domingo, 20 de janeiro de 2013

Ser Mulher: Uma Doce Escravidão na Liberdade...


Às vezes, o dia necessita de mais 24 horas... Ser mulher na plenitude de sua feminilidade é sinônimo de convivência com as mais diversas formas de escravidão... Apesar de que a mulher já conquistou a abolição da total escravatura, porém não significa que ela esteja totalmente livre do seu real estigma passado da tirania machista: poder é Poder e não se vence assim um pensamento, de séculos e séculos dos milênios da Civilização Humana, tão facilmente, principalmente, nas sociedades modernas que o machismo é uma tirania também feminina...

Ou melhor esclarecendo, quando digo que a Mulher já conquistou seus direitos, não quero aqui utilizar o discurso Oficial, pois as tais conquistas fazem parte do processo natural de evolução da sociedade... Nem tão pouco tenho, cá, a pretensão de reunir as marcantes mulheres representantes do heroísmo feminino (em outro momento eu pesquiso e cito os nomes), pois deveríamos mesmo conhecê-las, isto, sim, seria fundamental... Por outro lado, essas verdadeiras representantes do sexo feminino, que levantaram a voz e partiram para o combate, são aquelas que defenderam uma luta pela dignidade humana: lutaram a favor de mulheres, homens, jovens, idosos, crianças, negros e índios(este em prol da diversidade racial)...

Enfim, jamais as lutas femininas devem ser compreendidas simplesmente em nome de um Movimento Feminista... Penso dessa forma porque o mundo vem passando por profundas transformações, e as melhorias nas relações de gênero seriam inevitáveis; tais mudanças são bem visíveis, mesmo diante de tantos preconceitos ainda existentes, negros e índios já têm espaço na sociedade e são tratados de acordo com sua diversidade cultural; crianças e idosos têm suas Leis de proteção (quando penso que fui uma criança escrava, choro só de lembrar {risos})...

Mas percebam que nem tudo é um Mar de Rosas sem Espinhos... Primeiro porque o preconceito que nos ronda é terrivelmente notório, sobretudo por ser uma marca registrada no cerne humano, daí ele jamais será eliminado da sociedade, facilmente... Outro detalhe: a escravidão continua, contra negros, índios e brancos das classes Alta, Média e Baixa, com suas formas mais sutis de sempre... Entretanto quero me resumir, nessa provisória conclusão, à situação de submissão que ainda vivem os humanos, inclusive as mulheres, perante esse sistema escravocrata do capitalismo irracional... Tendo em vista que a escravidão do Século XXI é a do consumo...

Pois bem, diferentemente do período colonial, os humanos não são vendidos de um dono para outro, contudo continuamos escravos de um sistema que governa o Planeta... E um país onde uma pequena minoria usufrui dos bens de consumo que a grande maioria produz, é um país ainda escravocrata, no entanto não significa que a grande maioria de consumidores, que compõem a elite, estão livres de sua própria escravidão, pois o sistema capitalista já evidenciou seu sinal de fracasso e aí a escravidão é duma sociedade de abundância condenada a naufragar numa miséria global, na sua degradação humana... 

Enfim, a escravidão consumista é a dependência do medo de uns e a consciência de outros; o consumo irracional que serve como condicionamento da mente humana, gerando as mais diversas formas de vícios: drogas lícitas e ilícitas; sofisticadíssimos produtos industrializados e todas as suas formas tecnológicas nos dominando... Além da assimilação de uma ideologia da falsa liberdade que leva os seres às mais diversas formas de promiscuidade sexual... E a mulher, pois, consciente de sua feminilidade, continua a sofrer, nesse processo de escravidão do capitalismo consumista, e perante a liberdade sexual desequilibrada, com sua plena consciência de companheira, amiga, mãe ou progenitora de uma sociedade em desordem,  é, notoriamente, desrespeitada  por outras mulheres politizadas... 

Existem homens, sensíveis e conscientes, também escravizados?... Com certeza existem, sim!... Mas aqui falo-escrevendo por mim (diante das poucas observações de pessoa comum, no convívio social) e pela compaixão aos seres desprovidos de Direitos e por  tudo aquilo que sinto na própria pele que me habita; inclusive pelo que certas feministas fizeram contra minha pessoa, CIENTIFICAMENTE, Oficial... Igualmente, como toda boa família é dividida entre pobres e ricos (a minha também), pela política-capitalista-competitiva de família que é-me  um atraso de vida...