quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fado ou Destino?...

O que acontece quando uma história nos sensibiliza tanto que se transforma numa comoção indescritível?... Eu também não saberia responder, porque seria a minha própria História!... Infelizmente, ainda não aprendi a amar a inveja dos algozes...

Diante às adversidades lidas e percebidas através de difíceis realidades, absorvo-me na mesma introspecção de sempre e sou conduzida a uma profunda viagem à infinita consciência de mim mesma...  Assisto ao meu trailer e vejo um pedaço de mim em cada drama de filmes que retratam realidades de épocas remotas; assim como revivo fatos dos quais leio em alguns bons romances realistas que expressam o determinismo das sociedades positivistas... Mudam-se os hábitos, passam-se os anos e as épocas, porém a violência, os preceitos e preconceitos dos hipócritas arrogantes permanecem os mesmos, mas com uma roupagem bem sutil ou perversa, e com máscaras (na hora certa elas caem) impossíveis de serem dilaceradas...

Não sou provida de subsídios para afirmar que cada escolha é uma perda, talvez nem mesmo os filmes dos quais assisti ou as as leituras, feitas a qualquer custo, tive opção de escolha... Quanto àquelas escolhas de vida jamais foi-me possível fazê-las também; na realidade onde vivo, nem todos os seres viventes têm o direito de escolher  isto ou aquilo: impor é a Ordem...

Mas que grande confusão!... Tudo isso somente para tornar a repetir que, mais um ano se passou, ainda não descobri o que o destino tem reservado para mim... E se destino for o desígnio de que falam os doutos e os dicionários, devo permanecer com meu fado sempre em busca doutra direção, sobretudo refletindo sobre certas incógnitas contidas em pensamentos como este que segue de Jean de la Fontaine: “Muitas vezes encontramos o nosso destino na estrada que tomamos para evitá-lo”...

A única certeza que em mim permanece é esta: satisfaço-me e realizo-me ao saudar o Sol de cada manhã!... E alimento-me de sonhar para reavivar a magia que me faz evoluir...

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Pintura: Vicente Romero Redondo