segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sob os Estilhaços da Emoção...

Além de escrever representar, em mim, a respiração e expiração ou a oxigenação para tanta distorção, ela, também, consiste na catarse das minhas incompreensões... Por isso aí vai: por favor, faça uma boa interpretação!...

A loucura foi, durante muito tempo – para mim –, o melhor e mais eficiente instrumento de proteção e trafegabilidade, com ela percorri extensos territórios delimitados com as dinamites da hipocrisia e da promiscuidade, bem como de todas as formas da maldade, porém, sob a máscara de louca, jamais fui contaminada pela energia do mal e, em nenhuma situação, causei explosão; atingida, por algumas químicas contagiosas: isto fui, pois ainda não consegui o antídoto que me protegesse totalmente das perseguições venenosas, daí acabo me descompensando e causando tempestades emocionais...

Por tortuosas trajetórias do meu viver: tentei, de todas as formas, servir ou ser solícita para com todos e todas com quem estive em alguma caminhada, no entanto, só recebi em troca o sabor da traição... Ouvi relatos de supostos guerreiros e guerreiras que, com armas nas mãos, lutaram pela Independência de suas Nações; comovi-me com o sofrimento daqueles que alimentaram com folhas do mato outros seres humanos por falta duma migalha de pão, mas como sempre: tudo foi – para mim – apenas mais uma enganação; ainda estou sem a compreensão dum irmão... 

Hoje dispenso todas as fantasias de louca ou aquelas que nutriram meus sonhos e ilusões... Utopia nunca mais: quero viver a epiderme das minhas emoções sem nenhuma direção... Nunca consegui fingir que tenho paciência: cansei de perdoar, de chorar e de sonhar... Estou sem controle e num vendaval de escuridão... Contraditoriamente, e plagiando as palavras do GA: quero ser rasgada sem ser contida, quero ser clean sem ser despojada, por fim: quero viver urgente, antes que alguém recupere o sentido de urgente...