quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ilusões da Tempestade...

Parecia etapa
Duma tempestade sem fim

Nessa condição da vida 
Sob as ondas do desespero
Como bicho no cio
Aproprio-me do teu vazio

E num território sem beijo
Respiro relâmpagos e trovões

Olha aí, surgiram os novos horizontes
Dos sonhos e da paixão

Faço e desfaço minha liberdade
Nas asas da ilusão

Já não tenho dó ao meu coração
Desfez-se assim toda minha mansidão

Falta-me as lágrimas
E fechou-se meu ser
À multidão

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Jogo das Palavras: Uma Breve Reflexão...

Acima de tudo... estou numa breve tentativa, perante a minha fragilidade e debilidade física, de entender e traduzir as palavras do Escritor Mia Couto: "É mais do que ato de escrever. A escrita constitui-se num sistema lógico, num modo de pensar o mundo. Esse olhar tornou-se hegemónico e atirou a oralidade para a sombra. Eu luto para tentar manter um pé em cada um desses universos mentais e abrir, na escrita, portas para a oralidade"... 

Se para esse escritor a escrita é um sistema lógico de pensar o mundo - para mim - a escrita deve ser vista como um sistema ilógico ou antilógico (a opção é tua) ou melhor: ela é o meu instrumento ilógico de concretização do meu mundo e não somente de pensa-lo, tendo em vista que “gato escaldado tem medo de água fria”... Pois é, jamais eu conseguiria ser precisa e objetiva através da escrita para registrar tudo o que já vivi ou o que o mundo me apresenta em forma de realidade; em outros planos: sim (quem sabe no sistema da lógica acadêmica ou literária, porém nunca nos desabafos das redes sociais, ok?... Descobri que aí existe, também, a má fé)...

É com muita naturalidade que os desenhos, das situações incompreensíveis, vão ganhando sua devida forma, bem como entram nos planos da viabilidade, somente no decorrer dos castigados dias e das lentas horas; como, por exemplo: o jogo político, que só ganha forma e vai sendo definido no entrelaçamento das relações inumanas, e, euzinha, sou muito humana: não sei lidar com as relações sociopolíticas, preciso dum interlocutor... 

Desde a expansão do pensamento ocidental, cá nas colônias também, que a filosofia reflete a política como motivo de fortes guerras, então, na realidade acriana não poderia ser diferente; por isso, meu caro leitor, tentarei, desde já, ir fazendo os meus registros online de forma descontraída (sem alarde)... Mas, repetidamente, vos peço: muita atenção com as interpretações das entrelinhas... por conta do perigo da subjetividade de quem ler... Os erros serão uma eterna recorrência à perspectiva cômica, antes o riso do que o drama ou a tragédia... 

A vida jamais pode ser representada num campo de futebol, o meu jogo é sempre com as palavras em ação!... Finalmente, evitarei remar nas minhas lágrimas ou me afogar nelas; jamais farei rima de oposição... Assim como não quero mais empurrar canoa em rios sem água...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sob os Estilhaços da Emoção...

Além de escrever representar, em mim, a respiração e expiração ou a oxigenação para tanta distorção, ela, também, consiste na catarse das minhas incompreensões... Por isso aí vai: por favor, faça uma boa interpretação!...

A loucura foi, durante muito tempo – para mim –, o melhor e mais eficiente instrumento de proteção e trafegabilidade, com ela percorri extensos territórios delimitados com as dinamites da hipocrisia e da promiscuidade, bem como de todas as formas da maldade, porém, sob a máscara de louca, jamais fui contaminada pela energia do mal e, em nenhuma situação, causei explosão; atingida, por algumas químicas contagiosas: isto fui, pois ainda não consegui o antídoto que me protegesse totalmente das perseguições venenosas, daí acabo me descompensando e causando tempestades emocionais...

Por tortuosas trajetórias do meu viver: tentei, de todas as formas, servir ou ser solícita para com todos e todas com quem estive em alguma caminhada, no entanto, só recebi em troca o sabor da traição... Ouvi relatos de supostos guerreiros e guerreiras que, com armas nas mãos, lutaram pela Independência de suas Nações; comovi-me com o sofrimento daqueles que alimentaram com folhas do mato outros seres humanos por falta duma migalha de pão, mas como sempre: tudo foi – para mim – apenas mais uma enganação; ainda estou sem a compreensão dum irmão... 

