sábado, 29 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Pureza...
... "Vou ensinar a sinhá pureza
A dançar o meu sirimbó
Sirimbó que remexe mexe
Sirimbó da minha vovó
Vai dançando sinhá pureza
Rebolando pode requebrar
Carimbó, sirimbó é gostoso
É gostoso em Belém do Pará"...
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Desejos...
Assim para sempre será:
O teu desejo
Meu desejo de amar
Na pele que sacia
A sede de gozar...
Nossos sonhos secretos
Sempre teu será
Na intimidade
Que exala o prazer
Do teu penetrar...
terça-feira, 25 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Catarse do Bem-Estar...
Sem nenhuma explicação
Deságua meu coração
Num presente distante
De tanta emoção...
Como sentimentos
Em ninhos
Preenche-se de Amor...
E desperta do profundo sono
Na indiferença da dor
Sensato é o hiato
Entre o além e o mar...
Surge a crença da sã esperança
De redimir a dicotomia de amar
Catarse da concessão de bem-estar...
sábado, 22 de setembro de 2012
Império das Flores...
Ipê uivando
No vendaval levando
O aroma de todas as Flores...
A consumir as dores
E transformando em colores,
Das eternas lições,
Na telúrica ternura de amar...
Com vivência se faz vidas
Nas cores das Margaridas...
Gira girando a seguir
O Sol com o Girassol...
Envolvente é a majestosa Rosa
E a beleza dos Lírios...
Alimentos e fragrâncias
Do néctar que suga os beija-flores...
E no sonho sonhado do cristalino orvalho
Revela os Cravos
Os segredos da meiguice de olhar...
E o que faz vibrar a doçura dos lábios
Com as asas dos colibris?...
Juro que nada sei, mas
Juro jurar jamais!...
Brilhos da Natureza!...
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Perdida na Multidão...
Imagens irreais
Duma sociedade real
Eixo propulsor que mobiliza
A propriedade essencial dos seres...
E no espetáculo da vida
Um conjunto dessas imagens em ação
Aponta a direção...
Todas numa grande cidade
Construindo uma efêmera ilusão
No exílio dessa realidade
Sofro perdida na multidão...
Mesmo sob a claridade das luzes
O que impera é a escuridão
Com o fascínio de tanta massificação...
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
A Sociedade do Espetáculo...
Adoro acordar todos os dias me sentido de bem com a vida, para isto acontecer naturalmente analiso constantemente minhas falhas; daí que num desses momentos de análise, e perante todas as delongas das minhas constantes buscas de superação da ignorância, encontrei, em uma das pesquisas no Google, o livro A Sociedade do Espetáculo, de Guy Debor...
Sem nenhuma intenção de apresentar, aqui, um discurso que expresse o ponto alto dos nossos próprios limites: postarei alguns fragmentos deste livro como sugestão de boa leitura que possibilitará o alívio dos sintomas da ignorância... Esta obra foi publicada pela primeira vez em novembro de 1967, em Paris; uma serie de reedição sucederam até 1991; percebe-se então a fundamental importância dela para compreendermos um pouco sobre a desordem a qual se instaura no Mundo atual...
... “Toda a vida das
sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como
uma imensa acumulação de espetáculos... Tudo o que era diretamente vivido se esvai
na fumaça da representação... As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
vida e fundem-se num curso comum, de
forma que a unidade da vida não mais pode ser restabelecida... A realidade
considerada parcialmente reflete em sua própria unidade geral um pseudo
mundo à parte, objeto de pura contemplação...
A especialização das imagens do mundo acaba numa imagem autonomizada,
onde o mentiroso mente a si próprio... O espetáculo em geral, como inversão concreta da vida, é o movimento autônomo do não-vivo.
O espetáculo é ao mesmo
tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de
unificação... Enquanto parte da
sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda a consciência. Por
ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência; a unificação que realiza não é outra coisa
senão a linguagem oficial da separação generalizada... O espetáculo não é um
conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por
imagens.
O espetáculo,
compreendido na sua totalidade, é simultaneamente o resultado e o projeto do modo de produção existente... Ele
não é um complemento ao mundo real, um adereço
decorativo. É o coração da irrealidade da sociedade real. Sob todas as
suas formas particulares de informação ou propaganda, publicidade ou consumo direto do
entretenimento, o espetáculo constitui o modelo presente da vida socialmente
dominante... Ele é a afirmação
onipresente da escolha já feita na produção, e no seu corolário — o consumo”...
terça-feira, 18 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Languidez...
