terça-feira, 20 de maio de 2014

O Desejo Bucólico é a Felicidade...

Por vezes os devaneios do medo vêm me torturar, momentaneamente, eles fazem companhia ao meu imaginário de fêmea desprotegida, mas não fazem de mim sua morada cotidiana... Foram as brisas da tempestade a pedir passagem... Ufa! 

Fecho os olhos e vejo além do horizonte o Sol brilhante, com a natureza dos meus sonhos, lá onde desejo fazer amor, na grama verde ou sentindo o chiado das folhas secas do outono, sob as sombras das árvores e ouvindo o canto dos passarinhos... 

Não, nunca sonhara com as avenidas do futuro das cidades das luzes, não... (tangencialmente, é necessário repetir, cadenciadamente, para que ninguém me confunda com as tuas personagens) Sonhos meus são, e sempre serão, sonhos pequenos e simples: viver livremente os meus encantos bucólicos... 

Pára, pensa e percebas: ser contraditório é necessário somente nas epopéias e narrativas épicas: a vida, para mim, exige um visão clara e reta, muito embora tenho que, às vezes, seguir em ziguezague e fazer uso de linhas tortas para expressar o certo ou usar as metáforas ao apresentar um significante; exceto quando não há necessidade em fustigar; ou quando é necessário proteger minha integridade física, sou a louca... 

Cada passo, cada busca, cada encontro ou cada desencontro, cada nova descoberta que seja simplesmente uma constatação dos ensinamentos expressos por tantas vivências do despertar para o Outro... Eis, então, o planeio de um humilde pensar sobre a possibilidade verdadeira da plena felicidade de liberdade... É: os avarentos não gostam, mas sou transparente, sincera e simplória, talvez seja essa uma complexidade para não agradá-los...