Hoje dispenso todas as fantasias de louca ou aquelas que nutriram meus sonhos e ilusões... Utopia nunca mais: quero viver a epiderme das minhas emoções sem nenhuma direção... Nunca consegui fingir que tenho paciência: cansei de perdoar, de chorar e de sonhar... Estou sem controle e num vendaval de escuridão... Contraditoriamente, e plagiando as palavras do GA: quero ser rasgada sem ser contida, quero ser clean sem ser despojada, por fim: quero viver urgente, antes que alguém recupere o sentido de urgente...

domingo, 26 de maio de 2013

Remando sem Oposição...

E sob a correnteza
Das águas Sagradas
Que deságuam
E levam minhas mágoas
Agradeço-Te, oh Pai,
Pelo Dom da vida!...

Em nenhum momento, senti a sensação de ser um pássaro que cansou de voar e deve pousar, nem mesmo sinto na pele a peleja dum bicho rastejante que deseja transladar; no entanto, sinto-me, terrivelmente, cansada e desgastada de tanto chorar... Por um lado, parece estar presentes, por todas as condições, símbolos dum campo de concentração; por outro, estou entre os escombros dum bombardeio... 

Nessas áreas conquistadas pelo desespero, sobracai à minha cabeça um desagradável aroma de guerra, motivando imensos abalos de emoção; são imagens de nuvens escuras e um clima tenebroso de abandono... Sim, é esta a sensação: uma fadiga que invade a alma e dilacera o coração, como se estive ferindo e imobilizado todo o corpo em implosão; daí, meu único desejo é pedir socorro a um irmão... A partir de agora, eu gostaria de saber qual foi o motivo que me levou a passar em vão 31 anos de guerra e explosão, e contra quem tanta desnecessária confusão ou por quê e quem teve a intenção de deixar-me, assim, toda em mutilação... Enfim, é essa a situação...

Por enquanto, não tenho condições de seguir mais um passo a frente, contudo não consigo mais ficar recolhida na sofrida solidão da indiferença e sob a tua condição... Desde já, desejo imaginar uma agradável sensação no prazeroso toque de tuas mãos a me direcionar em plena comunhão... É melhor não pesquisar alternativas para saber e sentir a verdadeira expressão da direção...

sábado, 25 de maio de 2013

Ma Solitude...


Pour avoir si souvent dormi avec ma solitude,
Je m'en suis fait presque une amie, une douce habitude.
Elle ne me quitte pas d'un pas, fidèle comme une ombre.
Elle m'a suivi ça et là, aux quatres coins du monde.

Non, je ne suis jamais seul avec ma solitude.

Quand elle est au creux de mon lit, elle prend toute la place,
Et nous passons de longues nuits, tous les deux face à face.
Je ne sais vraiment pas jusqu'où ira cette complice,
Faudra-t-il que j'y prenne goût ou que je réagisse?

Non, je ne suis jamais seul avec ma solitude.

Par elle, j'ai autant appris que j'ai versé de larmes.
Si parfois je la répudie, jamais elle ne désarme.
Et, si je préfère l'amour d'une autre courtisane,
Elle sera à mon dernier jour, ma dernière compagne.

Non, je ne suis jamais seul avec ma solitude.
Non, je ne suis jamais seul avec ma solitude.

Esperança...

Aqui, com a serenidade das palavras
E na possibilidade da compreensão verbal,
Sempre haverá um encontro
Por entre a sensibilidade dos possíveis: 
Põem-se, assim, palavras após palavras 
A formalizar o produto da linguagem planetária...

A arte da conversa é a sedução na dimensão da retórica
Enfim, aí encontramos a fertilidade comunicativa: 
Música...
Poesia...
Pintura... 
E na tela da vida, com o ecrã tátil das cores, 
Escreveremos nossas Histórias
Com a tinta da memória...

Bachiana nº 5...


Solidão...


Num instante do momento de sofreguidão,
E diante da constante busca de explicação,
Seguro-me à tua mão para fugir da solidão...



domingo, 19 de maio de 2013

Minha Natureza...



Da minha vida eu faço o meu caminho, já que o meu destino é ser livre, assim construi a liberdade: seguindo a Luz do Sol, sonhando com a Lua e aspirando o horizonte do Universo estrelado; daí vou sempre transladar inebriada pela suavidade do vento: sou parte viva da natureza!...



sábado, 18 de maio de 2013

Destino e Liberdade: Passado, Presente, Futuro e o Bem Viver...


