Por vezes, faltou-me sabedoria para descrever o eu-lírico do poema abaixo, por isso destaquei um trecho do livro "Ao Encontro da Sombra" que, de certa forma, identifica o conflito que tentei expressar... "Busquei uma maneira simbólica de deixar nascer a minha sombra, para que a minha vida exterior não se desfizesse e para que eu não precisasse pôr de lado esse modo de vida criativo que tanto amo...
Quando aceitamos as nossas facetas mais cruéis, aprofundamo-nos em nossos aspectos mais positivos... Pois cada um de nós projeta uma sombra escura, e quando ela não é compreendida impede nossa vida consciente... Essa sombra constitui, em todos os efeitos, um impedimento inconsciente que inibe as nossas melhores intenções”... (Carl Gustav Jung)
Paisagens do destino vão seguindo
imagens contornando as palavras
que se dissipam no céu cinza
e no céu estão perdidas...
Em chuvas consagradas
descrevo o sombrio irreal
que desnuda o movimento
da alma
quando não se reconhece...
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Imagem Google