sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Efêmeras Pegadas dum Breve Instante...

Por todas as efêmeras ou significativas pegadas ao longo desse ano, de 2014, agradeço a todos que colaboraram para eu estar vencendo mais uma etapa existencial!... Vou além, ao ficar conhecedora dos caracteres elementares que me compõem, pouco me incomodam as expectativas que alguns nutriram erroneamente de minha pessoa… Já bem disse Clarice Lispector: “o que não me faz bem, não me faz falta”… Pois sou regida por uma fina sinfonia... Aleatoriamente, quero - a seguir - esclarecer algumas dúvidas... 

Em tudo aquilo que me diz respeito, ainda não me percebi com nenhuma razão sedimentada sobre o amor ou qualquer ideia que possa alimentar o senso comum sobre a “ordem e progresso”… Afinal, discordo totalmente de que cada escolha é uma renúncia... Talvez ainda devo reconsiderar isto... 

Mas é claro que existirão outras considerações interessantes!… Julgo-me sempre desconhecedora das doutrinas que regem o lema do bem-servir… Em se tratando de evolução, encalhei na fase dos impulsos: atitudes inconscientes me ajudaram a seguir sem medo; defesa contra os ataques inimigos, não os adquiri, mas aprendi a esquivar-me com toscas palavras… Minhas afinidades cósmicas são efêmeras, aprecio por demais as pegadas no chão… Não, nunca vivi uma relação íntima com intensidade, as responsabilidades domésticas e os compromissos maternos roubaram-me o prazer de usufruir os corpos vazios das mentes insanas… Os sentimentos vividos foram a química do momento… 

A sério, escapei das batalhas sem cartel… Ao contrário do que muitos julgam, a mente humana é estranhamente assustadora, e o corpo é, ao mesmo tempo, fascinante e fraco perante o poder dela... Ora, pois, o corpo é quem sofre as consequências diante aos ataques invisíveis da miraculosa mente… Portanto: o mundo está doente, assim conduz pessoas doentias… O melhor seria dizer: somos governados por um Sistema doente!... Creio que seja desnecessário falar sobre o individualismo predominante no 'statu quo res erant ante bellum'...

Não só fui como sou fraca!... E aprecio por demais andar devagarinho… No entanto evitar às doenças sociais tem sido uma árdua batalha… Talvez essa minha resistência aos prazeres mundanos me transformou numa pessoa fria e insensível, pois jamais cedi aos impulsos acelerados da sedução nem dos sedutores… Por isso nunca estou disponível para os momentos de ilusões, nem para as competições subjetivas: sou profundamente conhecedora dos limites territoriais da geografia do meu corpo... Volto a reconsiderar isto aí também… 

Sem mais delonga, concordo com quem me diz que devo sair das palavras e passar para o agir concreto e seguramente papável… Apesar de eu ter passado toda a minha vida na práxis e conquistado tudo aquilo que tenho com meu próprio suor, só quero voltar a agir, contundentemente, depois de ter a certeza que sairei ilesa, e, a curto prazo, garantir que devo continuar minhas buscas sem nenhuma preocupação com aquilo que te incomoda… Ademais, evito julgamentos, portanto não estou em busca da perfeição, mas sim de compreensão, também não sei o que é certo nem errado, porém sei que cansa tentar conquistar um espaço sob o sol sozinha... Perdoe-me a rudeza e não considere minhas dúvidas desejos de justificar... Por vezes o cansaço domina em meio a tanta gratidão...

Ufa!... Foi quase um plágio!... Permita-me ser outra por um instante!... Adorei a tua intervenção...

Boas Festas!...
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