Me gustan las personas que expreson sus opinion... Eu Admiro muito as pessoas que expressam suas opiniões... 

Nem sempre temos o Poder para discernir a infinitude do nosso próprio viver em poucas palavras, nem mesmo os Sábios têm a certeza do amanhã, pois não estamos sozinhos nessa caminhada do trilhar o devir: a Natureza é quem comanda também a direção!... 

Bem sei que sou chata, mas na lei da relatividade da Vida é assim: para uns sou intolerável, para outros sou a solução ao bom viver ou o elixir do bem querer... 

Venho, através deste desabafo, reafirmar o que outrora já expressei sobre a liberdade nos abraços (ou laços) do destino, tendo em vista que tu, meu caro leitor, não entendeste o meu raciocínio... 

Uma das frases mais certeiras que já tropecei, nesse mundo da escrita, foi esta: “Tudo posso, mas nem tudo me convém”... Depois fiquei, intrinsecamente, curiosa com essa outra: “Tudo é Relativo” no entrelaçamento sócio-cultural... Pois bem!... Foi quando, a partir dessas ideias, decidi construir minha própria concepção de liberdade e destino (um depende do outro, desde que liberdade seja sinônimo de vida); aqui não existe autoritarismo ou arbitrariedade: a flexibilidade é a Lei!... 

Somos livres (independentemente do poder econômico) na medida que compreendemos nossos limites e horizontes, da mesma forma que devemos saber também ultrapassar os obstáculos do viver: sempre com clareza e a sábia consciência do saber aonde vamos pôr o pé... Pois meu destino não é nenhuma concepção de futuro predestinado, mas sim os ajustes, equilibradamente, das consequências do passado... na proporção que vou trilhando o meu futuro e estou sendo, felizmente, realizada no presente: isto é, para mim, viver feliz!...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sacrifice...


Precária Emoção...


                                                                                                                                              Imagem...                    
 Mas voltemos um pouco mais atrás... 

Quando nasci, dois caminhos resplandeceram: 
Um selvagem e escuro 
Outro civilizado e iluminado... 

Com olhos assustados 
A mágica expressão da arte 
Se fez vida de viajante sem partida... 

Decifra-me 
Sem dizer que eu perdi a direção... 

Pois, sem sair do limite 
Permaneço na mesma condição 
Sorvendo a emoção 
Dilacerando o precário coração...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O que me Importa?...


Navegando com Liberdade em Busca do Destino...

Para tanto, desejo nesse momento expressar minha gratidão a Deus: Este com quem passo todos as horas do dia, e , em algumas noites de insônia, sempre ficou ao meu lado orientando-me nas estradas de todas as possibilidades direcionadas à alegria do bom viver.... 

Naquela manhã nublada, o cinza emanava uma pergunta: o que representa a Liberdade na consciência daqueles que esperam o Destino sugerir a direção do devir?... A pergunta deve ficar sem resposta por algum tempo..., começa a cair um delicado sereno... tornando o dia mais suave à respiração ofegante da ansiedade... Essa angustia da incerteza é dilacerante... Durante esses dias cheios de mistérios, toda a gente na aldeia fica reflexiva; apenas os olhares emitem uma comunicação... Foi quando percebi a sugestão duma mirada para levar minha bagagem à canoa... Ela não tem cobertura, seria necessário providenciar uma proteção que evitasse encharcar os objetos, caso chovesse... tudo pronto para descer as correntes serenas do rio da minha Aldeia... O único movimento da água foi o efeito do balanço da canoa; a tranquilidade desse dia refletia na paz transmitida pelo clima úmido da vegetação... 

Indiferente ao barulho do motor, e ao movimento da canoa, meus pensamentos alçavam um voo silencioso para algum lugar secreto do fundo do rio... As tribos do Território da Natureza, sob o meu olhar, eram o meu único refúgio diante da Ditadura Cultural... Frente a imensidão verde da floresta, o infinito azul do céu delimitava a ideia que eu fazia sobre o sentido de expansão espiritual... Sim, a paisagem, que, gradativamente, ia se modificando, conforme a direção que íamos seguindo, era o mais explícito cenário de liberdade; era essa a noção que os grupos de pássaros, ora papagaios, periquitos, araras, outros minúsculos desconhecidos, ou mesmo os bandos de macaco, jacaré, tracajá e outros animais transmitiam sobre o ser livre... Em meio aquela serenidade que parecia envolver o rio e a floresta e toda a Natureza envolta, senti uma sensação de harmonia vinda duma paz sobrenatural: a liberdade interior... Qualquer barulho que por ali houvesse parecia estar muito longe daquele mundo de tranquilidade, intensificando minha profunda introspecção... 

