terça-feira, 12 de julho de 2011

Ataque Metalinguístico: Minha Linguagem em mim, sem mim...

Eu sempre gosto de compreender os doutores... E na tentativa de entender um PhD em sociologia (sobre suas dúvidas em relação a tudo, inclusive, as cores duma bandeira, rsrsrsrs), decidi expor as minhas dúvidas sobre a metalinguagem... Não sei o porquê, mas de repente senti um desejo imenso de falar sobre minha dificuldade com a linguagem escrita; leio e releio os manuais de auto-ajuda, dicas sobre técnicas da escrita; outro dia encontrei (na Internet e li e reli) um livro de técnicas necessárias para escrever um best-seller com sucesso; mas só não consigo voltar a estudar as normas das regras gramaticais... Ora, eu já sei que os problemas que a escrita me proporciona, no corpo-a-corpo com a construção dum texto, se identificam e se resolvem com leituras e com o exercício da redação que o próprio texto me propõe...

Pode até parecer à primeira vista que eu ainda não tenho noção que a metalinguagem é a linguagem que fala da própria linguagem... Em outras palavras: quando estou usando um código linguístico para eu explicar-me e definir os elementos que compõem um texto, estou estendo a mão no apontamento de palavras do próprio código da escrita: função da metalinguística da linguagem, e para isto devo também compreender melhor as regras e normas gramaticais; não somente da Gramática Normativa, mais ainda da Gramática Gerativa... Havia esquecido: esta função também se restringe aos Dicionários; e ocorrem também em situações cotidianas da fala, quando estamos querendo entender o enunciado de outrem ou até mesmo daquilo que falamos (aqui eu chamo atenção para o Mal do Século, próprio dos Políticos: falam, falam, mas nunca sabem o que dizem), neste erro eu não quero incorrer; creio que já falei isto, mas torno sempre a repetir...

As frequências que a tal metalinguagem ocorrem são tão diversas: é só eu ficar atenta para a grandiosidade das quantidades (por enquanto esqueço a qualidade) das definições e das explicações que os termos e as expressões trazem no ato das leituras, e logo surge alguma compreensão... Bem... devo acrescentar algo que - para mim - é no mínimo curioso: sempre mantenho ao meu lado um caderninho para rascunhar minhas ideias mais imediatas, bem como as poesias que surgem de súbito, e ao espreitar um desses cadernos, leio nos rascunhos (2001) que esta minha angústia metalinguística é muito antiga, desisto do estudo feito (naquele momento) para fazer esta anotação poética sobre a dispersão turbulenta do meu pensamento no ato do estudo solitário: Um Raio...

Raios coloridos
Dum Espaço de Luz
Sideral e inexistente
Penetram-me
Tento fugir
Pra lá e pra cá
Sinto dificuldade de escrever
Não sei mais o que pensar
Falha a visão
Falta a concentração
Penso aqui, penso além
Foge o interesse
Em avançar na leitura
Some a disposição
Para com a atenção do texto
Disperso-me
Distraio-me nas divagações 
Fiquei indiferente
Diante de todas as imagens
Nem mais sei o que sou
Nem mais o que quero
Do quero de querer-te, sim!...

Voltando tudo outra vez: o maior predominante, que me confunde na metalinguagem, é o estudo nos estudos do próprio texto prosáico; como, por exemplo, é o caso das análises literárias e as interpretações diversas do romance, pois aí estar uma função muito presente na minha vida cotidiana: doméstica, de estudante e em todas as situações afetivas e sociais... E é aqui que devo parar para uma auto-avaliação dos meus últimos ataques existenciais metalinguísticos, pois nunca senti dificuldade ou alguma angústia qualquer com a escrita poético, mesmo não tendo o domínio eficiente - translado e movimento-me com tranquilidade no poema...