No seringal, todo desejo de mulher é um jirau 
Para não molhar o quintal... 
No aroma da fumaça da borracha defumada 
E nas cinzas da lenha no fogão 
Estão as memórias em construção 
Dos  singelos sonhos de um verde verdadeiro... 
Bendito seja a dignidade de teus filhos, oh seringueiro! 
Que, na maneira solidária de partilhar, 
Tem sempre a oferecer 
Muito mais a que receber... 
Na mata dos fragmentos e sofrimentos 
Em encantos e alentos 
Naqueles torrões de tormentos 
Reconforta-se com o gosto, na realização, 
Da ternura sem o pão... 
Na eterna reconciliação  com o irmão 
De pleno coração 
Faz da identidade da Floresta 
Uma  vida  sempre em festa... 
