Perdoem a minha indelicadeza, mas estou me preparando para o futuro... A cada dia sinto-me mais impotente diante das calamidades que assolam nosso Planeta... E para preencher o vazio humano o qual impera no Sistema que Rege nossas vidas, busco sempre que possível o pensamento dos Sábios... Hoje lembrei de recorrer, mais uma vez, ao pensador moderno Edgar Morin...
Pois bem, como de praxe, devemos pensar na educação como forma primeira de preparação para o futuro... Esse futuro que vem anunciando o caos estilhaçando todo o planeta Terra... Daí Edgar Morim nos reafirma, em seu livro ‘Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro’, que atualmente o ensino necessário deve ter como fundamento os princípios básicos sobre a condição humana, pois a urgência atual da educação não é apenas um ensino com tecnologias voltadas para a capacitação de futuros profissionais direcionados ao mercado de trabalho, mas sim, primeiramente, a formação de verdadeiros seres humanos...
Ele, Morin, nos alerta para a ‘era planetária' a qual vivemos, onde os paradigmas culturais devem ser rompidos dando passagem aos valores comuns à humanidade... Para entendermos melhor esse tema, basta nos reportamos a todas as situações conflituosas no mundo, crises sobre crises: hídricas, enchentes, fome, habitacional, mobilidade urbana, migratória, refugiados das guerras, violências etc. etc. etc. etc., lembrando ainda que os refugiados da miséria não têm visibilidade sobre as fronteiras...
Assim, só resta a nós, que vivemos sob o mesmo Sol e temos um território firme para pisar, aprendermos a abrir os braços para acolher as possibilidades, bem como iluminarmos nossas cabeças e corações na compreensão das adversidades que anunciam, drasticamente, um drama em colisão... Enfim, diante da retaliação da Natureza, na fronteira da resistência, somente muito humanismo como possibilidade de luz aos bons relacionamentos...
Portanto, para quem quer entender melhor o superficialmente acima exposto, vale a pena ler o livro ‘Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro’, e finalizo com o próprio autor Edgar Morin: “Conhecer o humano é, antes de tudo, situá-lo no universo, e não separá-lo dele... Interrogar nossa condição humana implica questionar primeiro nossa posição no mundo (...) O humano continua despedaçado, partido como pedaços de um quebra-cabeça no qual falta uma peça”: o amor...
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