domingo, 14 de agosto de 2011

Com a escrita Presente: Sinto o Aroma Forte da tua Ausência...

Olha eu, novamente, cheia de saudades, às vezes, desistindo e resistindo, mas existo: eis a essência do meu ser que me impossibilita qualquer encontro consumista...

Aqui, na solidão e no silêncio da tua ausência; envolta dessa imensidão verde: fiquei pensando em ti (mais uma vez delirando com o cheiro forte das tuas palavras), e com o desejo que consome meu corpo, lembrei que as tramas do Tempo que nos aproximaram, se entrelaçaram, se fragmentaram e, secularmente, foram ignoradas; abarcaram todas as possibilidades dos encontros que constroem a vida.... Nós existimos na maioria desses tempos. Tempo que, em alguns momentos, existiram o Outro, tu e eu; eu em ti, e todos os outros em nós dois...

Assim, foi quando eu compreendi que a linguagem é uma pele, então esfreguei minha língua em ti e senti que a única palavra que exige a verdade é esta: a linguagem do teu corpo... Por isso, eu sinto: existo para me consumir em desejos e, na solidão de um mundo sem fim, embeber-me com o cheiro forte da saudade... Sofro com a dor da tua ausência e sentindo medo do teu corpo próximo ao meu: dissolvo-me de tanto prazer, por quê?:
Disseram-me, um dia...
Que o orgasmo é:
Um instante sem dor
De loucuras e desejos

Em sedentos movimentos

Mãos que seguram
E tudo escapam

Corpos que são...
A turbulência de dois rios
Quando se encontram

Introduzi meu desejo
Em teu corpo

Derramei minha carência
Por sobre ti

Escorri por entre
Tuas pernas

Essa foi minha única saída
Sob o teu líquido
Que me banhou

Curei-me no teu hálito
Que habitou
A pátria do meu desejo

E, embriaguei-me
Com teu cheiro forte de prazer

Nós saímos da Real...