domingo, 5 de junho de 2011

Fagulhas do Tempo...

 
 Sou humildemente sonhadora
Nas fagulhas do tempo
Desdobro-me em sentimentos
Nunca vivido
Jamais tateado

Louca dos desalentos
Sob o teto do mundo
Sobrevivo às razões
Dum tempo sedento de verdade

E, na sofreguidão
Dos sobreviventes do caos
Nos sintomas da dor
De quem tem fome do amor
Desmonopolizo o imaginário

Liberto-me!

Dominado as imagens
Que transbordam das metáforas
Mas traçando caminhos
Convido-te a mergulhar
Na infinita companhia
Dos espaços vazios

Transcendo-me!

Preencho-me
Sinto-te!