, 
universo que estremece, 
paisagem solitária. 

Otavio Paz...  in Liberdade sob Palavra 
Pintura: Michael and Inessa Garmash, aqui...

Saadi Galli Aaja...


Dia...

De que céu caído, 
oh insólito, 
imóvel solitário na onda do tempo? 
És a duração, 
o tempo que amadurece 
num instante enorme, diáfano: 
flecha no ar, 
branco embelezado 
e espaço já sem memória de flecha. 
Dia feito de tempo e de vazio: 
desabitas-me, apagas 
meu nome e o que sou, 
enchendo-me de ti: luz, nada. 

E flutuo, já sem mim, pura existência

Pintura: Francine Van Hove  

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Yellow...

Amor Infinito Avô...

Mágico em Sabedoria
Construiu os meus dias
Segura firme em minhas mãos
Ergue-me para além do feliz horizonte
Sugerindo-me a benévola estrada da fidelidade...

Abre-me às portas dos pérfidos enigmas
Aponta-me as 7(5) cores do arco-íris 
Lança-me ao infinito voo da humildade... 

Transformou o amargo fel, ao acariciar a dor, 
Num doce sabor de Mel
Firmeza, segurança e pureza
Foram a fórmula mágica do imensurável educar...

Na disposição do mecanismo obreiro
Carpinteja-me a benévola escada
Para o infindo Mar de Amar... 

Revelou-me todos os seus segredos
Ao Avô do infinito Amor...

Amor eterno Avô: Hary Mane, Kury Mane...

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Arunachala...


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terça-feira, 6 de maio de 2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Amor Paterno...

Por entre vales e montes
Segue a sina de ser...

Vai em busca da Nação alada
Encontra a arte de viver...

Como teste, na habilidade da fina escrita,
E na proporção do escasso conhecimento
Fez-se Sábio em maestria...

Do não agressivo, mas do ofensivo
Nos subterrâneo da juventude,
Conhece o mal, e com o Bem
Ao final, foi um Ser mais que Especial...

Meu tudo: 
Em referencial...

Meu pilar
Em edificação...

Meu ter
Em perecer...

Meu perene Amor
Do Saber sobreviver...

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sábado, 3 de maio de 2014

Hallelujah...

Um Brinde à Vida: Gratidão II...

Num súbito desejo, invade-me uma imensa necessidade de agradecer ao Universo por está me conduzindo nesta enigmática embarcação: a Vida!... 

Viver, muitas vezes, para mim, representou – frente à crise em que, atualmente, se encontra a humanidade, e, em particular, a prática das relações humanas – uma busca constante ao passado das tradições... Eu não conseguia perceber que dessa forma abandonava de lado os ensinamentos modernos: quando dizem que viver é estar e usufruir o presente; sempre apoiava-me num pensamento da existência tradicional para o existir agora... Assim deixava de viver...

Contudo, tornava-se difícil – para mim – perceber que as angústias e conflitos seriam então necessários à dialética do existir e que isto não implica largar de lado o presente para voltar ao passado como refúgio aos conflitos internos... Já agora penso que devo assumir a vida/presente e compreender os fundamentos da existência como contínua superação das tensões entre o meu eu sujeito e objeto, o Outro e o Mundo, a morte e a Liberdade perante as intensas indagações interior... 

Nessa perspectiva, assumo a realidade afirmando-me como a única forma que possa alicerçar uma compreensão: a vivenciar e a descrever um novo prisma ao Olhar (aqui já não espero mais nada de ninguém), porquanto permitirá me reconstituir na dimensão original para reconhecer em que ponto real do presente encontro-me e qual o mundo de significações eu construí... Aqui foi quando percebi e aceitei que é também, e não tão somente, através da leitura, principalmente daqueles que trilharam o caminho da existência humana, posso chegar a uma compreensão mais equilibrada sobre a existência do ser em si... Agora também compreendi o porquê "a leitura é a paixão civilizada mais antiga" do Universo... 

Enfim, é chegado o momento de agradecer ao Universo por ter permitido o cruzamento entre as trilhas da minha vida com as estradas dos peregrinos da escrita... Com isto quero agradecer a todos que me aceitam na condição de aluna na escola da vida; e por aí está experimentado a competência de todos os professores na disciplina do viver, ao que me proporcionam a tolerância em permanecer firme na estrada do mundo e fazem-me perceber quão temerosa sou face a minha de dificuldade de prosseguir enfrentando os obstáculos da vida perante meus desmazelo, descuramento, desalinho e desleixo imperdoáveis (reconheci minha condição de preguiçosa e até tentarei superar esta dor que atinge o cerne da alma humana: o medo de me corrigir, claro!)... 

Sou muito grata por ter encontrado escritores que me permitem ouvir o som de suas palavras e sentir o sabor de suas escritas... 

Minha gratidão também, lá do fundo do coração, aos falsos amigos que me ensinam a dizer NÃO e a evitar ser como eles são, aos sinceros amigos (real e virtual), seguidores do Twitter, Facebook e os autores dos blogs com os quais aprendi arte de compartilhar sentimentos... 

Meu eterno agradecimento por todas as leituras que domesticaram meus instintos selvagens, ao que possibilitaram minha Paixão pelo Conhecimento... 

Ainda meu infinito agradecimento aos deuses da arte de poetizar, compor e interpretar, sem a música e a poesia eu nem existiria... 

Os meus mais sinceros e profundos agradecimento, em especial, aos meus País e Avós que me iniciaram na sabedoria de harmonizar o coração, aos outros familiares que me ensinara desde muito jovem que não vale a pena odiar e sentir inveja, isto agradeço por ficar para os hipócritas que jamais sentirão o sabor do amor e o valor da amizade...

E para sempre sou agradecida aos filhos e netos que me encaminham, nessa árdua e deliciosa arte de viver, para sentir e saber amar na paixão do existir na condição de mulher-mãe-avó... 

Finalmente, muito obrigada, Meu Senhor e Meu Deus, por esta Divina Luz do Universo que nos mobiliza!...

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Pintura: Vicente Romero Redondo

sexta-feira, 2 de maio de 2014

By Your Side...


Afabilidade...

Cá dentro de mim, todo mês de maio, fico sempre assim: amor de mãe é muito bom, não é?... Foi o que aprendi com as minhas 2 Mães!... Um belo dia pensei: por que não levar este amor aos amigos?... Era assim a prática Delas...

Será que daria certo comigo?... Inspirada por uma amor, genuinamente, incondicional aprendi a cultivar, afavelmente, os mais saborosos frutos e as mais perfumadas flores..., com cuidado e carinho, vou distribuindo as sementes para que se intensifiquem e prosperem por sobre nosso existir...

Assim, vão nascendo, crescendo, florindo e frutificando... sempre fortes e saudáveis: transformam-se em vidas como a doçura do néctar...

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Pintura: Vicente Romero Redondo

quinta-feira, 1 de maio de 2014