sábado, 10 de novembro de 2018

A Espera do Desconhecido...

Querido Desconhecido, venho através dessas palavras para lhe falar que já não aguento mais esperar... 

Se aceito um julgamento?... Não, evito arriscar julgar o que nos é ainda pouco conhecido... Mas já não sei se é o acaso que insidia essa tortura amorosa ou se é essa falta que sinto de suas mãos delicadas, sua boca suave a pronunciar palavras carinhosas; na verdade sinto, continuamente, falta dos confortantes gestos que jorram do seu corpo em movimento... Os mínimos acontecimentos já me fragilizam; bem sei que foi o tempo que nos aproximou, porém esse mesmo tempo está nos afastando... Por vezes, heroicamente, me arrasto no ritmo de uma vida que parece não mais existir, porque você nuca está aqui... A futilidade dessa inexistência se torna numa única certeza: a espera de ver você chegar... 

Talvez seja os acontecimentos fatuais dos quais intrigam as dificuldades dos incidentes que não asseguram essa presença desejada... Respiro, e sonho em realizar as conquistas do hoje... Espero por existir um momento de forma certa... Penso: incidentalmente, surgirá a palavra doce que irá indicar minha paciência com o mundo ao nosso redor que, por hora, insiste em não refletir aquilo que mais almejo e desejo, internamente... Revirar-nos de dentro pra fora não irá nos tornar mais claros ou límpidos... Olho, lentamente e vagarosamente, o que os dias nos trouxeram, longe do afã e sem ansiedade, planejo os momentos que virão afastando as imposições e dilacerando qualquer forma de controle... 

Desconheço todo ressentimento, não sou mulher de fatalidade... Evito recriminar, não suspeito, mas procuro as causas; tento vislumbrar a extensão da situação a qual estamos envolvidos... Percebo os elementos da casualidade aflorando nossos anseios, e, histericamente, meu corpo grita uma declaração solene na esperança de sentir uma atitude benevolente... Desbloqueio o pensamento e percebo que, na verdade, está tudo bem, são apenas os medos que estão relacionados por não saber sobre como receber o amor... 

Afinal, tudo é novidade: tanto amor assim assusta e desperta a insegurança... Tudo é diferente dos sentimentos anteriores... Afugento as ideias de sofrimento, aquelas que não complementam e nada satisfazem... Pois o instante presente é de viver e explorar o novo... A entrega deve acontecer com total confiança em si mesma, para recuperar o que foi negado outrora... Enfrentar a melhor versão que existe em nós sem medo é necessário, para tornar nosso mundo mais colorido e feliz... Quanto mais amor, mais liberdade... Enfim, assim reafirmar a coragem de se posicionar com equilíbrio frente aos novos desafios que irão surgindo: eis a chave do enigma, as escolhas serão sempre nosso melhor desafio... 
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