Gostaria de me insinuar nos desabafos que faço por aqui, por isso hoje eu vou acrescentar um argumento que havia esquecido sobre a atração entre almas, por eu supor que seja muito pertinente: a superação quando existe a impossibilidade da relação entre essas almas...
Não haveria, portanto, necessidade de continuar esse argumento se, lamentavelmente, não houvesse falta de comunicação... Indefinidamente, dou margens às palavras através de procedimentos que suponho ser um discurso desorganizado e redistribuído, porém selecionado e controlado sob a ótica da compreensão não-verbal... Eis uma condição muito sutil, quase insustentável, desse desabafo: a narrativa desconstruída e desconstituída de moralismo...
Sim, existem aquelas histórias onde dois seres que se amam intensamente têm que seguirem por espaços diferentes, e por fim viverem novas experiências, cumprirem outras missões, aprenderem outras lições, para que depois se reencontrem com nova compreensão sobre seus sentimentos... Mesmo que seja necessário manter uma certa distancia, nada impede que haja breves contatos... Certamente, quando as almas se pertencem sempre haverá uma ligação que possa lhes unir... O fundamental é viver em autenticidade, evitando enganar nossos corações com outro com corpo...
Enquanto escrevo e reflito sobre nossos conflitos, fico maravilhada por ter encontrado alguém que por sucessivos momentos vem alimentando o jogo de minhas fantasias; sem forjar toques ou fraquejar no olhar, nossos encontros irradiam a luz que exala nossos movimentos; livrando-nos do abandono dessa falta de copulação... Desse modo, fica prescrito que o real encontro é o verdadeiro prazer que sossega o deslumbramento da ausência, enquanto espero a volta... Nem um dos dois se conhecem ainda, no entanto a impossibilidade desse encontro se complementa com a paixão de pele; e a vertigem dos apaixonados é o gozo pelo sonho do tocar; existe aí uma cumplicidade que se transforma em bem-sucedidas hipóteses de amar aquele que a mim é desconhecido, mas que se revela quando cruza por entre indecifráveis passos...
Então, independentemente de qualquer distância, sempre haverá comunicação entre os seres que foram destinados a ficar juntos, sob essa visão transformamos toda inércia em possibilidades, pois nossos olhos começam a perceber os detalhas em nossa volta e se abrem para o novo, nos permitindo mais veracidade, que nos faz evitar os enganos de falsas conexões; desse modo as curiosidades se transformam em felicidade voltada para a completude entre o ir e voltar, para enfim nos conectar com aquele que juntos devemos ficar... Daí, tudo se transforma em oportunidades de preencher o vazio que antes se instalava no peito motivando as insatisfações e as saudades inexplicáveis; e por fim jamais nos aventuramos em outra relação enganosa... Talvez isso transcenda os limites da razão, mas fica por conta da emoção voltarmos confiantes para quem devemos estar sempre envolvidos pelo verdadeiro amor...
Acreditando na existência do momento certo para que possamos dar continuidade a nossa jornada, finalizo com essas palavras, do pensador Voltaire, que assim nos confirma: "As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-o navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens, nem aventuras, nem novas descobertas"...
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