Sem ter medo de me machucar: caio na chuva, sinto frio, escorrego na lama, me arranho e me descabelo, grito de dor e choro sem amor, mas recuso os absurdos escombrosos da solidez superficial... É isso, precisamente, que dita o ritmo da esperança em sair dos pensamentos sem perder a sensatez...
Mesmo na ausência de decisões a deliberar, sigo sempre refletindo sobre o ontem, o hoje e o amanhã; assim solidifico a serenidade que me livra dos rancores, dos julgamentos e dos jugos subestimadores...
Pois preciso acreditar na magia que me faz evoluir, para seguir em frente sem temer o escuro que ofusca o brilho dos deliciosos dias de chuva... Benditas sejam as águas edificantes de março, que renovam nossas esperanças de recomeçar...
*.*.*.*.*
Foto: Nature