sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Liberdade do meu Desejo...

Vivo em busca duma definição (através das minhas leiturinhas, claro!...), que se adéque ao meu pensar, sobre liberdade; porém todas me levam ao mesmo caminho (conforme a citação adiante de Stuart Mill)... E até concordo com quem diz que liberdade tornou-se uma palavra desgastada, quando é utilizada por aqueles que não a compreende na prática do fazer cotidiano, pois ela (a liberdade) nos remete ao humanismo da humanidade reconstruída por seus sonhos, por seus desejos e paixões...

Sim, liberdade: o ‘humanismo da humanidade religada pelo reconhecimento assumido da liberdade enquanto uma unidade de desejos e necessidades múltiplas, sempre aberta à transcendências de suas formas imaginárias’ e vividas. Assim penso...

“A Natureza é comum a todos os seres humanos, mas cada um a usufrui e a realiza de modo diverso... Disto decorre o pluralismo de formas de vida, de busca de prazer, nas quais o ser humano pode encontrar a felicidade... Pois liberdade e felicidade são reciprocamente necessárias, não se complementam, uma não é o suplemento da outra, mas ambas devem conviver em níveis e padrões idênticos... Na liberdade a moral, a vivência política e social têm suas expressões máximas e se realizam na arte de viver, na sublimidade da vida que, por gênese e princípio, é livre...

Stuart Mill ressalta que a liberdade do cidadão é de capital importância para a construção não só de uma sociedade justa, mas sobretudo dum Estado justo, próspero e benéfico para o bem-estar de cada indivíduo respeitado em sua liberdade plena: suas liberdades peculiares e particulares...

A primazia da individualidade é um princípio intocável... O erro do Estado e da sociedade em intervir na liberdade individual é insustentável; só pode ser aceita a interferência desde que seja em ações para promover, desenvolver e proteger os interesses do indivíduo que procura os meios mais apropriados para realizar plenamente sua vida”...

(trechinho da Apresentação do Ensaio sobre a Liberdade, de Stuart Mill)