Se o mundo do desejo
É desejar sem tocar
Aí o amor pode estar...
São árduos os compassos
De nossas almas
Mas a inércia também
Mobiliza cada passo...
Sussurrando vamos seguindo
Como amargos amigos nos dissolvendo
Com profanação ao ouvido
Na ausência onde não há sentido
Inocentes amantes fazem ruídos
Nos oásis de tempestades e gemidos...
Leigos de antes
E lunares amantes
Transformam-se em singulares
Rios de prantos...
Trepidam no firmamento
Consistindo-se em elementos
Inseguros no pensamento...
Na falta feita de afeição
Sem o toque dos lábios
Nem das mãos
Similarmente, os olhos vão...
E com a expansão não sofrerão
Fixo e móvel verão
A distância inclinar-se no regresso