sábado, 3 de janeiro de 2015

Anna Karenina...


Normalmente não consigo cumprir aos desafios os quais proponho para meu Mundo, como, por exemplo, relatar minhas percepções acerca dos livros que li ou reli, do mesmo modo ainda não consegui selecionar os filmes que se adéquam a esse Mundo, nem escrever análises sobres aqueles bons filmes a que assisto ocasionalmente, mesmo assim: contínuo  com o propósito de arquivar, aqui, leituras que me atraem e a sugestão de alguns  filmes... 

Volto, nesta postagem, a fazer dois registro: primeiro um belo filme (adaptação do romance de Leo Tolsttoy) que acabei de assistir, com um trecho da resenha deste link... segundo, deixo neste link  o próprio romance Anna Karenina  de Leo Tolsttoy...  

... "Joe Wright, que tem bons filmes em seu currículo como Desejo e reparação, Orgulho e preconceito, e que mais recentemente dirigiu o filme de ação Hanna; faz deste filme uma obra de arte em termos de técnicos, como figurino e cenários, mas não parece ter uma direção certa para ir como em seus filmes anteriores. Apesar de ser corajoso na forma em que adapta o filme, ainda assim não consegue fugir das convenções do gênero.

Ele é corajoso por seguir uma linha diferente do que já havia feito. Várias vezes, vemos as cenas se desenrolando como se fosse um teatro (eu diria que pelo menos metade do filme foi realmente rodado em um teatro), com trocas de cenários e tudo o mais. Mas ao mesmo tempo, não é um teatro. Ele mistura as linguagens de forma a fazer uma coisa diferente. Não temos um filme convencional e não temos um teatro. É uma pena que esse coragem estética não tenha sido acompanhada de uma coragem literária de realmente nos surpreender.

Anna Karenina é uma mulher que comete adultério e se apaixona verdadeiramente por seu amante. Ela não abandona somente seu status perante a sociedade para ficar com ele, ela abandona seu filho, se torna a principal fonte de intriga e fofoca entre seus iguais (que já não mais a consideram iguais), e paga um alto preço por sua paixão. Seus sentimentos são verdadeiros, mas ainda assim não há espaço para quem comete um "erro" desses. Suas escolhas são inaceitáveis perante a sociedade.

Karenina (Keira Knightley) se apaixona por Vronsky (Aaron Johnson), que não parece conhecer muito do que pode acontecer quando se tem um caso com uma mulher casada. Seu marido é Karenin (Jude Law), que parece perceber o romance e apenas pede para que a mulher seja discreta. Mas ela é apaixonada demais para discrição, o que a leva à ruína. O romance, paixão ou mesmo a atração podem ser passageiras, mas a fama que ela adquiriu ficará para sempre.

O filme é muito extravagante e bonito, mas a produção acaba se sobrepondo à história"... 

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