quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mulheres que correm com os Lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem...

                     
                   Clarissa Pinkola Estés, analista junguiana e cantadora, isto é, contadora de histórias, mostra neste livro como, a partir de mitos, contos de fadas lendas do folclore e outras histórias escolhidas em 20 anos de pesquisa, a mulher pode se ligar novamente aos atributos saudáveis e instintivos do arquétipo da mulher selvagem. É assim que em La Loba se ensina a função transformadora da psique, Barba-Azul mostra como sarar feridas que parecem não ter cura, a Mulher-Esqueleto revela todo o poder místico de uma relação e como sentimentos aparentemente mortos podem ser revigorados e a Menina dos Fósforos alerta contra os perigos de uma vida desperdiçada em devaneios.
                    Mulheres que correm com os lobos, é a transformação em livro de um trabalho que Estés divulgou primeiro em fita gravada, com grande sucesso, pode criar um novo léxico para a psique feminina. Enriquecedor, ele revela um psicologia da mulher em seu estado mais puro, o de profunda busca do conhecimento da alma.
                   Através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas de Barba-Azul, Patinho Feio, Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora identifica o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda. E propõe o resgate desse passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação.
                  Técnicas da psicologia junguiana e algumas formas de expressão artística ligadas ao corpo podem ajudar na tarefa, mas a compreensão da natureza dessa mulher selvagem, com todas as características de uma loba, é uma prática para ser exercida ao longo de toda a vida.
                 “Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração... Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o aspecto da Mulher Selvagem ainda nos espreita de dia e de noite... Não importa onde estejamos, a sombra que corre de nós tem decididamente quatro patas.” (PREFÁCIO, Clarissa Pinkola Estés, Ph. D., Cheyenne, Wyoming)


- ESTÉS, Clarissa Pinkola, Mulheres que correm com os Lobos: Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem, 12ª Edição, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1999.