Num súbito desejo, invade-me uma imensa necessidade de agradecer ao Universo por está me conduzindo nesta enigmática embarcação: a Vida!...
Viver, muitas vezes, para mim, representou – frente à crise em que, atualmente, se encontra a humanidade, e, em particular, a prática das relações humanas – uma busca constante ao passado das tradições... Eu não conseguia perceber que dessa forma abandonava de lado os ensinamentos modernos: quando dizem que viver é estar e usufruir o presente; sempre apoiava-me num pensamento dos costumes tradicionais de outrora para compreender o existir agora... Assim esquecia de viver...
Já agora penso que devo assumir a vida/presente, entender é aceitar os fundamentos da existência como contínua superação das tensões entre o meu Eu Sujeito e meu Eu Objeto, o Outro e o Mundo, a morte e a Liberdade perante as intensas indagações interior sobre o processo existencial de nossa condição humana...
Nessa perspectiva, assumo a realidade afirmando-me numa forma a qual eu possa alicerçar uma compreensão mais objetiva ou construtiva de vitalidade: para assim vivenciar e descrever um novo prisma ao Olhar (aqui foi quando aprendi a não esperar mais nada de ninguém: faço eu alguma História, e já não temo mais as surpresas da vida), porquanto isto permitirá a mim reconstituir-me numa dimensão original ao reconhecer em que ponto real do presente encontro-me e qual o mundo de significações eu construí...
Enfim, é chegado o momento de agradecer ao Universo por ter-me permitido o cruzamento entre as trilhas da minha vida com as estradas dos peregrinos da escrita... Com isto quero agradecer a todos que me aceitam na condição de aluna na escola do viver...
Sou muito grata por ter encontrado escritores que me permitem ouvir o som de suas palavras e sentir o sabor de suas escritas...
Minha gratidão também lá do fundo do coração aos amigos e seguidores do Twitter, Facebook e os autores dos blogs com os quais aprendi a arte de compartilhar sentimentos; como agradeço também aos falsos amigos(as) que me ensinam a dizer NÃO e a evitar ser como eles(as) são... Este é um agradecimento que demonstra aos infelizes e hipócritas o prazer da sinceridade, pois eles sofrem por não sentirem o sabor do amor e o valor da amizade, por se firmarem nas avarezas e desprezarem a simplicidade enquanto bem maior na arte de se relacionar com seu próximo...
Meu eterno agradecimento por todas as leituras que domesticaram meus instintos selvagens, ao que possibilitaram minha Paixão pelo Conhecimento... Ainda meu infinito agradecimento aos deuses da arte de poetizar, compor e interpretar, sem a música e a poesia eu nem existiria...
Os meus mais sinceros e profundos agradecimentos, em especial aos meus Pais e Avós que me iniciaram a sabedoria de harmonizar o coração e aceitar a simplicidade como trajetória de humanização; aos outros membros da família sou grata: tias, tios, irmãos, irmãs, sobrinhos(as) e primos(as) por me ensinarem que não vale a pena odiar, sentir inveja e ciúmes... Minha gratidão afetuosa aos seres especiais que cruzam comigo pelas trilhas da caminhada e exalam o aroma da paixão, do desejo e da amizade, que me permitem sonhar com o doce sabor do tocar, sentir e desejar através do olhar...
E, para sempre fico agradecida aos filhos e netos que me encaminham, nessa árdua e deliciosa arte de viver, aprendendo a amar e amar cada vez mais na incessante ternura do existir na condição de mulher-mãe-avó...
Finalmente, muito obrigada, meu Senhor e meu Deus, por esta Divina Luz do Universo que nos mobiliza!...
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Pintura: Vicente Romero Redondo