Na boca, o eterno desejo de beijar...
Às vezes, nem sempre são os sonhos
A percorrerem por tênues linhas do horizonte...
Assim avança o chão quente e cruel da realidade
Que delimitara os anos outrora dourados
Aqueles que se passaram
E suas marcas foram cravadas na pele
Com profundos sulcos
Feitos por afiados arados da ingratidão...
Na alma, as rugas da desilusão...
Um estilhaço de paixão
soltara dos vales, vilas e aldeias
compondo a geografia desse verão
Salto à frente e arranco dos ombros
o tronco amargo da compaixão...
Quisera o passado
fosse apenas um reflexo
de doces quimeras
da recordação...
Destroços: prelúdio oculto
da debilidade senil
de nossas mãos...
*.*.*.*.*