...“Silêncio. Não explique o fundo de seus mares"... Rumi
Djalal
 ad-Din Rûmi nasceu em setembro de 1207, onde hoje está o Afeganistão. 
Rumi é considerado o maior poeta persa de todos os tempos. Sua vasta 
obra, composta por 70.000 versos, é comparada pelos estudiosos à 
grandiosidade de Shakespeare, Dante e Beethoven. 
Rumi
 fala de amor, mas não desse amor pequeno e fugaz que testemunhamos nas 
relações de hoje. A obra de Rumi fala de um amor maior. Um amor maior 
que a Terra, mais profundo que o oceano, mais quente que o sangue que 
corre em todas as veias. Rumi fala de um amor espiritual, um amor que 
transcende o tempo, a vida e a morte.
Aos 30 anos 
de idade Rumi conheceu seu guia espiritual e seu amante Shams de Tabriz.
 Shams era um homem de 60 anos à época, um marginal sem casa, sem 
futuro, sem medo e sem rumo. Seu apelido era “pássaro”, pois era incapaz
 de permanecer por muito tempo em um único lugar. Shams pregava pelas 
ruas sua verdade espiritual.
Shams e Rumi passaram
 meses isolados em comunhão espiritual. Eram almas gêmeas e buscavam uma
 meta única: a integração total com Deus. Rumi era um ser espiritual, 
mas não religioso. O amor que ele pregava era maior, incapaz de conter 
preconceitos, dogmas inflexíveis, punições. A poesia de Rumi é carregada
 de beleza terrena e divina, onde se é permitido amar, beber, viver e 
entregar-se ao amado (Deus).
Quando Shams morre, 
provavelmente assassinado por algum discípulo enciumado de Rumi, sua 
poesia sobe vários degraus e alcança o cume de uma montanha altíssima: a
 montanha do amor universal e da união mística.
Para
 Rumi a vida só tem sentido para quem sabe amar. Só quem ama conhece a 
imensa alegria e a profunda dor. Quem ama é do amor prisioneiro e 
senhor. Somente aquele que ama pode expor-se ao meio-dia sem queimar-se. 
Rumi viveu um amor maior. Abençoado seja Rumi, que ele inspire nossas vidas e liberte nossos corações. 