Finalmente pisei na realidade: consegui superar a noção primária (e pueril) sobre o ser livre, e cheguei a certeza de que liberdade é a plena consciência de sabermos lidar com o destino: é aquela ausência de angustia na nossa relação com a realidade a qual construímos... Mas qual a ideia de destino tal liberdade nos remete?... Consegui pescar esta definição obscura e pouco precisa na Revista Super Interessante: “A passagem do tempo é uma ilusão. O futuro existe agora mesmo... E é tão imutável quanto o passado... É o que mostra a Teoria da Relatividade... Isso significa que o destino pode existir?... Significa!... A ideia de um futuro predeterminado move filosofias e religiões... E serve de combustível para um dos conceitos mais antigos da humanidade: o de que os astros regem nossa vida”... 

Perante essa concepção, o destino não é exatamente um futuro predeterminado, mas sim o resultado de nossas ações ou atitudes, assim como também todas as nossas heranças genéticas ou as consequências que herdamos das ações de nossos ancestrais, por isso o destino pode ser alterado, nem tudo é imutável... Todavia jamais haverá liberdade de agir se não houver uma liberdade interior: o conformismo não representa nenhuma forma de ser livre, muito menos estar indissoluvelmente ligado ao destino... 

Não há liberdade onde as pessoas agem, automaticamente, de acordo com os ditames da sociedade... É necessário termos a plena certeza de nossa liberdade pessoal de sentir, de pensar, de escrever, de falar ou de agir com autenticidade e propriedade naquilo que nos faz ter consciência de quem somos... E sentir a plena satisfação da nossa condição humana, que constrói ou impulsiona sensíveis valores, como: responsabilidade, discernimento das possibilidades, a noção de amor, perseverança, honestidade, integridade, coragem etc.: para as teorias, a civilização (organização do processo cultural) surgiu a partir da luta contra o destino (ambiente hostil), da mesma forma que nossa criatividade representa a superação sobre um destino predeterminado... Enfim, o fundamental mesmo é termos a clareza que jamais a liberdade representará o pleno livre arbítrio de quem vive e depende das ordens duma sociedade: a liberdade de ir e vim sem burocracia só pertence aos animais... Não é livre quem dá a vida para conquistar a liberdade, como jamais haverá liberdade em quem se prende a ideologias: aí é ser escravo dum pensamento sobre esse conceito... Ser livre também é ser autêntico: é ser eu mesma... 

Devo continuar esclarecendo sobre o processo de liberdade e destino, em outra ocasião mais oportuna, diante das consequências da hipermodernidade, onde as pessoas estão predeterminadas às influências dos excessos desordenados do desenvolvimento civilizatório... 


sábado, 11 de maio de 2013

Sting my Live...


Prantos de Fragilidade...

Por que meu coração dilacerado arde na saudade?...
Assim, faço prantos de fragilidade
Estremeço na ansiedade 
Num instante afluente de vontade
Sigo a densidade dum rio de serenidade...

Estou indo e aspiro a melancolia da tranquilidade 
E quando ouço a flauta sonora do prelúdio 
Sinto a sensação de interlúdio azular 
Nas sonhadas horas interlunar... 

Mas quem suspeita do teu olhar?....
Desenhos no deserto de amar
Desfiguram a porta aberta de além-mar!...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Efêmera Convulsão...

Envolvida na noite estrelada
De doces magias
E sussurros
Desperto
Com tua boca
No meu pescoço...

Nos delírios dos toques
De teu dedos
Dissolvo-me
Por tantos gemidos
E segredos...

Cúpulas de corpos caídos
E raptados
Na lápide do prazer...

Por sobre o altar da sedução
Entrego-me
Em efêmera convulsão
No gozo da minha pele
Que te viceja... 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A Sustentabilidade de Ser...

Na sustentável memória de um Ser 

Renascer em Velhos Mundos 
Buscando a certeza de que alienar 
É saborear a plena dor da incerteza 
Do ser Objeto... 

