quinta-feira, 18 de março de 2010

A livre forma de Fluir: Liberdade!...

Tenho necessidade de expor meu livre modo de Fluir sem a explicação do meu  Existir, de forma que a matéria que me compõe não tenha mais a noção da diferença entre o meu Corpo e meu Ser e que tudo em mim seja apenas um Instante do meu Viver... Pois só assim a vertigem da expressão da minha Alma ilumina as minhas angústias... Procuro por entre páginas o inesperado do Teu Olhar que me acompanham entre as trilhas das notas musicais da nossa dança... Fecha Teus Olhos e me ilumina, revelando-me a permanência da Tua Luz a brilhar nos gritos das trevas: eu clamo o Silêncio!... Nas lágrimas que transbordam:  sinto as  tuas mãos a percorrer o Caminho do meu corpo.

Uma intensa chama surge nos meus olhos durante a tua ausência, configurando a paisagem que intensifica uma imagem da vida com o plexo a ligar nossas emoções num suspiro sem fim: sinto-me como uma leve folha solta ao vento!... E num breve-leve silêncio as flores se abrem em canções dos corações ávidos de paixões: é a tua presença!...

Foi assim que surgiu em mim uma nova condição do meu viver... uma fiandeira da feminilidade vem chegando: surge sorrateiramente tecendo os fios de um novo paradigma do amor, bem como uma nova ética que configura uma filosofia da Esperança à Dois... É uma nova mulher que abraça a Diversidade do Verde, como se fosse a híbris do devir, alimentada por forças primitivas, pois é ali, na alquimia da labuta cotidiana que reencontrei a mulher de milhões de anos expulsa do Paraíso e do meu Interior...

As minhas errâncias e vitórias:  reconstrói-me sempre numa nova história a contribuir com a complexidade dos princípios que regem a relação viver  subtamente, e reaviva o silêncio da condição feminina... Sim, apenas uma mulher  que traz no seu rastro a imensidão da força arquetípica da fêmea que permite um mergulhar e um renascer na imensidão do possível!...

Eu Mulher e Terra Mãe: útero primeiro num só Tempo Planetário; ser selvagem; criação e fuga... Fêmea rebelde de pura Arte e magia no teu Olhar... Sou a Louca da casa em principio feminino: Razão e origem que desconstrói conceitos... Sou o próprio arquétipo de estratégias da estrangeira na tua Pátria: é o destino com  excesso de hibri que libera paixões da inocência no sofrimento da sabedoria, para além das Palavras Lidas e Ouvidas!... Vem com o Olhar de quem ouve o grito do meu silêncio...