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar...
E a minha boca tem uns beijos mudos...
E as minhas mãos, uns pálidos veludos,
Traçam gestos de sonho pelo ar...
(Florbela Espanca)
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
O Tempero da Vida...
Profa. Dra. Vitória Kachar
Título Original: Politiki Kouzina / A Touch of Spice
Gênero: Drama
Origem/Ano: GRE-TUR/2003
Duração: 108 min
Direção: Tassos Boulmetis
Gênero: Drama
Origem/Ano: GRE-TUR/2003
Duração: 108 min
Direção: Tassos Boulmetis
Fanis Iakovidis é professor de astrofísica na universidade de Atenas, na Grécia. Na infância, foi um dos milhares de turcos de origem grega convidados pelo governo a se retirarem da Turquia. Esse é o plano de fundo; um contexto político para um (pre)texto familiar.
Fanis, amadurecido, em torno dos 40 anos de idade, depois de muitos anos de exílio, precisa voltar ao seu país natal por causa de Vassilis, seu avô e mentor que vive em Istambul e desenvolveu uma peculiar culinária. Essa viagem de volta desencadeia uma outra no túnel do tempo. São suscitados questionamentos existenciais em Fanis, fazendo-o rever sua forte ligação com o avô e seu elo perdido com o grande amor da sua meninice.
O filme “O tempero da vida” como uma paisagem de mesas recobertas de pratos de comidas de dar água na boca, lembra-nos “A festa de Babete”, um íntimo jantar com sofisticados pratos preparados com prazer e saboreados como um brinde à amizade. Ou então a fábula “Chocolate”, onde a forasteira (Juliette Binoche) com sua alquimia acrescenta condimentos afrodisíacos aos bombons, estimulando a liberação do comportamento das pessoas. E também, “Como água para chocolate”, onde emoções fortes e profundas emergem como erupções do coração.
Dois importantes pontos de confluência: um é o prazer de preparar e saborear a comida e o outro, a magia contida na alquimia da elaboração que torna possível a transformação do ser.
“O tempero da vida” nos faz sentir novamente a poética perdida no dia-a-dia. Resgata valores essenciais que se constituem na infância ao redor das relações familiares e que se tornam base para projetar o futuro do indivíduo.
É sob esse olhar das lembranças de Fanis que se desenrola o filme. São nas reuniões em torno de uma mesa repleta de pratos de comida onde acontecem os grandes e pequenos momentos que definem os rumos e destinos de um casal, de uma família ou às vezes, questões políticas decisivas do país. É no ambiente familiar que se constituem os princípios e valores na formação da personalidade; o destaque fica para o papel do avô. Figura símbolo de vivência pouco explorada no cinema e na televisão[1].
O filme pode ser recontado a partir de um menino e o seu vínculo afetivo com o seu avô. Assim, Fanis ao rememorar sua meninice, toca na história da criança que habita cada um e com ela as lembranças que ficaram como linhas que traçamos para arquitetar a nossa existência.
Infância presença marcante na vida de todo adulto[2].
O menino, aprendiz do avô, observa e escuta atento e voraz a sabedoria contida nas entrelinhas das conversas sobre comidas e temperos que dizem muito mais do que isso. São receitas com ingredientes para condimentar a vida.
Vassilis é um avô exemplo para se ter na referência de mundo, na passagem das tradições e ensinamentos de uma geração à outra; o contato com as origens étnicas e culturais da árvore genealógica.
O avô meio mago é dono da loja de condimentos e ensina através deste universo ao seu jovem discípulo, conhecimentos construídos nas duras e sensíveis experiências de quem muito já viveu.
Um bruxo do bem com o seu sótão quase misterioso que só iniciados podem adentrar e conhecer.
Um vendedor que oferece generosamente seus conselhos a todos os clientes para enxergarem a situação por um outro ângulo, mais amplo e cósmico, como o desenho de universo feito com os temperos.
Depois do filme ficam as perguntas: o que fizemos com a figura de avô que vive em nós? Onde estará o avô das crianças de hoje e de amanhã?
O Prazer Nosso...
Amada minha que estais no cio; cultuado seja o vosso corpo; venha o prazer ao nosso leito; sejam saciadas nossas vontades, sem tabeliães e sem véus... Um amor pleno de poesias gozai hoje; desfrutaremos nossas querenças; um minuto sequer não percamos, discutindo leis que nos têm reprimido... Axé!...(Oubi Inaê Kibuko - CN 11, p.63)
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Poesia Erótica...
