quinta-feira, 5 de maio de 2011

Maya...

Frank é um paleontólogo que faz pesquisas no arquipélago de Fiji, na Oceania. Pouco a pouco, estranhas criaturas começam a perturbar seus estudos. Por exemplo: Ana, a linda dançarina de flamenco que parece ser capaz de ler pensamentos e cartas de baralho, de enxergar o passado e o futuro. Mais intrigante é a salamandra que toda noite, aboletada em cima da garrafa de gim que Frank pretende beber, se lança em reflexões sobre as origens da vida e repreende o cientista porque os primatas de sua laia agem como se quisessem destruir este planeta que levou milhões de anos para ser feito.

Um anfíbio filósofo, uma bailarina vidente: Frank começa a duvidar da lógica das coisas, e acaba se convencendo de que a relatividade do tempo é uma teoria muito esquisita. O mundo virou do avesso. Ainda bem que, nesta história, nem tudo o que acontece é exatamente o que parece.

Como em seus livros anteriores, Jostein Gaarder parte de uma estrutura ficcional muito bem arquitetada para refletir sobre diferentes campos do conhecimento humano. Aqui ele convoca o leitor para uma viagem pelas origens do Universo e da vida, numa narrativa que, através da compreensão da evolução das espécies, busca respostas para uma de nossas perguntas eternas: "Quem sou eu?".