quinta-feira, 21 de junho de 2012

Por Uma Ética na Linguagem Política III: Poder e Falta de Consciência... ...

Deixarei a noção de consciência, de acordo com Antonio Damásio, para o momento de conclusão... Mas continuarei sobre nossas dificuldades de decisão, atitude e a formação do pensamento perante a falta dela; sendo esta ausência, consequentemente,  o instrumento ideal de manipulação do poder, porque diante  desta ausência é imposto a forma que  refletimos em  nossas escolhas e percepções no que tange às diferenças... Pois, o sentimento de tropeços na história da civilização moderna deixou sua marca no jeito de percebermos a realidade envolta, onde o resultado é uma lesão cerebral chamada por vários nomes: preconceito, discriminação, racismo, superstição ou até mesmo um falso sentimento do conhecimento o qual formam os conceitos ideológicos... Porquanto o poder da razão humana, no processo civilizatório,  significou liberar o indivíduo  de todos estes preceitos, no entanto em nome de um sistema inoperante: possessivo e opressivo... Assim, quando a razão adormece o implícito emerge; aí surge a total dificuldade de compreensão das diferenças, prevalecendo os estigmas que moldam as mentalidades individuais e sociais...

Diante de tudo anteriormente mencionado, cheguei a pensar que já é tempo dos políticos, intelectuais e todos profissionais formadores de opinião (inclusive religiosos e educadores) racionalizarem mais suas ações discursivas ou linguagem escrita, pois é bastante explícito em suas atitudes (faladas e escritas): as suas falsas consciências, que impõem falsos ideais, logo isto leva à sérias consequências, causadoras de violência social e humana... Acredito também: o que pode levar os indivíduos a atitudes violentas sem o fundamento de suas crenças, ideologia ou até mesmo da religião é a própria falta do uso da consciência; provavelmente é o reflexo do processo civilizatório desordenado, bem como das más influências  dos formadores de opiniões... Pois, no processo de construção da identidade sócio-cultural, o individuo nunca é um sujeito autônomo... Será que deu para V. Exª perceber?... Bem, se não deu, paciência!... Enfim, sempre pensei que somente os norte-americanos e os europeus ocidentais fossem islamofóbicos e discriminadores: sem consciência... mas é bastante perceptivo que os latino-americanos são bem racistas e preconceituosos, e eu sofro na pele só porque tenho um gosto musical versátil... Aliás, ninguém entende ninguém, ainda misturaram Deus nas láureas lamuriantes das Orações...

Finalmente, a vida tem me ensinado isto: o mundo é povoado por pessoas a se dizerem que são isto ou aquilo, mas nem mesmo sabem o que dizem... Repito: e é doloroso ter constatar tudo isso... Por outro lado, Damásio me tranquiliza quando confirma que minhas inquietudes têm fundamento, dizendo: “Em seu nível mais complexo e elaborado, a consciência ajuda-nos a cultivar um interesse por outras pessoas e a aperfeiçoar a arte de viver”... Quer queiram, quer não: descobri que sou portadora de consciência, por isso o poder de persuasão dos políticos e dos formadores de opinião não me atinge...E assim vou te querendo todas as horas porque não sei viver sem tua magia, sem teu olhar fascinante!...

Concluírem outro dia qualquer... Tudo bem assim?...