O erotismo está presente na literatura da antigüidade até nossos dias. Sua manifestação se dá segundo determinado meio social concebe, de forma predominante, o corpo. Mesmo nos períodos de forte repressão, como a chamada Idade Média européia, em que aprendemos ter sido de predomínio da igreja católica, houve significativa manifestação do erotismo. Por exemplo, as cantigas de escárnio e maldizer portuguesas são alguns testemunhos de transgressão do moralismo dominante naquele período.Quando vemos que hoje o acesso a filmes, revistas, livros, utensílios e serviços sexuais é tão simples, mediatizado pelo dinheiro, podemos nos perguntar: o que resta à arte, em termos de abordagem do erotismo? Antes de nos aventurarmos pelos caminhos desta resposta, coloquemo-nos outra, mais precisa, ao que pretendemos tratar aqui: a poesia acompanhou tal disseminação informativa e excitante do sexo?É preciso estabelecer que o erotismo é uma transgressão baseada no desejo impedido de encontrar sua satisfação.Esse desejo de se perder, que trabalha intimamente cada ser humano, difere entretanto do desejo de morrer na medida em que ele é ambíguo: trata-se, sem dúvida do desejo de morrer, mas é, ao mesmo tempo, o desejo de viver nos limites do possível e do impossível. (Bataille, 1987, p.223).O erotismo na Literatura Brasileira tomou as feições derivadas da "moral e bons costumes" do "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço". Trafegou através dos quatro séculos passados com raras ousadias eróticas, a primeira Gregório de Matos. Os autores que se aventuraram a tratar de sexo em poesia, quase sempre o fizeram às escondidas, apelando para pseudônimos. Suas obras foram relegadas ao plano da má ou subliteratura. Merecidamente? Apesar dos critérios de julgamento estarem comprometidos com a moral vigente, a circunstância de marginalidade temática e perseguição redundava em desleixo, usado até mesmo como disfarce de estilo, como é o caso do Elixir do Pajé, de Bernardo Guimarães, o mesmo autor de Escrava Isaura.xxxxxxxxxPor outro lado, não é tradição dos movimentos revolucionários colocarem o sexo em suas propostas. Nisso assemelham-se àqueles que combatem, mantendo-lhes os pressupostos moralistas. Os movimentos sociais contemporâneos, sendo setoriais, não encaram a vida como um todo integrado. Prevalece a visão de ser humano dividido entre o corpo e a alma (ou espírito). O primeiro, menos importante que o segundo, deve ser mantido sobre severo controle. O Movimento Negro segue o mesmo diapasão, desprezando a sexualidade enquanto tema, não a enxergando em sua análise do racismo, a não ser como denúncia à "exploração sexual da mulher negra". O puritanismo ainda permeia o discurso militante.O fenômeno que ocorreu com as entidades da igreja católica, em que ‘os desejos da carne passam a ser vistos como uma doença da alma que é preciso extirpar para salvá-la da danação. Daí que, em vez do domínio de si, o Cristianismo recomende aos fiéis a renúncia de si, a abdicação dos desejos em nome de uma pureza cujo modelo é a virgindade. Sob a égide do mito da Virgem procriadora, mas de todo dessexualizada, a carnalidade feminina é desterrada para a ordem do demoníaco’. (Paes, 1990, p.18).Assim, ao fazer uso de certos elementos religiosos, os poetas traçam a reversão dos significados:Te amo...A lembrança é concretaTeu hálito roça-me a faceO desejo afasta o ridículoNo suor o visco do espermaNa boca o gostodo faloIndecentesTuas mãosTateiam meu corpoo orgasmo varrevalores, pecadosTe amo.
Por Luiz Silva... Cadernos Negros, aqui...
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Sólo el Tiempo Dirá...
... "No preguntes por saber
que el tiempo te lo dirá
que no hay cosa más bonita
que saber sin preguntar"...
Eis aqui o link da imagem e do poema...
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
No Vento do Tempo...
E agora Vento o que faço?
Se tudo que eu sabia fazer era viver
Para o teu Ser...
Bem sei que o vento mo dirá
Que para obter a resposta
Basta saber esperar o tempo...
Mas insisto em perguntar ao Vento:
Quanto tempo o Tempo vai demorar
para fazer você entender
que nem sei mais viver sem você?...
Mesmo assim tão distante,
Já agora vejo o vento levando
Todas as perguntas...
Tua presença permanecerá
Para sempre dentro de mim...
Eis a melhor resposta do Tempo!...
sábado, 1 de setembro de 2012
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