Vamos então ao conciso comentário sobre o livro “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, ali o autor fala sobre os humanos assim: apenas dois aspectos diferencia o Homo sapiens dos outros animais; e dentre o outro fator, foi através do seu poder de cooperação que o Homo sapiens saiu do continente africano e dominou o mundo, diferentemente dos animais, os seres humanos têm a necessidade de cooperar entre si, por um longo período de tempo, visando um objetivo comum, mesmo que não se conheçam...
O outro fator preponderante: a capacidade de imaginar, através da imaginação o Homo sapiens é capaz de acreditar em histórias, contos ou mitos, a ponto de tais crenças passar a assumir um papel importante em suas vidas... Basta que alguém conte uma história e outros acreditem para se solidificar uma crença, assim a nossa realidade é construída a partir da imaginação, considerada pelo autor a força mais poderosa dos humanos, permitindo-lhes a viver uma realidade dual... A sobrevivência da realidade objetiva depende da realidade imaginada: da realização de desejos que criamos, e que são transformados em reais... Este é o outro aspecto que nos diferencia dos animais, que vivem uma realidade objetiva...
Esse livro está sendo considerado inovador, pelo diferente enfoque que o escritor Yuval Noah dar a temas da historia da humanidade, como por exemplo, a revolução agrícola, onde ele expressa aspectos negativos, questionando o fato de que essa mesma revolução aconteceu em diversas partes do planeta ou continentes em tempos totalmente distintos, e não apenas da forma que a história acadêmica demonstra, como um marco da afirmação do sistema econômico da História da Humanidade... Do mesmo modo, ele questiona a própria ideia de revolução, dizendo que o homem, ao domesticar os animais e dominar o cultivo agrícola, na verdade se torna escravo dessa revolução; por mais que o cultivo do milho, por exemplo, tenha se espalhado pelo mundo, o homem foi apenas um instrumento usado para que essa expansão tenha acontecido... Mesmo que essa expansão tenha proporcionado um crescimento na produção de milho, aumento da população ou melhores condições de sobrevivência, foi a partir daí que o homem se submeteu a ser escravo do trabalho e passou a ter maior necessidade contínua de plantar mais para colher mais...
Resumindo: “o livro aborda a História da Humanidade desde a evolução arcaica da espécie humana na idade da pedra, até o século XXI... Sendo o principal argumento é que o Homo sapiens dominou o mundo porque é o único animal capaz de cooperar de forma flexível em largo número e o faz por ser a única espécie capaz de acreditar em coisas que não existem na natureza e são produtos puramente de sua imaginação, tais como deuses, nações, dinheiro.... O autor afirma que todos os sistemas de cooperação humana em larga escala - incluindo religiões, estruturas políticas, mercados e instituições legais - são, em última instância, produto da imaginação...
Outros argumentos relevantes do livro são os de que dinheiro é um sistema de confiança mútua; o capitalismo é uma religião e não apenas uma teoria econômica; outra ideia inovadora também é a afirmação de que período imperial foi o sistema político mais bem sucedido dos últimos 2000 anos”... Ele finaliza afirmando que o homem atual mesmo sendo mais poderoso que seus ancestrais não está mais feliz e questiona: será que toda revolução produzida pelo homem, toda evolução tecnológica, trouxe-lhe a felicidade ou satisfação?... Será que o homem atual é mais feliz que seus ancestrais ou o agricultor?... Afirma ainda que os humanos estão atualmente em um processo de modernização de seus deuses... Este argumento levou a produção de seu novo livro: “Homo Deus - Uma Breve História do Amanhã”...
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Pintura rupestre - Período Lítico