Para continuar a reflexão que
trata de relacionar a falta de ética política – nos discursos oficiais e na linguagem dos intelectuais e formadores
de opinião – com a ausência de consciência, tenho preferência por permanecer
com Antônio Damásio, numa tentativa de
explicitar a necessidade em se construir a real consciência, de maneira que possamos eliminar,
de nossas vidas, as falsas ideologias: ideias estas que nos deviam da essência verdadeira,
ou do caminho mais autêntico da autonomia ... E quando me refiro a ideologia
não se trata somente das políticas partidárias ou governamentais, também está intrinsecamente
relacionada aos ideais dos intelectuais e formadores de opinião em geral;
principalmente aqueles que se utilizam do poder mediático da atual tecnologia
massiva e fulminante no poder de persuasão, por conseguinte vão construindo
mentalidades distorcidas...
Pois bem, continuando com Damásio, assim diz ele: “O que poderia ser mais deslumbrante do que
perceber que é o fato de termos consciência que torna possíveis e mesmo
inevitáveis nossas questões sobre a consciência?... É fácil imaginar como a
consciência provavelmente abriu caminho, na evolução humana, para um novo gênero
de criações, impossível
sem ela: consciência moral, religião, organização social e política,
artes, ciências e tecnologia...
De um modo ainda mais imperioso, talvez a consciência seja a função biológica crítica que nos permite saber que estamos sentindo tristeza ou alegria, sofrimento ou prazer, vergonha ou orgulho, pesar por um amor que se foi... O páthos, individualmente vivenciado ou observado, é um subproduto da consciência, tanto quanto o desejo... Jamais teríamos conhecimento de nenhum desses estados pessoais sem a consciência... Não culpe Eva por conhecer; culpe a consciência, e agradeça a ela”...
Continuarei!...
De um modo ainda mais imperioso, talvez a consciência seja a função biológica crítica que nos permite saber que estamos sentindo tristeza ou alegria, sofrimento ou prazer, vergonha ou orgulho, pesar por um amor que se foi... O páthos, individualmente vivenciado ou observado, é um subproduto da consciência, tanto quanto o desejo... Jamais teríamos conhecimento de nenhum desses estados pessoais sem a consciência... Não culpe Eva por conhecer; culpe a consciência, e agradeça a ela”...
Continuarei!...