Nada compreendo sobre música clássica, por isso nada tenho a declarar sobre
esta; devo ser frugal de agora em diante... Mas ela (esta sinfonia) remete-me à
necessidade de parcimônia; também nem sei o porquê, porém é um sentimento que me
pede mais calma em tudo: menos sofrimento, menos dor e desânimo, pois tudo isto invade meu ser: nesse momento de profunda angústia
e total falta de esperança...
Somente as lágrimas aliviam tal sentimento, o pior que elas (as lágrimas, claro!) ficam mais intensas quando ouço a tua melodia sinfônica... Tempos de marasmo e imobilismo me anestesiam: sinto que estou condicionada à tua escritura...
E as labaredas de tantas veredas invadiram as chamas do meu
desejo: tudo que me restou foi um fogo congelado, que nada aquece e nem cinzas
produzem... Estou morta: sem vida na própria Vida... Será o início do fim?...