quinta-feira, 7 de abril de 2016

Sobre a Insustentabilidade Política e Humana

Enquanto isso, vou me distraindo com minhas últimas aquisições teóricas... E no intuito de continuar como observadora do mundo, apenas deixo as sugestões de leitura sociológica os livros de Zygmunt Bauman: Cegueira Moral: A perda da Sensibilidade na Modernidade Liquida e Amor Liquido: Sobre a Fragilidade dos laços Humanos... 

Sem nenhuma intenção de apresentar soluções para os conflitos atuais, ficam aí os conceitos, como probabilidade de pensar formas inovadoras de práticas para o fazer politico, que possam fazer ressurgir também o desejo de reinventar as ciências, a sociedade, a arte e intensificar a sensibilidade do vivenciar a própria vida recriando vínculos afetivo com a sociedade...

Fica também por aqui, como possibilidade de possíveis esclarecimentos, a abordagem de Luiz Fugantide sobre Mil Platôs e Esquizoanálise: Micropolítica e o Uso dos Afetos de Gilles Deleuze e Félix Guattari: 

"Assim como os modos de usar a linguagem podem capturar, assujeitar e controlar o pensamento dos homens ao inseri-los em regimes discursivos, e produzir cadeias coletivas de expressão incorporais ou semióticas e os modos de usar a sensibilidade podem capturar, submeter e organizar as forças do corpo no seu acoplamento com um regime dominante de luz e sombra de uma rede microfísica de modulação de movimentos constitutiva do corpo da sociedade... 

Assim também os modos de usar os afetos, isto é, os usos que se faz daquilo que acontece ao desejo nos encontros que experimenta e que o preenchem (afetos paixões/ações) e que exprime uma variação da capacidade de existir podem ou capturar (por estagnação ou fixação passional), fabricar a falta e gerar demandas moralizantes por objetos e formas de empoderamento (impotência como vontade de poder/desejo como falta de objeto), acoplando-se a uma rede de poder que constitui o Juízo, enquadra a vida, esmaga as singularidades, violenta as diferenças e promove o triunfo de uma política do ódio e dos juízos morais como gosto generalizado pelos devires reativos...

Ou então, ao contrário, promover uma micropolítica dos afetos cujos outros usos podem pôr em movimento devires ativos, investindo uma ética da potência pautada nas alegrias ativas, na invenção de si e de modos libertadores de existi... 

O que pode comandar afinal a vida humana? Em que sentido podemos exercer efetivamente a liberdade de nossa vontade, no contexto do capitalismo mundial integrado?...

Quem, no contexto do nosso presente, em nós ou fora de nós, decide em última instância nosso destino e o de nossas sociedades?"...

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