sábado, 29 de janeiro de 2011

A Origem de Tudo...

Convido-te agora para discordares de mim (se fores capazes de entender-me), espero oferecer-te argumentos suficientemente esclarecidos para poderes o fazer com tuas contradições!...

Vou partir do princípio de que o Planeta Terra é o vasto mundo para nossa perfeita compreensão da existência humana... Aqui não haverá um argumento apologético do processo civilizatório... Será, antes de tudo, uma demonstração do modelo de mulheres ou homens cuja história foi marcada por um violento processo de expropriação e exploração... Desejo entender (e não descrever ou analisar) a vida dos oprimidos e seus opressores (na sua origem): dos desvalorizados; desrespeitados; desclassificados; perseguidos, injustiçados; banidos e assim daqueles que foram forçados ou se auto-forçaram a viver na trilha do cantinho escuro da sociedade...

Talvez em nenhum momento haja uma demonstração das conquistas pela posse da Existência... Até poderei revelar a origem daqueles que não souberam resistir, e que se perderam pelos desvios da longa Caminhada da História Oficial Desumana e que foram impedidos pela contingência civilizatória de Ser... O existir é um ponto de partida, igualmente um ponto de chegada... direciono àqueles que são demasiadamente humanos, assim se preocupam pelo destino da História Humana, também àqueles que são inconformados com as injustiças social, e respeitam os direitos e a liberdade sócio-humana... Ao escrever sobre esse Vasto Mundo, pensei naqueles que acreditam na realidade construída pelas próprias ideias ou ideias, pelas ilusões ou sonhos, ainda pelas utopias e com a esperança no devir... Desta forma, tentarei atingir o poder sem, no entanto, fazer apologia a quaisquer movimento político...

Bem, tudo começou antes do Capitalismo construir suas altas pernas,  longos braço e voraz boca, e assim quando as culturas humanas foram sintetizadas pelos vários fatores da ordem social e biológica: contadas pela História Oficial, descritas pela Antropologia Biológica, analisada pela Etnologia... Contudo a Cultura constitui um amplo referencial de segurança para uma clara explicação dos paradoxos da servidão voluntária, bem como dos fenômenos de movimentos e conflitos sociais: até mesmo da extinção cultural ou estabilização; da hegemonia ou submissão de culturas; dos processos de ocupação territorial ou transformações e apropriação servil...

Enfim, cheguei à conclusão de que não vou conseguir falar sobre os paradoxos da servidão voluntária (essencialmente necessária neste momento), pois seria aí o encontro de subsídios essenciais para compreender a existência humana com suas pulsões individuais... Também, seria necessário para entender os fenômenos de movimentos e conflitos sociais nas transformações culturais, e da expropriação humana, pois as ideias das grandes paixões foram fantasmas  circunscritos pelos limites do psíquico individual que projetaram o agir no campo social, daí onde se compreende toda a origem das contradições por que passam as sociedades moderna, sem a compreensão das pulsões da morte e vida no homem ou mulher: não há possibilidades de compreensão sobre a extinção cultural ou estabilização, da hegemonia ou submissão de culturas, da exploração e expropriação humana, dos fenômenos de movimentos e conflitos sociais, conseqentemente da servidão voluntária...

Pois então (a máquina falhou)!... Perante o meu fracasso argumentativo: recorrerei aos questionamentos da “Psicanálise do Vínculo Social” feito por Eugène Enriquez (Da Horda ao Estado) sobre as sucessivas mudanças de pensamento do homem (e Mulheres) através do processo histórico... Eis a seguir as questões que ele esclarece na sua complexa obra (devo logo confessar: ainda não a li tão complemente para entendê-la e apresentar aqui uma reflexão sobre, é somente um trecinho da orelha, lol), vou ao que interessa:

“O século XIX foi o século da esperança no progresso e na capacidade dos homens de viverem fraternamente. O século XX é o século da inquietude e da desilusão com esse mesmo progresso. Por que os homens, que aspiram à paz, à liberdade e à plena expressão de suas individualidades, constroem, na maior parte das vezes, sociedades alienantes que favorecem a agressão e a destruição da vida comunitária?... Quais as ligações que existe entre destino individual e destino social?... Por que o social é o reino das pseudocertezas e do esquecimento da verdade?”... Agora, sou eu quem quer saber: Por que o século XXI é o reino da hipocrisia e das intolerâncias com as diferenças?... Por que neste mesmo século o que prevalece é a ascensão das máscaras e a queda das subjetividades?... Aviso urgente: isto que eu não consigo responder sobre este século XXI, Eugène Enriquez não esclarece...

Portanto, Enriquez faz, através da psicanálise freudiana e da “teorias do vinculo social, uma análise do poder nas sociedades modernas (e não pós-moderna), além de apresentar um breve estudo do Estado nazista do ponto de vista anti-semitismo e como protótipo do Estado-para-a-destruição. Concluindo com a idéia de que os homens querem manter a necessidade de um pai ou de uma organização toda-poderosa sem serem capazes de perceber a virulência das pulsões de morte que se escondem sob a máscara da vida social em cada homem, assim como eles sempre serão incapazes de fazer com que palavras e instituições novas e inéditas se transformem em palavras plenas e desmistificadoras... ‘Os bárbaros estão entre nós, em nós mesmos. Não esperemos para combatê-los quando se apresentarem vindos do exterior, pois eles não nos farão esta gentileza’.”

Este texto imbuído de emoção não foi concluído!... Ele estar totalmente aberto para (revisão) futuro e sucessivos argumentos e possivelmente maiores detalhes sobre a existência humana (não como posse, mas como a origem da democracia e do sistema ditatorial)... Também buscarei mais detalhes sobre a demonstração (conforme falei no início) do modelo de mulheres e homens, onde suas histórias foram marcadas por um violento processo de expropriação, exploração e apropriação da servidão voluntária, diante da pulsão de morte no limites da psique individual com suas consequências sociais... Eis que encontraremos a Origem de Tudo no vazio do Nada!... Ah!... Quantas angústias me proporcionam a Tecnologia Humana do Computador Cerebral!... Esta frágil Máquina – da Tecnologia Humana – chamada Cérebro: tem Vida Própria, por isso terei que ter domínio sobre a razão para poder domá-lo ( o Cérebro, claro)!... Um dia, espero que seja breve, voltarei para concluir, mas sem Paixão e motivada pela Razão!...