Em teus espúrios empréstimos 
Nenhuma nação sobreviverá 
Sem o poder do Sol... 

Nos trópicos da minha pele 
Sinto a força da tua barganha!... 

Tudo tornou-se a própria insustentabilidade 
Em proporções falsas das avalanches sustentáveis 
De designação petrodólares... 

Importa, Exporta 
Ideais tropicais frente às conspirações 
Das desigualdades republicanas...

Trafegando pelas Veredas das Palavras...

Assim como toda leitura é uma simples experiência do pensamento, meu jogo sintático faz parte duma vivência saborosa com outras escrituras... Daí devo confessar que necessito de teu consentimento para trafegar pelas veredas das palavras, pois os verbos, aqui, expoentes são quase todos muito insensatos em algumas situações específicas... Pois, certa vez alguém me perguntou se eu havia nascido na Rua da Encrenca... lá em Brasiléia... Fiquei tão assustada, mas porque não entendi nada da curiosidade, aí resolvi questionar: qual seria o motivo da curiosidade?... 

Alguém: - Ora pois, nada de grave!... Quem nasce lá adora encrencar, apenas isto, nada além... 

Foi quando lembrei da frase de Eddy Santos: Há que se ter paciência de pescador para sentar às margens e fisgar a verdade que corre no rio caudaloso das entrelinhas.... Claro que ali existia algo muito mais além... só que ainda não é o momento para ser melhor esclarecido... Primeiramente, é necessário um lembrete sobre a literatura sociológica, que emana a seguinte lição: é fundamental que todos nós procuremos compreender sempre a comunidade a qual fazemos parte, já que nossa maneira de ser e de viver está, inquestionavelmente, mesmo com todas as influências globais, condicionada à estrutura (manias, costumes, hábitos, trabalho, fatos históricos e familiares, pensamentos e lendas ou todo o fazer cotidiano) da nossa sociedade... 

Enfim, amad@ companheir@: você deve concordar que é importante ficarmos atentos e observar nossos jeitinhos acriano (brasileiro, latino ou terráqueo) de manifestar a nossa maneira de viver... Hum?... Estás de acordo?... Continuemos, então... 

Mesmo que façamos parte de uma sociedade e estamos submetidos ao processo entrópico (transformação de energia no plano imperceptível) dela, é evidente que temos nossas características muito próprias, muito individuais e particulares que se distinguem e nos distinguem das outras pessoas: nós temos a nossa própria história!... Pois não?... No entanto, nossos sentimentos ou conhecimentos, nossa forma de comunicação estão em constante processo de desenvolvimento, muda a cada dia, imperceptivelmente... Pois nossas transformações pode ser elaboradas por nós, mas sempre estarão sob constates influências da sociedade (e família) em que vivemos... Tudo bem?... Posso continuar?... 

Parem e reflitam comigo: nós pensamos, temos nossos sentimentos, sensibilidades e fragilidades... fazemos parte duma comunidade de bairro (ou religião), vivemos em família, como também vivemos submetidos a um Governo e suas Leis... ainda precisamos sobreviver sob as circunstâncias dum determinado trabalho... Passamos a maior parte de nosso tempo submetidos ao modo de produção capitalista: um trabalho escravocrata, por isso nossa forma de trabalhar determina nossa maneira de agir, de pensar e de ser; todos os nossos sentimentos estão também influenciados pelo sistema o qual estamos subordinados... 

Portanto, (isto é para jamais ser esquecido) devemos entender que o modo pelo qual conquistamos os bens necessários à sobrevivência – alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação lazer etc. – demonstra a nossa mais expressiva característica; melhor ainda: conforme nossa situação econômica/financeira somos enquadrados numa determinada classe social... Enfim, nossas vidas, nossas histórias e sentimentos são processados através desse aspecto social, no entanto matemos sempre esperança da plena condição de transformar tal situação socioeconômica; pois nada está estático, socialmente falando; acima de tudo, quando sabemos lidar com os preconceitos, já que aí estar o campo minado da discriminação, racismo: todas as formas injustas de exclusões sociais, que inicia na própria família... 

