quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Operária das Palavras...

Faz silêncio na escuridão da minha caminhada; dispenso os diálogos, qualquer contato: pairo por entre pensamentos, resisto aos movimentos, multiplico as sombras do passado e sinto o teu Olhar a condicionar os meus sentimentos...

Meu pensamento voa por entre amálgamas que me confunde e se misturam na confusão dos desencontros; mesmo assim busco, na solidão do ritual poético, as palavras certas para uma possível celebração ouvindo a canção da vida... 

Sou uma simples Operária das Palavras
Através delas
Bebo a dor da humanidade

Por tantas razões
Nas fábricas do desejo
Alimento-me das emoções
Que nos mobilizam

Deslizo...

E, como um raio de Sol
Danço a minha solidão
No compasso do Mundo
Ouvindo uma Canção de dor
Na voz dum coração ferido...