Pressinto-te na escuridão do tempo
A penetrar por entre brisas
E ventanias
Nas nuvens, transforma-te em
luz de estrelas
Nas noites de luar, és o brilho a transladar
Impávido a seguir os raios
Que aquecem o meu tenebroso inverno...
O Sabor da pele, sinto
O tom da voz, ouço
O aroma do suor, aspiro
Em lugares que nunca frequentei
Nos filmes a que nunca assisti
Em noites que jamais escureceram
Assim, pois
Com a intimidade do coração
Navegarei
Na exatidão selvagem do teu olhar
A movimentar um clarão sem luar...