terça-feira, 3 de julho de 2012

A Felicidade mora dentro de mim..

Óleo s/ tela - Por entre os pinheiros, 1915 (Stanhope Alexander Forbes (Irlanda 1857-1947)
Após tantas viagens pelo infinito do pensamento, agora consigo perceber que escolhi certeiramente a estrada do percurso o qual se destina  a reconstrução dum novo prisma... Isto será o melhor exemplo da força de um Ser para restabelecer tudo aquilo outrora destruído... Foi assim que iniciei meu primeiro grito para ecoar até as ruínas do meu interior...  Imbuída com a esperança de restabelecer os fragmentos das desilusões passadas, reconstruo um projeto de Paz...  

Durante as delongas das  constantes partidas, sempre pressenti  que seria  chegada a hora de harmonizar  o caos do entorno de tantas vidas pouco vividas; daí todas as trilhas que delinearam esse viver foram simplesmente uma Missão, que se transformou numa eterna canção de despedida... Enquanto somente as palavras têm o poder de implicitamente expressarem alguma solução; porém tudo aquilo esquecido, nessa possível história que o destino descreveu, só é possível rememorar para rescrever em forma de desatino, entretanto somente assim reconstruo e reinvento outra vez o desejo de prosseguir por essa viagem existencial...         
Pois tudo é suave no meu viver: mesmo com as dores das calúnias e das acusações vis, sinto a força propulsora do meu interior a nortear o futuro... Os sussurros das maldades alheias é o que de mais desnorteante pode existir no dia-a-dia duma mulher convicta de seus ideais... Bem, é assim que sou originada no seio duma humilde família com traços indígenas (materna) e outra de raiz portuguesa (paterna)... Nasci e cresci sofrendo as consequências do sistema ditatorial, porém sempre fui uma pacifista cristã apaixonada pela história de vida de Cristo, e desde a infância fui exercitando o amor cristão; igualmente impressionada, cresci impactada com as marcas de tantas Ditaduras  deixadas na memória de meus Pais e meus Avós materno... Essas marcas foram moldando meu Ser, meu viver, enfim: meu jeito de ser...Pois assim:
Somos os poucos passageiros
Que se destinam ao estrangeiro da humanidade
Nesse eterno movimento, na longa viagem humana,
O destino está para além das fronteiras geográficas...

Através do trem da vida, as passagens são apreciadas
Como novas paisagens das eternas paragens
Que vão formando um novo mapa
Para cada continente do meu interior...

Eis então,
A prazerosa miragem advinda do brilho do Sol
Com as límpidas águas
Que vão desaguando pela correnteza do corpo...