segunda-feira, 18 de março de 2019

Desejo das Palavras...

Por isto estou aqui, novamente, cheia de ternura, às vezes, desistindo e resistindo, mas existo: eis a essência do meu ser que me impossibilita qualquer encontro consumista das farras capitalistas...

Aqui, na solidão e no silêncio da ausência; envolta dessa imensidão verde: fico pensando (mais uma vez delirando com o cheiro forte das tuas palavras), e com o desejo que consome meu corpo, lembrei que as tramas do Tempo que nos aproximaram se entrelaçaram, se fragmentaram e, secularmente, foram ignoradas; abarcaram todas as impossibilidades dos encontros que desconstroem a vida.... Nós existimos na maioria desses tempos... Tempo que, em alguns momentos, existiram o Outro, tu e eu; eu em ti, tu em mim e todos os outros em nós dois...

Assim, foi quando eu compreendi que a linguagem é uma pele, então esfreguei minha língua em ti e senti que a única palavra que exige a verdade é esta: a linguagem do corpo... Por isso, eu sinto: existo para me consumir em desejos e, na solidão de um mundo sem fim, embeber-me com o cheiro forte da saudade... Sofro com a dor de uma ausência inexplicável, sinto falta do teu corpo junto ao meu; assim dissolvo-me toda de tanto prazer, nem sem o por quê...

Mas sei que o orgasmo
É um instante sem dor

Loucuras e desejos
Em sedentos movimentos

Mãos que segura
E tudo escapam

Corpos que são o encontro
Da turbulência de dois rios

Introduzi meu desejo
Em teu corpo

Derramei minha carência
Por sobre ti

Escorri por entre
Tuas pernas

Essa foi minha única saída
Sob o teu líquido
Que me banhou

Curei-me no teu hálito
Que habitou
A pátria do meu desejo

E, embriaguei-me
Com teu cheiro forte de prazer

Nós saímos da Real...
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Imagem Google