domingo, 3 de abril de 2016

Clausuras...

E nos territórios desertos
De onde desertaram
As gerações que ambicionaram
A rica história sem raiz
Herdei o fascismo
Sem ponte com a memória...

Percorrer o mapa de teus ideais
Confunde qualquer movimento
Em trajeto que possa identificar
A subjetividade da identidade
Daquilo que exprime o percurso autista
Das costumeiras linhas erráticas
De meus anseios...

Pois estranho foi-me o ser
Arquétipo das qualidades
Duma substância atrelada
A um caminho
De acontecimentos confusos...

Em refluxos, sem forças,
Retorno à conexão da lógica inicial
Estou enclausurada
Numa alma sem nexo...

Intrínseco é o masoquismo
Dessa distância...

Evocação dum coletivo oprimido
A tentar um enunciado
Que foge do declínio...

São essas imagens
Com as quais fico a me questionar...

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