Concluindo... por conseguinte, todos esses aspectos de nossas vidas em família e sociedade são de fundamental importância para a compreensão e formação de nossa essência, pois qualquer modificação impactante num desses aspectos afeta significativa nosso Ser profundo: emocional, físico ou a saúde em geral... Isto porque estamos, intrinsecamente, interligados e condicionados pelo modo de pensar do mundo em que estamos inseridos... Somos o que somos, mas também somos o que está além do visível... Eis ai alguns motivos para ficarmos atentos e observar a realidade envolta, principalmente os diversos comportamentos humanos e desumanos também, para depois encontrar uma explicação objetiva no cotidiano de quem rege as leis que nos Governa... 

Mas qual seria a relação da curiosidade na pergunta sobre onde eu nasci com nossa acrianidade?, ou sobre a imagem que foi construída sobre minha pessoa ou a tua?... Bem, esta é uma questão para ser melhor elaborada e relacionada com o processo político do pensamento de florestania... E com toda certeza será preciso uma maior seriedade e clareza na sintaxe... Ficará para outro dia de Sol... Tudo bem assim?...

terça-feira, 7 de maio de 2013

Vida Sustentável X Hipermodernidade...

Por favor, permita-me tornar a vida mais real!... Às vezes sinto um forte impulso que contraria aquelas preocupações duma simples mulher educadora e com o cotidiano de afazeres domésticos, assim como estou a viver nesse momento (lembras daquilo que eu já havia falado em missiva confidencial)... Bem sei que não é permitido às domesticas falarem a respeito das questões socioeconômicas, por isso perceba este texto, meu caro leitor, apenas como mais um jogo de palavras: aqui é necessário evitar a dislexia (prometo-te mais uma vez que jamais escreverei sobre os Temas Políticos)...

Sim, fico um tanto constrangida com aquilo que me vejo obrigada a expor... Firmeza não é uma questão de luxo, sou firme nas minhas convicções, mais ainda nos meus propósitos... Nutro um profundo respeito pelos valores da gente sofrida e fiel aos bons princípios que regem a sabedoria humana...

Dispenso qualquer vaidade esdrúxula dos novos-ricos: acho suas manias e ambições tão ridículas... Apesar de que eu não tenha nascido em nenhum Seringal, muito menos vim lá dos municípios do interior do Acre, adoro manter a simplicidade que herdei da sabedoria dos meus Avós... Nasci na Maternidade Bárbara Heliodora (não acreditem na mentira da socióloga baiana com seus interesses vis da hipocrisia acadêmica); fiz o Jardim da Infância na Escolinha da Igreja Santa Inês, estudei em Escola Pública; enfim, vivi toda uma vida em Rio Branco... Talvez seja por isto que eu não sinta aquele desejo idiota de esnobar luxuria... Ao contrário daqueles seres chiques, e contraditórios da política de sustentabilidade, eu só quero ter um terreno na periferia e sem lucro nas frutas de fartos cachos: quero apenas uma produtividade da vida sustentável para tomar banho de cuia (ahahah!!!)... 

Acima de todos os meus constrangimentos, lembrei-me que os estudiosos alertaram para o fato das sociedades terem se tornado um caos depois que as religiões assassinaram Deus para endeusar e adorar o Dinheiro, assim como as pessoas politizadas esqueceram os grandes ideais socialistas e se tornaram escravas da informação e do modo de produção Capitalista: são vícios próprios do condicionamento das sociedades pós-industriais e da tecnologia informacional... 

As consequências desse sistema foi a transformação dessas pessoas em  niilistas perdidos no nada do vazio da ausência de valores... A gravidade também é percebida através já da desenvoltura infantil que leva, naturalmente, as pessoas a cultuar o hedonismo, tal liberação sexual está integralmente ligado ao narcisismo de identidade móvel e flutuante, próprio da nebulosidade dos excessos de sedução proporcionado também pela tecnociência... Para compreender melhor tal desordem desumana é bom sempre subirmos nos Ombros dos Grandes Homens que já nortearam nossos caminhos, como por exemplo: Gilles Lipovestsky com o livro “A Era do Vazio”, e Jean Baudedrilar com o livro “A Sociedade de Consumo”... Assim como também, enquanto ocidentais que somos, devemos compreender melhor a vida de Jesus Cristo com o Novo Testamento... 

Finalmente: vamos tornar a vida mais real e digna de ser vivida, tornando, verdadeiramente, a sustentabilidade em praticidade?... Vamos lá?... É simples e muito prazeroso... 

domingo, 5 de maio de 2013

Simplesmente Sting...

Shape Of My Heart

Fragile

 Desert Rose