sábado, 1 de agosto de 2015

Prelúdio...

Na boca, o eterno desejo de beijar...

Às vezes, nem sempre são os sonhos
A percorrerem por tênues linhas do horizonte...

Assim avança o chão quente e cruel da realidade
Que delimitara os anos outrora dourados
Aqueles que se passaram 
E suas marcas foram cravadas na pele
Com profundos sulcos 
Feitos por afiados arados da ingratidão... 

Na alma, as rugas da desilusão...

Um estilhaço de paixão
soltara dos vales, vilas e aldeias
compondo a geografia desse verão
Salto à frente e arranco dos ombros
o tronco amargo da compaixão...

Quisera o passado
fosse apenas um reflexo
de doces quimeras 
da recordação...

Destroços: prelúdio oculto
da debilidade  senil
de nossas mãos...

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