quinta-feira, 9 de maio de 2013

Trafegando pelas Veredas das Palavras...

Assim como toda leitura é uma simples experiência do pensamento, meu jogo sintático faz parte duma vivência saborosa com outras escrituras... Daí devo confessar que necessito de teu consentimento para trafegar pelas veredas das palavras, pois os verbos, aqui, expoentes são quase todos muito insensatos em algumas situações específicas... Pois, certa vez alguém me perguntou se eu havia nascido na Rua da Encrenca... lá em Brasiléia... Fiquei tão assustada, mas porque não entendi nada da curiosidade, aí resolvi questionar: qual seria o motivo da curiosidade?... 

Alguém: - Ora pois, nada de grave!... Quem nasce lá adora encrencar, apenas isto, nada além... 

Foi quando lembrei da frase de Eddy Santos: Há que se ter paciência de pescador para sentar às margens e fisgar a verdade que corre no rio caudaloso das entrelinhas.... Claro que ali existia algo muito mais além... só que ainda não é o momento para ser melhor esclarecido... Primeiramente, é necessário um lembrete sobre a literatura sociológica, que emana a seguinte lição: é fundamental que todos nós procuremos compreender sempre a comunidade a qual fazemos parte, já que nossa maneira de ser e de viver está, inquestionavelmente, mesmo com todas as influências globais, condicionada à estrutura (manias, costumes, hábitos, trabalho, fatos históricos e familiares, pensamentos e lendas ou todo o fazer cotidiano) da nossa sociedade... 

Enfim, amad@ companheir@: você deve concordar que é importante ficarmos atentos e observar nossos jeitinhos acriano (brasileiro, latino ou terráqueo) de manifestar a nossa maneira de viver... Hum?... Estás de acordo?... Continuemos, então... 

Mesmo que façamos parte de uma sociedade e estamos submetidos ao processo entrópico (transformação de energia no plano imperceptível) dela, é evidente que temos nossas características muito próprias, muito individuais e particulares que se distinguem e nos distinguem das outras pessoas: nós temos a nossa própria história!... Pois não?... No entanto, nossos sentimentos ou conhecimentos, nossa forma de comunicação estão em constante processo de desenvolvimento, muda a cada dia, imperceptivelmente... Pois nossas transformações pode ser elaboradas por nós, mas sempre estarão sob constates influências da sociedade (e família) em que vivemos... Tudo bem?... Posso continuar?... 

Parem e reflitam comigo: nós pensamos, temos nossos sentimentos, sensibilidades e fragilidades... fazemos parte duma comunidade de bairro (ou religião), vivemos em família, como também vivemos submetidos a um Governo e suas Leis... ainda precisamos sobreviver sob as circunstâncias dum determinado trabalho... Passamos a maior parte de nosso tempo submetidos ao modo de produção capitalista: um trabalho escravocrata, por isso nossa forma de trabalhar determina nossa maneira de agir, de pensar e de ser; todos os nossos sentimentos estão também influenciados pelo sistema o qual estamos subordinados... 

Portanto, (isto é para jamais ser esquecido) devemos entender que o modo pelo qual conquistamos os bens necessários à sobrevivência – alimentação, habitação, vestuário, saúde, educação lazer etc. – demonstra a nossa mais expressiva característica; melhor ainda: conforme nossa situação econômica/financeira somos enquadrados numa determinada classe social... Enfim, nossas vidas, nossas histórias e sentimentos são processados através desse aspecto social, no entanto matemos sempre esperança da plena condição de transformar tal situação socioeconômica; pois nada está estático, socialmente falando; acima de tudo, quando sabemos lidar com os preconceitos, já que aí estar o campo minado da discriminação, racismo: todas as formas injustas de exclusões sociais, que inicia na própria família... 

Concluindo... por conseguinte, todos esses aspectos de nossas vidas em família e sociedade são de fundamental importância para a compreensão e formação de nossa essência, pois qualquer modificação impactante num desses aspectos afeta significativa nosso Ser profundo: emocional, físico ou a saúde em geral... Isto porque estamos, intrinsecamente, interligados e condicionados pelo modo de pensar do mundo em que estamos inseridos... Somos o que somos, mas também somos o que está além do visível... Eis ai alguns motivos para ficarmos atentos e observar a realidade envolta, principalmente os diversos comportamentos humanos e desumanos também, para depois encontrar uma explicação objetiva no cotidiano de quem rege as leis que nos Governa... 

Mas qual seria a relação da curiosidade na pergunta sobre onde eu nasci com nossa acrianidade?, ou sobre a imagem que foi construída sobre minha pessoa ou a tua?... Bem, esta é uma questão para ser melhor elaborada e relacionada com o processo político do pensamento de florestania... E com toda certeza será preciso uma maior seriedade e clareza na sintaxe... Ficará para outro dia de Sol... Tudo bem assim?...